
J� em rela��o �s cirurgias est�ticas, a exemplo de lipoaspira��es, coloca��o de pr�teses de silicone e repara��es na face, a possibilidade de lucrar cada vez mais com os procedimentos tem se configurado como agravante para erro m�dico, na opini�o de especialistas. A desembargadora explica que, nesses processos, os motivos est�o mais ligados � insatisfa��o do paciente, com o resultado ou com uma cicatriz, por exemplo. “Ser� sempre a per�cia m�dica que vai avaliar se houve erro. � diferente de o m�dico ter esquecido um instrumenta dentro do paciente, o que nem exige per�cia”, explica Cl�udia Regina.
Na ponta do atendimento, pacientes v�timas de erros sofrem com o somat�rio dessas dificuldades. No caso da aut�noma Sandra de F�tima Nunes Morato, de 50 anos, que ainda se trata de um c�ncer, um resultado de exame trocado e a m� avalia��o de uma ginecologista em um centro de sa�de da Prefeitura de BH tiveram consequ�ncias graves. O diagn�stico foi adiado em um ano. O tumor, de n�vel 2, evoluiu para n�vel 5.
“A mamografia de rotina foi feita em 2013. Quando levei o resultado para a m�dica no posto de sa�de, as imagens estavam certas, mas o laudo era de outra mulher, que tinha o mesmo nome que eu. Na consulta, a m�dica nem olhou as chapas, leu apenas o laudo e disse que eu estava bem. Um ano depois, senti o n�dulo crescendo e, quando fiz uma mamografia de urg�ncia, o tumor estava avan�ado”, conta Sandra, ao lembrar que, quando fez cirurgia para retirada, o n�dulo j� havia chegado ao n�vel 8, o �ltimo est�gio. “Sofri muito, porque o tratamento � muito pesado e doloroso. Meu caso � resultado de neglig�ncia”, diz a paciente, que ingressou com uma a��o na Justi�a no ano passado, exigindo repara��o.