Viagem �s cavernas do Espinha�o

Pedro Ferreira

A Serra do Espinha�o Meridional, que vai da Serra do Cip� a Concei��o do Mato Dentro, no Alto Jequitinhonha, � um rico patrim�nio espeleol�gico, com centenas de cavernas em m�rmore, quartzito e em forma��es ferr�feras. Na semana em que � comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente, neste domingo, a regi�o t�o visitada e contemplada pelos turistas recebe um presente: o livro Cavernas da Serra do Espinha�o Meridional, nona obra sobre meio ambiente e patrim�nio lan�ada ontem com o apoio da Anglo American e Carste. “A variedade � muito grande em termos de caverna. A Serra do Espinha�o Meridional tem caracter�sticas raras, com forma��o geol�gica com cavernas compostas por tr�s ou mais tipos de rochas diferentes, vista apenas na Cordilheira dos Andes. A inten��o do livro � mostrar a riqueza desse patrim�nio espeleol�gico”, conta um dos organizadores do livro, o ge�logo Augusto Auler. Segundo ele, todas as cavernas brasileiras t�m alguma forma de prote��o pela Constitui��o brasileira, mas nem todas est�o necessariamente dentro de �rea de conserva��o.

O lan�amento do livro foi no Museu de Ci�ncias Naturais da PUC Minas, em Belo Horizonte. A obra, de 352 p�ginas e conte�do em portugu�s e ingl�s, � resultado de cinco anos de pesquisa em uma �rea de aproximadamente 600 quil�metros de extens�o. O trabalho foi realizado por uma equipe t�cnica diversificada, incluindo alguns dos maiores espele�logos do Brasil: Augusto Auler, Luciana Alt, Marina Le�o e Vitor Moura.

De acordo com o diretor de Sa�de, Seguran�a e Desenvolvimento Sustent�vel da Unidade de Neg�cio Min�rio de Ferro Brasil da Anglo American, Aldo Souza, foram investidos cerca de R$ 1 milh�o nos trabalhos apresentados no livro. “Al�m da qualidade gr�fica e do cuidado com as imagens, o livro tem rigor t�cnico e traz uma abordagem cient�fica atualizada sobre a bioespeleologia e geoespeleologia da Serra do Espinha�o”, disse Aldo.

Para Augusto Auler, obras como essa trazem, em linguagem acess�vel para todos, um vasto acervo de informa��es que, de outra forma, n�o estaria disponibilizado ao grande p�blico. “Foi poss�vel conciliar o t�cnico com o est�tico, o cient�fico com a arte. Por ser um livro fotogr�fico, possibilita que leitores do Brasil e do mundo se conscientizem que as cavernas n�o s�o apenas importantes do ponto de vista cient�fico, mas tamb�m representam um patrim�nio natural de bel�ssimo valor est�tico”, refor�a o ge�logo.