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Estado de Minas

No Dia dos Namorados, casais LGBT lutam para poder manifestar seu sentimento em p�blico

No dia dedicado aos apaixonados, casais gays revelam precisar buscar locais "amig�veis" para expressar seus sentimentos. '� um ato pol�tico se assumir socialmente', diz ativista


postado em 12/06/2016 06:00 / atualizado em 12/06/2016 07:47

(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)

A data � dos apaixonados e, por isso mesmo, n�o deveria haver distin��o sobre quem s�o eles. Mas hoje, 12 de junho, nem tudo � romantismo. Para ter tranquilidade, casais gays ainda precisam buscar locais onde a toler�ncia � artigo mais disseminado, como vem se tornando a Pra�a da Liberdade, na Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte. Ou se precaver para sofrer menos barreiras, portando-se ou n�o dentro dos padr�es da dita “normalidade”, o que envolve controlar express�es corporais ou tom de voz. “A gente j� est� maduro e se acostumou que nunca vai poder andar de m�os dadas em p�blico. Estamos sempre juntos e temos nossa intimidade entre quatro paredes. N�o faz tanta falta”, garante o publicit�rio Matheus Torres, de 25 anos, produtor do longa M�e, precisamos conversar, lan�ado no �ltimo Dia das M�es.

Bem resolvido com a m�e, Luciana Torres, e com o pai, j� separado, o cineasta preocupa-se em levantar a bandeira da necessidade de “sair do arm�rio” para “as pessoas mais importantes da sua vida”. “Temos mais facilidade em ser livres na roda de amigos ou nos ambientes ‘gay friendly’ (amig�veis aos gays). Tentei fazer algo para ajudar aqueles para quem a quest�o ainda � tabu na fam�lia”, compara ele, que namora com o supervisor financeiro Duran Almeida, de 26. “A primeira regra � voc� mesmo se entender e se respeitar, sabe? Depois de assistir ao meu filme, muitas pessoas relataram que tiveram vontade de se assumir e sair gritando o que elas s�o”, completa Matheus, que transformou o pr�prio berro em uma pel�cula de uma hora e 20 minutos, dispon�vel na internet.

Para hoje, Matheus e Duran fizeram reserva em um restaurante � luz de velas na regi�o da Savassi, certificando-se antes que s�o aceitos casais gays. Isso porque n�o se abrem concess�es por se tratar do Dia dos Namorados. “� melhor perguntar antes. N�o quero estar em um lugar onde n�o vou ser bem tratado. Sou gay, namoro outro homem e tenho direito a ser feliz”, diz Duran, com a barba cerrada e a cara fechada. “N�o passa um dia sem que algu�m n�o lance um olhar torto ou deixe escapar um xingamento, uma cr�tica”, completa o cineasta, mais t�mido.

Se as gera��es passadas penavam para aceitar a si mesmas como homossexuais, o novo conflito do movimento gay � dar maior visibilidade aos relacionamentos, segundo explica Carlos Magno, presidente da Associa��o Brasileira de L�sbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT). “� um ato pol�tico se assumir socialmente como gay, pois tem a ver com a sua totalidade, em poder ser o que voc� � em todos os lugares. Ningu�m � feliz dentro de um arm�rio escuro, mofado, sem ar”, defende o militante, lembrando que o movimento veio ganhando for�a nas capitais. Em BH, a parada gay ultrapassou a maioridade, completando 19 anos, com cerca de 50 mil participantes. No in�cio, eram 50 pessoas.


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