
Al�m de n�o lan�ar esgoto nos c�rregos que des�guam na lagoa, outra forma que a popula��o tem ajudar � n�o jogar lixo nesses cursos d’�gua. “A prefeitura s� v� o lixo quando ele est� chegando. Estamos estudando formas t�cnicas de segur�-lo nos c�rregos antes que cheguem � lagoa, mas ainda n�o h� uma solu��o apropriada”, afirmou. O recado serve para a popula��o de Contagem, na Grande BH, por onde passam alguns desses c�rregos, segundo o chefe do Executivo da capital mineira.
O prefeito comentou tamb�m a presen�a de jacar�s na Lagoa da Pampulha e admitiu que pode representar um risco para quem for praticar esportes na lagoa. “Um garoto vai andar de caiaque e pode cair na �gua. O pessoal do Meio Ambiente est� debatendo isso com o Ibama para ver o que devemos fazer”, disse.
Lacerda descartou a possibilidade de verticaliza��o no entorno da lagoa. “Isso est� absolutamente fora de cogita��o. O Plano Diretor que est� hoje na C�mara Municipal, junto com a Lei de Uso e Ocupa��o do Solo, d� um sentido muito forte a essa preserva��o, sem pr�dios no entorno da lagoa”, afirmou.
Sobre a reclama��o de frequentadores e turistas da falta de banheiros p�blicos no entorno da lagoa, o prefeito disse ter feito licita��o por duas vezes tentando instalar lanchonetes com banheiros agregados em cont�ineres estilizados, em mais de 35 locais na capital, inclusive a Pampulha, mas que houve problemas com a Justi�a. Segundo ele, um concession�rio antigo da venda de coco na Pra�a JK, no Bairro Mangabeiras, Regi�o Centro-Sul, por duas vezes conseguiu derrubar a licita��o na Justi�a.
Lacerda disse que a prefeitura, por meio da Belotur, elaborou v�rios pacotes e roteiros para incrementar o turismo na capital, mas que o setor privado, como ag�ncias e hot�is, tamb�m precisa se mobilizar. “H� espa�o para trazer o visitante, mas n�o cabe apenas ao poder p�blico estimular o turismo receptivo”, afirmou.
ILUMINA��O Cinco canh�es de luz v�o iluminar a Lagoa da Pampulha durante os pr�ximos 45 dias em comemora��o ao t�tulo concedido pela Unesco. De acordo com o presidente da Funda��o Municipal de Cultura, Le�nidas de Oliveira, os equipamentos foram montados em uma pen�nsula onde o projeto original do arquiteto Oscar Niemeyer previa a constru��o de um hotel, que n�o chegou a ser erguido. Al�m dos canh�es de luz, os pr�dios receberam uma ilumina��o comemorativa especial. V�rias atividades culturais est�o programadas para os pr�ximos dias, segundo ele.
TR�S PERGUNTAS PARA
Le�nidas Oliveira, presidente da Funda��o Municipal de Cultura e da Belotur
O que ser� feito para atrair mais turistas e garantir o acolhimento deles?
Vamos lan�ar uma s�rie de atividades culturais e fomentos. Quando a lagoa estiver limpa teremos o barco. Os estudos sobre o �nibus tur�stico est�o prontos e vamos abrir licita��o para a explora��o dessa atividade, al�m de fazer a requalifica��o dos espa�os. Tirando o Iate e a Igrejinha, que s�o particulares, temos 60 pessoas trabalhando para receber os frequentadores no Museu de Arte, na Casa do Baile e na Casa Kubitschek. Todos eles, atualmente, abrigam exposi��es. O centro de Aten��o ao Turismo tamb�m foi requalificado e nele h� explica��es de como se dar� toda a visita��o da Pampulha. Os tr�s equipamentos p�blicos t�m banheiro para serem usados pelos visitantes.
Financeiramente, qual o impacto do t�tulo de Patrim�nio Cultural da Humanidade para a Pampulha?
Desde 2013, gastamos R$ 150 milh�es com a revitaliza��o. Os recursos v�m mais facilmente. Quando os �rg�o do Brasil inteiro se unem para proteger algo que � patrim�nio mundial h� avan�os, pois � prioridade do pa�s frente ao mundo. Costumo dizer que se houver uma guerra, em BH, o que salva � a Pampulha.
H� algum problema que pode p�r em risco o t�tulo?
N�o h� risco. A Prefeitura de BH tem cumprido antecipadamente todos os itens exigidos. Estamos em conversas com a Unesco para juntos resolvermos os problemas pendentes.

A Igreja S�o Francisco de Assis � o primeiro ponto a ser procurado pelos turistas em visita � Pampulha. O fluxo de visitantes, por�m, � um desafio. Ontem, j� estavam quebrados vidros colocados para proteger a ilumina��o no local. E n�o era por falta de lixeiras que havia embalagens de picol�, pipoca (foto) e pap�is de bala por toda parte, j� que h� uma a cada 50 metros. A partir de hoje, mais um facilitador: a pra�a da igrejinha contar� com banheiro qu�mico, at� que haja uma solu��o definitiva, garantiu ontem Le�nidas Oliveira, presidente da Funda��o Municipal de Cultura e da Belotur.