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Estado de Minas

"Fiz um pacto sat�nico e entreguei a vida ao diabo", revela suspeito de matar policial civil

Crisjonny Ferreira da Silva deu 20 facadas e dois tiros em subinspetor de Juiz de Fora e usou o sangue da v�tima para escrever mensagem na parede: "L�cifer Sete Fadas"


postado em 03/07/2016 17:51 / atualizado em 03/07/2016 20:01

Acusado roubou carro, pistola e outros objetos da vítima(foto: Divulgação Polícia Civil)
Acusado roubou carro, pistola e outros objetos da v�tima (foto: Divulga��o Pol�cia Civil)
O suspeito de matar o subinspetor da Pol�cia Civil de Juiz de Fora, na Zona da Mata, e de escrever a mensagem “L�cifer Sete Fadas” na parede, usando o sangue da v�tima, revelou em depoimento � pol�cia que era amante da v�tima e que na adolesc�ncia fez “um pacto sat�nico e entregou a vida ao diabo”.

Crisjonny Ferreira da Silva, de 26 anos, confessou ter matado Roberto Carlos Maciel, de 49. A v�tima levou 20 facadas e dois tiros. O crime foi na madrugada de ter�a-feira, no apartamento da v�tima, depois que os dois voltaram de um bar onde consumiram bebida alco�lica.

O corpo somente foi descoberto no s�bado, depois que vizinhos sentiram um cheiro forte vindo. O acusado roubou o carro, uma pistola calibre 380, um coldre, uma carteira de policial e uma bolsa com documentos da casa do subinspetor.

Subinspetor tomou remédio para dormir antes de ser morto, segundo o acusado(foto: Reprodução: Facebook)
Subinspetor tomou rem�dio para dormir antes de ser morto, segundo o acusado (foto: Reprodu��o: Facebook)
Crisjonny j� era investigado por outros crimes, como roubo, furto, apropria��o ind�bita e comunica��o falsa de crime. Agora, ele confessou mais um homic�dio no Bairro Vila Esperan�a, em Juiz de Fora. Para a pol�cia, a motiva��o do crime foi latroc�nio (roubo seguido de morte). V�tima e suspeito se conheciam havia tr�s meses e se relacionavam sexualmente.

Segundo a delegada regional de Juiz de Fora, Patr�cia Ribeiro, Crisjonny contou em seu depoimento que na madrugada do crime o policial e ele chegaram ao apartamento da v�tima, voltando de um bar, e que o subinspetor tomou um rem�dio para dormir e ficou sonolento. Nesse momento, o suspeito teria ido � cozinha e pegado uma faca. Ele afirmou que somente se lembra de ter dado o primeiro golpe na v�tima e que quando recobrou a consci�ncia o policial j� estava morto e a frase escrita na parede com sangue.

Ainda segundo a delegada, Crisjonny contou que vendeu a pistola roubada por R$ 3 mil e que escondeu parte do material na casa dele em Juiz de Fora, onde a pol�cia encontrou o distintivo e a carteira de policial da v�tima, algema e um coldre. Um segundo suspeito foi preso por recepta��o da arma. “O carro foi com ele para Barbacena, onde foi preso na noite de s�bado”, disse a delegada. Antes de fugir para casa de parentes em Barbacena, o suspeito, ainda segundo o depoimento, usou parte do dinheiro da venda da arma para pagar contas da m�e dele e fez compras em supermercado.

De acordo com a delegada, ele alegou que n�o fez uso de subst�ncias entorpecentes na madrugada do crime e que foi consciente � cozinha apanhar a faca. “A partir do primeiro golpe � que ele alega que perdeu a consci�ncia. Disse que (ele e a v�tima) consumiram bebida alco�lica na rua antes de irem para casa”, disse Patr�cia. Segundo ela, o acusado tamb�m confessou ter levado uma bolsa com alguns pap�is da casa da v�tima e que queimou tudo em um terreno antes de fugir para Barbacena. Policiais civis de Juiz de Fora monitoraram o suspeito at� localiz�-lo em Barbacena, onde foi preso por equipes do local.

Para o presidente do Grupo Gay da Bahia (GGB), Marcelo Cerqueira, uma das hip�teses � que a inten��o do assassino tenha sido escrever “L�cifer Sete Facadas”, que � uma entidade do Exu, da mitologia iorub�, do candombl� e da umbanda, segundo ele. “Existe uma linha de Exu que � chamada de Sete Facadas. Tem tamb�m o Sete Encruzilhadas e o Sete Saias, entre outras. Resta saber se o assassino � de alguma religi�o, de alguma seita. N�o quero dizer que ele tenha incorporado, mas que tenha tomado para si esse nome”, disse Marcelo. "No meu entendimento, o que houve mesmo foi um latroc�nio”, acredita Marcelo.


MAIS HIP�TESES O GGB � uma institui��o criada h� 36 anos e a mais antiga no pa�s na defesa dos direitos da popula��o LGBT (L�sbicas, Gays, Bissexuais ou Transg�neros), que recebe informa��es publicadas em jornais e enviadas por organiza��es n�o governamentais. Segundo o GGB, que no ano passado registrou 318 mortes de gays no territ�rio nacional, e 150 este ano, a estimativa � de um assassinato a cada 28 horas no pa�s, a maioria com requintes de crueldade, v�timas principalmente de homofobia, que � a avers�o que as pessoas t�m a quem se relaciona sexualmente com o mesmo sexo. No caso do inspetor, essa motiva��o n�o foi comprovada, segunda a pol�cia.

Para o presidente do GGB, no crime de Juiz de Fora, a pol�cia n�o deve ficar presa a apenas uma linha de investiga��o, pois sendo a v�tima um subinspetor, que comandava uma equipe de investigadores, o crime pode ter liga��o com algum acerto de contas ou vingan�a por parte de algum criminoso preso pelos policiais, n�o descartando a possibilidade de envolvimento de mais pessoas. “H� de se trabalhar com a hip�tese de n�o ser apenas uma pessoa”, disse Marcelo. Um segundo homem, que adquiriu de Crisjonny a arma roubada, foi preso por recepta��o.


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