
O projeto de reabertura do mercado est� em debate por uma comiss�o formada por representantes da Funda��o Municipal de Cultura e sociedade civil. Moradores e visitantes assinaram um abaixo-assinado contra a privatiza��o do im�vel. Em 2013, a popula��o se mobilizou e conseguiu impedir a transforma��o do mercado em uma escola industrial automotiva. O empreendimento iria contra a legisla��o do bairro, que � uma �rea de Diretrizes Especiais (ADE).
A funcion�ria p�blica aposentada Vera Fortuna, de 68 anos, mora no Santa Tereza e considerou a festa um resgate do passado. “A comunidade tem que voltar a frequentar aqui”, disse. Integrante do Movimento dos Trabalhadores Rurais, Maria de Lourdes Guimar�es, de 55, saiu de Nova Uni�o, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, para vender farinha de mandioca, polvilho, laranja, mandioca, doces de mam�o, de ab�bora e plantas medicinais na feira. Ao todo, foram montadas 100 barracas oferecendo produtos diversos.
A artista pl�stica Vera Queiroz, de 74, moradora do Sagrada Fam�lia, tamb�m na Regi�o Leste, lembrou os tempos em que seu bairro n�o tinha sacol�o e ela fazia compras no Mercado de Santa Tereza. “Temos que lutar para ter o mercado de volta”, disse a artista pl�stica, que levou uma penca de banana verde para casa.
Durante dois anos, o Movimento Salve Santa Tereza discutiu o futuro do mercado com a comunidade. “Os moradores optaram pela volta de um centro de abastecimento. Quando Belo Horizonte n�o tinha muitos supermercados, era no mercado que todo mundo fazia as suas compras. Al�m disso, os moradores optaram por atividades culturais, com shows musicais, teatro, circo e polo gastron�mico”, informou Br�gida Alvim, do Movimento Salve Santa Tereza. A festa, segundo ela, � uma amostra do que pode ser o mercado futuramente. A feira de artes e artesanato da Pra�a Duque de Caxias, a principal do bairro, foi transferido para o mercado neste domingo. Os expositores manifestaram desejo de uma exposi��o permanente no local.