
As iniciativas de redes de prote��o com uso de grupos por comunicadores do tipo WhatsApp e Telegram n�o � novidade e tem conseguido resultados positivos em outros segmentos. � o caso da rede de comerciantes protegidos da Savassi, parceria entre a Pol�cia Militar e a C�mara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Belo Horizonte, que em outubro completa dois anos. “A boa resposta, com a queda de ocorr�ncias e o aumento da sensa��o de seguran�a, motivou a cria��o de mais quatro redes na cidade pela CDL/BH. Diria que se tornou uma ferramenta indispens�vel no esquema de seguran�a”, afirmou o empres�rio Alessandro Runcini, presidente do Conselho Regional da CDL/Savassi.
Para debates essa e outras estrat�gias de seguran�a, ontem ocorreu encontro entre motoristas de escolares e militares do 16º Batalh�o da PM, no Bairro Santa Tereza, Regi�o Leste de BH. Al�m da troca de informa��es, ficou acertada a cria��o do grupo por meio de aplicativos para celular. Os condutores ser�o cadastrados por oficiais das companhias da �rea em que circulam, abrindo um canal direto de comunica��o sobre crimes ou pessoas em atitude suspeita. “Essa � uma das medidas protetivas que foram implantadas. Vai facilitar a troca de informa��es e a preven��o de ataques. No caso de assalto, vai nos proporcionar a��o mais imediata”, explicou o tenente-coronel Marcelo Pinheiro, comandante do 16º BPM.
A tenente Luana Pontes, da 4ª Companhia da PM, que responde por parte do policiamento na �rea central de BH, incluindo a Savassi, tamb�m exalta o uso da ferramenta. “Temos a rede da Savassi funcionando, a dos comerciantes e moradores de Lourdes e a do circuito cultural da Pra�a da Liberdade, em nossa �rea de atua��o. Na Savassi s�o 255 linhas telef�nicas em contato, em grupo administrado pela CDL. Na Pra�a da Liberdade temos um n�mero menor de linhas, mas em todas redes a Pol�cia Militar tem conseguido melhor resposta de suas a��es com a parceria”, explicou.
Para a militar, a tend�ncia de cria��o desse tipo de rede � grande, mas ela adverte para o risco de banaliza��o da ferramenta. “� essencial que esses grupos tenham informa��es detalhadas e imediatas. O tempo � fundamental para o sucesso da a��o policial, bem como a qualidade de informa��es. Se a rede perde seu foco, com informa��es fora de contexto, tende a perder em credibilidade”, pontuou. O empres�rio Alessandro Runcini faz um alerta: “O grupo em rede social � uma ferramenta que s� funciona quando h� um aparato policial adequado. N�o se pode depositar todas expectativas nesse tipo de rede, se os governantes n�o investirem na estrutura policial, no tocante aos recursos humanos e material”.
MONITORAMENTO A ado��o de outro aplicativo sugerido pelo sindicato dos transportadores escolares visa a evitar que pais fiquem aguardando a chegada da van na porta de casa. “O lan�amento foi antecipado por causa dos crimes das �ltimas semanas. Ele ser� gratuito e vai permitir que o respons�vel, por meio do celular, possa identificar onde a van est�. No futuro, tamb�m vai funcionar como banco de dados e consulta de escolares”, afirma Carlos Eduardo Campos, presidente do Sintesc.
Mais de 50 motoristas de vans escolares participaram do encontro com a PM, e receberam dicas de comportamento em caso de abordagens criminosas e de como se prevenir. “Algumas pr�ticas ser�o mudadas, como pagamento da mensalidade por boleto banc�rio e retirada do wi-fi dos ve�culos, para evitar que passageiros fiquem com celulares nas m�os durante a viagem”, destacou o sindicalista.
Uma das orienta��es da PM no encontro de ontem foi no tocante ao tempo em que as vans ficam paradas � espera dos estudantes. “Orientamos evitar ficar muito tempo parado na frente dos im�veis. Notamos que h� vans que ficam entre 15 a 20 minutos no mesmo lugar, e alguns pontos ermos”, afirmou o tenente-coronel Marcelo Pinheiro. Segundo o Sintesc, a PM j� est� com imagens das c�meras de seguran�a que flagraram os roubos nas �ltimas semanas.