Investiga��o da Pol�cia Civil levou ao indiciamento de dois dos tr�s funcion�rios p�blicos estaduais suspeitos de estuprar uma estudante belo-horizontina, de 19 anos, do curso de administra��o p�blica da Funda��o Jo�o Pinheiro (FJP), durante congresso da �rea em Bom Despacho, no Centro-Oeste do estado. De acordo com informa��es da corpora��o, o inqu�rito policial que apurava a den�ncia de estupro coletivo, em 4 de junho �ltimo, foi conclu�do e ser� encaminhado � Justi�a.
Os dois suspeitos foram indiciados pelo crime de estupro de vulner�vel em concurso de pessoa. Eles v�o responder pelo crime de estupro e ass�dio sexual (artigo 217 do C�digo Penal combinado com artigo 216). A jovem registrou den�ncia do abuso sexual quatro dias depois, j� em Belo Horizonte, onde o inqu�rito foi instaurado. Ela e os suspeitos participavam de um congresso na �rea de administra��o p�blica, em hotel de Bom Despacho. De imediato, foi pedida a pris�o preventiva de dois envolvidos � Justi�a.
Durante as investiga��es, com base no depoimento dos suspeitos, da jovem e de testemunhas, al�m de outros procedimentos investigativos, ficou evidenciada a participa��o dos dois homens, um de 24 anos e outro de 25, no crime de estupro. A Pol�cia Civil n�o encontrou ind�cios de participa��o do terceiro suspeito, tamb�m de 25 anos, que por isso n�o foi indiciado.
O inqu�rito policial foi encaminhado nesta segunda-feira ao F�rum de Belo Horizonte, e cabe agora ao representante do Minist�rio P�blico analisar o documento para decidir se apresenta den�ncia contra os dois suspeitos. O caso segue em segredo de Justi�a, motivo pelo qual os nomes dos indiciados n�o podem ser divulgados.
Depois da den�ncia da universit�ria, a Controladoria-Geral do Estado de Minas Gerais abriu sindic�ncia para apurar as responsabilidades dos servidores. O processo administrativo disciplinar investiga o fato e a autoria, e os servidores podem ser punidos at� com demiss�o a bem do servi�o p�blico, independente de eventuais responsabilidades criminais.
A universit�ria contou na ocasi�o que o crime aconteceu nos alojamentos do Sesc Bom Despacho, onde o congresso ocorria, entre os dias 2 e 5 de junho. A Funda��o Jo�o Pinheiro, que promoveu o encontro de estudantes, repudiou os “atos de viol�ncia, opress�o, constrangimento ou equivalentes, praticados contra membros da institui��o, em particular aqueles relacionados aos alunos da Escola de Governo Paulo Neves de Carvalho.”
(RG)