
As folhas insistem em brotar em alguns galhos retorcidos do corredor de �rvores, outrora frondosas, das avenidas Bernardo Monteiro, na Regi�o Hospitalar, e Barbacena, no Barro Preto, Centro-Sul de Belo Horizonte, dando a ideia, a quem passa por ali, de uma vida que resiste em se esvair. Quase quatro anos depois da identifica��o dos primeiros focos da mosca branca do f�cus (Singhiella sp.), o futuro das �rvores aniquiladas pela praga continua sem defini��o, � espera de um edital de revitaliza��o prometido pela primeira vez para mar�o de 2014, promessa reiterada para 2016. Enquanto isso, nos �ltimos dois anos aumentou em 10% o n�mero de galhos mortos. Passaram de 29 para 39, de um total de 101 inicialmente existente nos tr�s pontos cr�ticos da capital, que incluem ainda a pra�a da Igreja da Boa Viagem.
Os primeiros sinais da mosca-branca- do-f�cus foram detectados nas �rvores de BH em julho de 2012. A praga causa ressecamentos de galhos e ramos, al�m de comprometimento severo dos estados fitossanit�rio e vegetativo das �rvores atacadas, pois suga a seiva e retira nutrientes das plantas, injetando toxinas que provocam desfolhamento intenso. Como relata a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, a princ�pio a �rvore rebrota, tentando uma rea��o, mas, com o tempo, acaba por se exaurir. � quando os ramos secam e a planta morre.
De acordo com a secretaria, dos 51 f�cus da Bernardo Monteiro, 20 j� est�o mortos. Na Avenida Barbacena, s�o 17 de um total de 44 e, dos seis da pra�a da Boa Viagem, dois est�o condenados. No fim de 2013, esses n�meros eram, respectivamente, 17, 11 e um. No documento que prev� as diretrizes de revitaliza��o, a secretaria afirma que, embora continue com o acompanhamento constante da situa��o das �rvores, o controle do inseto foi suspenso, j� que n�o t�m sido mais verificado surtos populacionais. O texto admite que n�o se pode assegurar, no entanto, que os troncos voltar�o “ao seu pleno desenvolvimento vegetativo, especialmente porque algumas j� se encontram totalmente secas e v�rias se encontram em r�pido decl�nio de estado fitossanit�rio”.

A secretaria admite que as �rvores continuam em processo de degrada��o e t�m, hoje, estado fitossanit�rio considerado bastante ruim. Acrescenta que elas continuam a ser rotineiramente monitoradas, para verificar o surgimento de novos galhos secos que tenham risco de queda e para determinar novas estrat�gias a serem usadas. Documento da pasta relata comprometimento de troncos, que passaram a apresentar trincas verticais, requerendo interven��es severas para eliminar riscos de queda. Por isso, a prefeitura considera que h� impasse para uso p�blico dessas vias, com preju�zos inclusive paisag�sticos. Nos pr�ximos dias, a expectativa � concluir a retirada de galhos secos das tr�s �reas afetadas.