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Estado de Minas

Professor morto em festa do curso de medicina n�o teve chance de defesa, diz pol�cia

Andr� Felipe Vieira Colares, de 24 anos, foi assassinado durante encontro de formandos da Universidade Estadual de Montes Claros no �ltimo dia 1�


postado em 08/07/2016 19:27 / atualizado em 08/07/2016 21:16

(foto: Reprodução/Facebook )
(foto: Reprodu��o/Facebook )
O professor Andr� Felipe Vieira Colares, de 24 anos, assassinado durante uma festa dos formandos do curso de medicina da Universidade Estadual de Montes Claros (Norte de Minas), na madrugada do �ltimo dia 1º, n�o teve chance de defesa. Ele foi agarrado por tr�s e, logo em seguida, golpeado no pesco�o pelo adolescente de 17 anos, que confessou o crime. � o que aponta o resultado da per�cia, divulgado nesta sexta-feira, em entrevista coletiva pela Pol�cia Civil de Montes Claros.

Andr� Felipe era homossexual assumido. O delegado Ranieri Marcondes, respons�vel pela investiga��o, disse que descarta que o crime tenha motiva��o homof�bica, sendo que o autor sustenta que matou o professor ap�s um desentendimento entre eles. No entanto, admitiu que o adolescente pode ter se arrependido ap�s a rela��o homossexual, agindo sob a chamada 'ressaca moral'.

“Acredito que houve um desentendimento entre eles ap�s car�cias amorosas, mas o 'start', o motivo inicial foi simplesmente a car�cia, conforme o autor deixa claro”, afirmou o delegado. Ele anunciou que o inqu�rito j� foi conclu�do e encaminhado ao Minist�rio P�blico.

A promotora da Vara da Inf�ncia e da Adolesc�ncia de Montes Claros, Valmira Alves Maia, disse que solicitou a interna��o provis�ria de 45 dias do autor confesso, medida que dever� ser convertida em interna��o de tr�s anos, tempo m�ximo de restri��o de liberdade para menores, conforme estabelece o Estatuto da Crian�a e do Adolescente. O adolescente � lutador de jiu-jitsu.

O corpo de Andr� Felipe, que era professor substituto e pesquisador da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), foi encontrado na madrugada de 1º de julho, na Ch�cara Bugarin, conhecida casa de festas situada na regi�o Sul de Montes Claros. Um dos formandos em medicina era irm�o dele. O corpo foi encontrado seminu com cortes profundos no pesco�o, causados por cacos de vidro e os dois olhos furados com palitos.

Ainda no local foi apreendido um adolescente de 17 anos, que confessou o homic�dio. Natural de Guanambi (BA), o jovem disse que estava na festa como convidado de uma prima, uma das formandas. O crime teve enorme repercuss�o, sendo levantada a possibilidade de motiva��o homof�bica.

Segundo o delegado Ranieri Marcondes, o adolescente disse que foi abordado pelo professor, entre 4h30 e 5h, j� no fim da festa. Andr� Felipe teria lhe pedido o n�mero do celular com whatsapp, tendo resposta negativa. Na sequ�ncia, a vitima o convidou para ir at� um escrit�rio em um ponto da ch�cara, “para ajud�-lo a pegar uma caixas com l�mpadas e alguns enfeites, para fazer uma surpresa aos formandos”. O convite teria sido aceito.

Ainda de acordo com o autor, Andr� Felipe teria tentando acarici�-lo, o que resultou em um desentendimento entre eles, resultando na morte do professor.

De acordo com a per�cia, o menor teria usado dois palitos, que ficaram cravados nos olhos do professor, mesmo depois que a v�tima j� estava morta, que tamb�m apresentava cortes profundos no pesco�o. No entanto, em depoimento, o autor apenas confessou que matou Andr� Felipe, sem revelar mais detalhes e tamb�m sem explicar porque agiu com tanta crueldade. “Ele apenas alegou que o motivo foi o desentendimento e disse que n�o se lembra de mais nada”, declarou o delegado.

Segundo o delegado, a per�cia mostrou que o adolescente agiu com crueldade, sem dar chance de defesa a Andr� Felipe. “Foram encontradas marcas de que o primeiro golpe foi no pesco�o, da direita para esquerda. Posteriormente, h� (sic) golpes da esquerda para a direita aplicados com caco de vidro. Isso demonstra que o autor golpeou a v�tima pelas costas, primeiramente. Os outros golpes provavelmente foram desferidos pela frente, acreditamos j� com a v�tima no ch�o”, afirmou.

Ranieri Marcondes informou que n�o � possivel afirmar que o adolescente teve uma rela��o sexual com a v�tima. At� ent�o, o �nico material que a pol�cia � a pe�a �ntima do menor, que foi apreendida e encaminhada para exame em laborat�rio. O resultado da an�lise ser� divulgado entre 30 e 60 dias. Durante as investiga��es, foi descartado consumo de droga no local do crime. Tamb�m foi descartada a possibilidade de envolvimento de uma terceira pessoa no caso.


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