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Estado de Minas

Passado inspira estilo de vida de advogado mineiro

Jovem advogado adota figurino antigo, s� usa roupas e acess�rios das d�cadas de 1930 a 1950 e chama a aten��o nas ruas de BH. Em casa, ele tamb�m aderiu ao mundo retr�


postado em 18/06/2016 06:00 / atualizado em 18/06/2016 07:46

(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
O advogado Eric Elias Guimar�es tem 26 anos. Seus modos s�o alinhados e medidos, at� mesmo no jeito de falar. Mas o que mais impressiona as pessoas que o encontram nas ruas de Belo Horizonte � o jeito dele se vestir. O advogado vive literalmente no passado, dos p�s � cabe�a, at� mesmo para trabalhar. Eric usa figurinos inspirados nas d�cadas de 1930, 1940 e 1950.


Quem viu Eric desfilando pelo Tweed Ride no �ltimo domingo, em uma bicicleta Caloi 1950, original de f�brica, e usando roupas e �culos estilo anos 1930, jamais imaginaria que esse visual exc�ntrico fa�a parte do cotidiano do advogado. At� para trabalhar, ele adota um figurino vintage e chama a aten��o nas ruas e no escrit�rio. Em casa, a paix�o pelo passado tamb�m se faz presente. Os m�veis s�o de estilo retr�, a m�sica vem de um gramofone, e por a� vai.

“Desde crian�a, falava para os meus pais que queria uma bengala, um fraque. Fiquei empolgado com isso e comecei a fazer fotos. Como entrei na faculdade de direito, que tem o terno e a gravata, digamos assim, como farda do advogado, trouxe esse meu estilo para o cotidiano. Adotei o chap�u de feltro, passei a usar cinto, gravata e suspens�rio, colete por cima e terno transpassado, com quatro bot�es na frente, sapatos de duas cores, gravatas com v�rias estampas, n�o apenas gravata borboleta, rel�gio de bolso ou de pulso mais antigo. Tamb�m adotei o len�o no bolso do palet�, trazendo o visual antigo para o novo”, conta Eric,  “Combino a cor do terno de acordo com a cor do chap�u, como chap�u cinza com terno preto, chap�u bege com terno creme ou marrom”, comenta.

Algumas roupas e acess�rios do advogado s�o modelos anteriores � d�cada de 1930, pe�as raras que ele mant�m guardadas, com medo de estrag�-las. Eric faz tanto sucesso com seu jeito de vestir que j� foi consultado para assessorar produ��es de �pocas da televis�o. J� participou, inclusive, de um curta-metragem mudo. Nas redes sociais, s�o mais de 300 fotografias dele ambientadas em outras �pocas, com filtros para refor�ar o amarelado do passado.
Nas ruas, as rea��es das pessoas s�o diversas, conta ele. “Tem pessoas que ficam chocadas e falam: ‘Nossa, que diferente!’. Tem pessoas que acham gra�a e falam: ‘Voc� est� indo para uma festa de fantasia, uma coisa do tipo?’”, conta o advogado.

CLIENTES COMENTAM
Certa vez, quando deixava uma galeria de arte, ele conta que deu de cara com um b�bado na rua e este come�ou a gritar: “Nossa, voltei a 1960”, disse. Outra vez, segundo ele, as pessoas o pararam em frente ao Minascentro, admiradas com o seu terno, colete, chap�u de feltro e rel�gio de bolso. “Para todos, eu tinha voltado dos anos 1930. A maioria das pessoas tende a achar diferente, elegante. At� no meu pr�prio escrit�rio, os meus clientes comentam”, disse Eric.

E uma coisa vai puxando a outra, conta ele. Do vestu�rio, ele tamb�m passou a gostar de filmes antigos, lojas de antiguidades e da literatura de cada �poca. “Com Machado de Assis, por exemplo, voc� come�a a entender os h�bitos da sociedade daquela �poca”, disse.

Desde criança, Eric tem paixão por trajes e mobiliário antigos e agora adota um modo peculiar de se vestir e até falar. Filmes e literatura de outras épocas também despertam o interesse do advogado(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
Desde crian�a, Eric tem paix�o por trajes e mobili�rio antigos e agora adota um modo peculiar de se vestir e at� falar. Filmes e literatura de outras �pocas tamb�m despertam o interesse do advogado (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
De tanto viver mergulhado no passado, o advogado acabou adotando um jeito de falar diferente. “Conforme voc� vai lendo, a gente acaba adotando o vocabul�rio antigo. A pr�pria carreira de direito contribui um pouco com isso. A gente acaba falando de um jeito mais rebuscado e a� as pessoas sentem a diferen�a. A gente retoma certas palavras que est�o em desuso. No passado, as pessoas tinham um pouco mais de tato. Eram muito mais polidas, infelizmente mais hip�critas, l�gico, mas tinham um trato social com mais cuidado”, compara o advogado.

Para conseguir suas roupas, o advogado recorre a brech�s. Mas, dependendo do modelo do terno que quer,  ele faz pesquisa na internet para saber onde comprar, ou manda confeccionar a pe�a. “Sem perceber, acabei sumindo com todas as pe�as modernas do meu guarda-roupa. Antigamente, eu usava camisetas, bermudas e cal�as jeans. Agora, s� uso mais camisa de bot�es, casaquinho de l�, bon�s estilos mais antigos, sapatos sociais. S� uso o contempor�neo em caso de necessidade, como t�nis para fazer caminhada ou para ir � academia”, disse.


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