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Estado de Minas

Associa��o de moradores tenta barrar quiosques em parque do Bairro Cruzeiro

Popula��o acredita que licita��o para explorar atividades em �rea verde seja um pontap� inicial para privatiza��es


postado em 06/07/2016 06:00 / atualizado em 06/07/2016 08:00

Abertura de envelopes de licitação para exploração de atividades no Parque Amílcar Viana Martins, no Bairro Cruzeiro, está marcada para esta quinta-feira(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A PRESS)
Abertura de envelopes de licita��o para explora��o de atividades no Parque Am�lcar Viana Martins, no Bairro Cruzeiro, est� marcada para esta quinta-feira (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A PRESS)
A Associa��o dos Cidad�os do Bairro Cruzeiro (Amoreiro) vai acionar o Minist�rio P�blico para tentar barrar a licita��o para explora��o de atividades na �rea de entretenimento, gastronomia e estacionamento no Parque Am�lcar Vianna Martins, na Regi�o Centro-Sul da capital. A abertura de envelopes est� marcada para amanh�. Embora a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) garanta que a administra��o continuar� a cargo do munic�pio, muitos veem na iniciativa um pontap� para privatizar  �reas verdes da cidade.

Os moradores entregaram na Funda��o de Parques Municipais (FPM) pedido de impugna��o da concorr�ncia, que foi indeferido. Eles alegam que o projeto Complexo do Cruzeiro, que visa � expans�o das atividades do mercado distrital do bairro ao parque, j� contempla lazer e gastronomia. Mas o setor jur�dico da FPM informou que n�o h� elementos que justifiquem a interrup��o e afirma que uma proposta n�o invalida a outra.

Quem vive no Cruzeiro teme que o parque, conhecido pela tranquilidade e aconchego, se torne local de eventos de grande porte. “Os servi�os podem descaracteriz�-lo. Ele � muito visitado por pessoas que trabalham no entorno e v�o para a hora de almo�o ou lanche, e tamb�m por alunos da universidade que existe ao lado”, diz a presidente da Amoreiro, Patr�cia Caristo.

Outro questionamento da associa��o diz respeito � administra��o do Am�lcar Vianna Martins, um parque com 18 mil metros quadrados, que abriga o primeiro reservat�rio de �gua da cidade. “O manual do concession�rio determina que quem ganhar o direito de explora��o se encarregue de aduba��o e podas, ou seja, entrega a manuten��o de plantas e �rvores. Transformar um lugar de paz, um o�sis, em local de evento para ficar livre de despesa de manuten��o? Pelo tamanho do parque, ele pode ser mantido com muito pouca m�o de obra”, relata.

Permission�rio do Mercado do Cruzeiro, C�ssio Avelino Pereira avalia a licita��o como “uma decis�o monocr�tica e arbitr�ria” da prefeitura. Ele questiona os prazos em que tudo foi feito: menos de 15 dias entre a publica��o no Di�rio Oficial do Munic�pio (DOM) e a data do preg�o.

Para ele, institui��es de relev�ncia que est�o sediadas no bairro e o pr�prio mercado poderiam assumir o parque. “Tinha que ter havido audi�ncia p�blica. A comunidade n�o foi consultada e ainda foi pega de surpresa”, diz. “Embora v�rias quest�es precisem ser resolvidas ali, como a viol�ncia no entorno, n�o podemos perder esse parque para a iniciativa privada”, acrescenta.

O vereador Arnaldo Godoy (PT), que est� apoiando a causa dos moradores, tamb�m teme uma futura privatiza��o: “Abre as portas de um parque pequeno e daqui a pouco o entrega nas m�os de outros administradores. A terceiriza��o est� prevista em v�rios parques da cidade, mas � preciso garantir a passagem das pessoas e o respeito ao meio ambiente”.

O gar�om-chefe Gleison Soares, de 22 anos, se acostumou a frequentar o parque desde os tempos de universidade. Ontem, ele estava com tr�s amigos no mirante fazendo um lanche, enquanto admirava a vista da cidade. Ele disse que, a princ�pio, entende a licita��o como um in�cio de privatiza��o. “N�o sei se esses servi�os seriam t�o agrad�veis nem ideais para esse espa�o, mas s� experimentando para saber. Olho muito pelo lado do meio ambiente. Ele deve ser preservado.”

RESPOSTA A Funda��o de Parques Municipais informou que n�o haver� cobran�a de entrada e garantiu que a administra��o continuar� a cargo da PBH. Informou ainda que a licita��o � apenas para explora��o de servi�os. No caso de entretenimento, o edital n�o delimita qual ser� a atividade – as propostas ser�o analisadas pela funda��o.

A gastronomia prev� a instala��o de quiosque ou cont�iner, j� que n�o pode haver novas constru��es. “Com esse processo, a PBH pretende oferecer infraestrutura adequada aos usu�rios e frequentadores do Am�lcar Vianna Martins, para que desfrutem dessa importante �rea verde da cidade, assim como tem sido feito em outros parques da cidade. Al�m da variada programa��o cultural que a FPM e seus parceiros t�m oferecido nos parques, queremos agora disponibilizar op��es de alimenta��o e outras comodidades.

A inten��o da funda��o � incentivar e promover o uso e ocupa��o dos espa�os p�blicos na cidade”, informou a presidente da FPM, Karine Paiva, por meio de nota.


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