
A primeira parada da exposi��o, ainda sem data marcada, ser� no terminal rodovi�rio de Belo Horizonte, seguindo depois para o interior. Nessa segunda etapa, os munic�pios interessados em receber o conjunto de banners com as fotografias poder�o tamb�m mostrar o que perderam, explica Raphael. “Basta que fa�am o pedido ao Iepha e nos mandem, com anteced�ncia, fotografias e descri��o de dois bens. “O objetivo � causar inc�modo e mal-estar, pois patrim�nio destru�do n�o tem volta, vive apenas na mem�ria de antigos moradores ou em arquivos. Mas muito ainda pode ser salvo e denunciado”, afirma.
A ideia de selecionar e juntar os registros surgiu no Dia do Patrim�nio, comemorado em 17 de agosto, ganhou corpo e agora est� materializada em cartazes, com fotografias do velho Col�gio do Cara�a, que sofreu um inc�ndio em 1968; casar�es do Leite e da Figuinha, em Oliveira; Pico do Itabirito, alvo de degrada��o das mineradoras; Igreja de Nossa Senhora da Jaguara ou Jagoara, em Matozinhos; Cine Metr�pole e Feira de Amostras, ambos demolidos no Centro de BH; casa do marqu�s de Sapuca�, demolida, em Nova Lima; rotunda ferrovi�ria em Ribeir�o Vermelho. em ru�nas; Cachoeira Tombo da Fuma�a; Igreja Matriz de Bom Matozinhos em S�o Jo�o del-Rei, demolida para ceder lugar a uma nova edifica��o e outros.
PROGRESSO Em Ecos do passado – Mem�rias dos bens culturais desaparecidos ou em risco no Estado de Minas Gerais, os t�cnicos do Iepha fazem a sele��o debru�ados sobre registros de bens m�veis, im�veis, integrados e paisag�sticos que pereceram por a��es de furtos, roubos, demoli��es, arruinamentos, desmontes e sinistros. “As pessoas aprendem de duas formas: ou pela educa��o em casa e depois nas escolas ou pelo impacto. Mas � importante destacar que � totalmente poss�vel conciliar preserva��o do patrim�nio e desenvolvimento”, diz Raphael. Para dar mais impacto visual, a trajet�ria de alguns pr�dios foi dividida em tr�s fases: quando ainda estava de p�, no momento em que come�ou a ser demolido e, finalmente, com o terreno vago. Para conseguir o material, a equipe recebeu contribui��o de v�rias institui��es, como o Instituto Hist�rico e Geogr�fico de S�o Jo�o del-Rei.
Nos banners, junto das fotografias, estar�o textos selecionados e produzidos por t�cnicos dos diversos setores da Diretoria de Prote��o e Mem�ria do Iepha. “O patrim�nio � de todo mundo, mas vale destacar que os bens n�o apropriados pela popula��o n�o s�o preservados. Dessa forma, vamos mostrar os bens referenciais para os munic�pios e lan�ar um olhar de conserva��o sobre outros que ficaram de p� e est�o amea�ados”, observa Raphael Hallack.
SERVI�O
Para sediar a exposi��o e ter bens referencias inclu�dos na mostra, ligue para o Iepha/MG: (31) 3235-2812 ou [email protected]
Campanha via redes sociais
O Instituto Estadual do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico de Minas Gerais (Iepha-MG) come�ou uma campanha nas redes sociais lembrando os 40 anos do furto de 17 pe�as na Matriz de Nossa Senhora do Pilar, em Ouro Preto, na Regi�o Central. At� hoje, nenhum dos objetos sacros foi encontrado. A iniciativa, em parceria com o Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG), via Coordenadoria das Promotorias de Justi�a de Defesa do Patrim�nio Cultural e Tur�stico (CPPC), foi publicada tamb�m no di�rio oficial do estado, o Minas Gerais. “� um triste anivers�rio de quatro d�cadas. O trabalho vem se somar a outras campanhas da institui��o, como a recente parceria com o Guiatel para divulga��o, nas capas dos cat�logos telef�nicos, de bens desaparecidos”, informa o t�cnico de gest�o, prote��o e restauro do Iepha, Adalberto Andrade Mateus.
“� uma campanha importante, pois ainda temos esperan�a de recuperar os bens furtados”, disse, ontem, o diretor do Museu de Arte Sacra de Ouro Preto, o historiador Carlos Jos� Aparecido de Oliveira, o Caju. O assalto � Matriz do Pilar ocorreu em 2 de setembro de 1973 e se concentrou no museu, que fica no subsolo do templo. Segundo mostrou o Estado de Minas na edi��o do dia 1º – o que motivou a iniciativa do Iepha –, entre os objetos levados pelos ladr�es havia uma cole��o formada por cust�dia, urna e tr�s c�lices de prata folheada a ouro, de origem portuguesa, usada no Triunfo Eucar�stico, em 1733, considerada a maior festa religiosa do Brasil colonial. O acervo est� em destaque no cartaz da campanha, que traz ainda os telefones de contato do Iepha e MPMG.
H�NGARO
Segundo Caju, a hist�ria ainda est� muito mal explicada e cheia de mist�rios. O inqu�rito ficou desaparecido por 13 anos, sumiu o boletim de ocorr�ncia, enfim, documentos fundamentais para esclarecimento sa�ram de cena. No auge da ditadura, policiais tomaram conta da cidade e tr�s delegados apuravam o caso, enquanto agentes do ent�o Departamento de Ordem Pol�tica e Social (Dops) interrogavam os moradores. Tr�s semanas depois do roubo, a pol�cia prendeu Ad�o Pereira Magalh�es, que respondia pelo furto de imagens em Alto Maranh�o, em Congonhas, na Regi�o Central. Ele responsabilizou o h�ngaro naturalizado brasileiro Francisco Schwarcz, ent�o com 63 anos, antiqu�rio e residente em S�o Paulo (SP). O comerciante negou participa��o, foi preso e depois solto.