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Estado de Minas

Fontes indispens�veis para o abastecimento da Grande BH, rios sofrem com agress�es � mata ciliar

�ltima reportagem da s�rie mostra press�o sobre matas ciliares de mananciais indispens�veis para a Grande BH


postado em 08/06/2016 06:00 / atualizado em 08/06/2016 08:20


Ouro Preto e Cristiano Otoni – A devasta��o das matas ciliares no Rio Par�, estrangulado pelo agroneg�cio ao longo do Centro-Oeste de Minas, se repete em outros dois grandes integrantes da Bacia do S�o Francisco: os rios das Velhas e Paraopeba, fundamentais para o abastecimento da Grande BH e seus 5 milh�es de habitantes. Assim como outras no estado, a regi�o esteve � beira do racionamento, que s� n�o ocorreu porque emergencialmente foi aberto um ponto de capta��o no pr�prio Paraopeba. De acordo com dados de sat�lites da ONG Global Forest Watch, a mata ciliar do Paraopeba ocupa apenas 19,7% do conjunto calha e floresta marginal, enquanto no Velhas essa cobertura se estende por 22,6% do espa�o. Muito aqu�m dos 67% m�nimos que o C�digo Florestal prev�, em m�dia.

Contudo, ao contr�rio do Rio Par�,  as nascentes do Rio das Velhas, em Ouro Preto, e do Paraopeba, em Cristiano Otoni, se encontram preservadas. O Velhas nasce dentro de uma �rea de prote��o em uma antiga minera��o de quartzito. O Paraopeba vem de uma fazenda onde a mata tamb�m se encontra inviolada. Segundo o respons�vel pela propriedade, Luciano da Silva, de 45 anos, a �gua nunca deixou de correr. “Estou aqui h� seis anos e mesmo com a seca mais brava essa nascente nunca secou. Meu patr�o faz quest�o de que n�o se mexa em nada dessa mata”, disse.

Para o presidente do Comit� da Bacia Hidrogr�fica do Rio das Velhas, Marcus Vin�cius Polignano, � indispens�vel salvar a mata ciliar do curso d’�gua que abastece 70% de BH. “Pesquisas feitas pelo projeto Manuelz�o (que atua na preserva��o da bacia), mostraram que rios com mata atravessam o per�odo seco com impactos muito menores do que os demais ”, afirma.

De acordo com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente, o projeto “Plantando o Futuro, visa ao plantio de 30 milh�es de �rvores, compreendendo a recupera��o de 40 mil nascentes, 6 mil hectares de mata ciliar e 2 mil hectares de �reas degradadas em todos os 17 territ�rios de desenvolvimento de Minas Gerais, at� 2018”.

(foto: Arte EM)
(foto: Arte EM)
Como estrangular um curso d’�gua

O Estado de Minas publica, desde domingo, sequ�ncia de reportagens sobre a devasta��o nas matas que deveriam proteger os principais cursos d’�gua mineiros. Ontem, a equipe do EM revelou que o Rio Par�, fundamental para o abastecimento de grandes cidades do Centro-Oeste, perdeu vegeta��o ao longo de toda a sua extens�o. Na segunda-feira, a reportagem mostrou que, al�m de vidas e comunidades, a lama da barragem da Samarco em Mariana consumiu extensa faixa de vegeta��o marginal do Rio Gualaxo do Norte e contribuiu para agravar a devasta��o do Rio Doce, at� o Atl�ntico. A primeira mat�ria da s�rie indicou que os �rg�os do meio ambiente praticamente desconhecem essa press�o, promovida pelo agroneg�cio, pela minera��o e pela ocupa��o desordenada.


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