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Estado de Minas

Cirurgias de emerg�ncia ou eletivas est�o no topo dos problemas

Procedimentos que deixam les�es, mal feitos ou at� mesmo em que materiais s�o esquecidos no corpo do paciente s�o os mais reclamados nos processos de erro m�dico que chegam � justi�a


postado em 19/06/2016 06:00 / atualizado em 19/06/2016 09:33

A autônoma Sandra de Fátima Nunes Morato, de 50 anos, que ainda se trata de um câncer, teve um resultado de exame trocado e a má avaliação médica do laudo adiou o diagnóstico em um ano(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A.Press)
A aut�noma Sandra de F�tima Nunes Morato, de 50 anos, que ainda se trata de um c�ncer, teve um resultado de exame trocado e a m� avalia��o m�dica do laudo adiou o diagn�stico em um ano (foto: Ed�sio Ferreira/EM/D.A.Press)
Os casos de cirurgia – sejam eletivas, de emerg�ncia ou por quest�es est�ticas – s�o os mais frequentes nas a��es que cobram repara��o em tribunais mineiros. De acordo com a desembargadora Cl�udia Regina, � comum pacientes cobrarem repara��o por terem ficado com alguma les�o em tratamentos feitos em regime de urg�ncia. Ela explica que, em parte dos casos, o recurso dispon�vel para a cirurgia ou a emerg�ncia do atendimento podem interferir, mas sustenta que h� casos tamb�m de procedimentos malfeitos e at� mesmo de esquecimento de materiais no corpo do paciente, o que � mais raro.


J� em rela��o �s cirurgias est�ticas, a exemplo de lipoaspira��es, coloca��o de pr�teses de silicone e repara��es na face, a possibilidade de lucrar cada vez mais com os procedimentos tem se configurado como agravante para erro m�dico, na opini�o de especialistas. A desembargadora explica que, nesses processos, os motivos est�o mais ligados � insatisfa��o do paciente, com o resultado ou com uma cicatriz, por exemplo. “Ser� sempre a per�cia m�dica que vai avaliar se houve erro. � diferente de o m�dico ter esquecido um instrumenta dentro do paciente, o que nem exige per�cia”, explica Cl�udia Regina.

O advogado Felipe C�ndido, que atua em muitos casos de erros m�dicos, destaca outro problema, que ele classifica como “mercantiliza��o da medicina”. “Os profissionais t�m aceitado cada vez mais servi�os mais baratos, e operam sem tomar os cuidados necess�rios”, disse, lembrando ainda que a press�o dos planos de sa�de para liberar leitos p�s-cirurgias � grande.

Na ponta do atendimento, pacientes v�timas de erros sofrem com o somat�rio dessas dificuldades. No caso da aut�noma Sandra de F�tima Nunes Morato, de 50 anos, que ainda se trata de um c�ncer, um resultado de exame trocado e a m� avalia��o de uma ginecologista em um centro de sa�de da Prefeitura de BH tiveram consequ�ncias graves. O diagn�stico foi adiado em um ano. O tumor, de n�vel 2, evoluiu para n�vel 5.

“A mamografia de rotina foi feita em 2013. Quando levei o resultado para a m�dica no posto de sa�de, as imagens estavam certas, mas o laudo era de outra mulher, que tinha o mesmo nome que eu. Na consulta, a m�dica nem olhou as chapas, leu apenas o laudo e disse que eu estava bem. Um ano depois, senti o n�dulo crescendo e, quando fiz uma mamografia de urg�ncia, o tumor estava avan�ado”, conta Sandra, ao lembrar que, quando fez cirurgia para retirada, o n�dulo j� havia chegado ao n�vel 8, o �ltimo est�gio. “Sofri muito, porque o tratamento � muito pesado e doloroso. Meu caso � resultado de neglig�ncia”, diz a paciente, que ingressou com uma a��o na Justi�a no ano passado, exigindo repara��o.


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