
Um dos criadores do evento � o jornalista Gil Sotero, que sabe bem como � dif�cil ser homem e usar saia. Poucos dias antes de Laz�ro ser agredido, Gil resolveu ir trabalhar de saia. Em seu trajeto pelas ruas da capital foram muitos olhares de reprova��o e coment�rios preconceituosos. “Ouvi muitas piadinhas de mau gosto. Teve gente que ficava incomodada e sa�a de perto. E olha que a minha saia ,dentro dos padr�es ditados pela moda, era bem masculina”, relata Gil, que vai continuar usando suas saias "quando bem quiser".
Segundo ele, o saia�o � uma maneira de protestar contra a imposi��o da moda de g�nero e o preconceito contra a popula��o LGBT. “Os homens na antiguidade sempre usaram saias, depois � que elas passaram a ser consideradas uma roupa exclusiva para mulheres. Mas n�o �”, afirma. Al�m disso, lembra Gil, todos t�m direito de vestir o que quiser. “Ningu�m pode ser agredido por causa de sua roupa, por usar isso ou aquilo.”
A concentra��o come�a as 17h. Da Bahia, o saia�o segue at� a Rua dos Timbiras, no Conselho Regional de Psicologia (CRP), onde acontece um debate sobre orienta��es sexuais e identidades de g�nero, promovido pelo Grupo de Trabalho de Diversidade do CRP.