
Para o presidente do Grupo Gay da Bahia (GGB), Marcelo Cerqueira, uma das hip�teses � que a inten��o do assassino tenha sido escrever “L�cifer Sete Facadas”, que � uma entidade do Exu, da mitologia iorub�, do candombl� e da umbanda, segundo ele. “Existe uma linha de Exu que � chamada de Sete Facadas. Tem tamb�m o Sete Encruzilhadas e o Sete Saias, entre outras. Resta saber se o assassino � de alguma religi�o, de alguma seita. N�o quero dizer que ele tenha incorporado, mas que tenha tomado para si esse nome”, disse Marcelo. "No meu entendimento, o que houve mesmo foi um latroc�nio. Se ele subtraiu coisas da cena do crime, que levou a carteira, o carro, o celular, a arma e outros objetos, ent�o a motiva��o pode ter sido o roubo”, acredita Marcelo.
O GGB � uma institui��o criada h� 36 anos e a mais antiga no pa�s na defesa dos direitos da popula��o LGBT (L�sbicas, Gays, Bissexuais ou Transg�neros), que recebe informa��es publicadas em jornais e enviadas por organiza��es n�o governamentais. Segundo o GGB, que no ano passado registrou 318 mortes de gays no territ�rio nacional, e 150 este ano, a estimativa � de um assassinato a cada 28 horas no pa�s, a maioria com requintes de crueldade, v�timas principalmente de homofobia, que � a avers�o que as pessoas t�m a quem se relaciona sexualmente com o mesmo sexo. No caso do inspetor, essa motiva��o n�o foi comprovada, segunda a pol�cia.
Para o presidente do GGB, no crime de Juiz de Fora a pol�cia n�o deve ficar presa em apenas uma linha de investiga��o, pois sendo a v�tima um subinspetor, que comandava uma equipe de investigadores, o crime pode ter liga��o com algum acerto de contas ou vingan�a por parte de algum criminoso preso pelos policiais, n�o descartando a possibilidade de envolvimento de mais pessoas. “H� de se trabalhar com a hip�tese de n�o ser apenas uma pessoa”, disse Marcelo. Um segundo homem, que adquiriu de Crisjonny a arma roubada, foi preso por recepta��o.
Para Marcelo, o crime pode ter sido premeditado, pois v�tima e o autor j� se conheciam. “Por outro lado, se os dois j� tinham sido vistos anteriormente em bares e restaurantes, o criminoso pensaria duas vezes antes de matar o subinspetor, pois a cara dele j� estava conhecida. A pol�cia tem que investigar. Talvez, o criminoso esteja omitindo algum tipo de informa��o”, disse o presidente do GGB.