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Estado de Minas

Antigo im�vel da Tecelagem Santa B�rbara � tombado pelo munic�pio de Augusto de Lima

A popula��o homenageou o im�vel na celebra��o de 130 anos de sua hist�ria


postado em 19/07/2016 18:45 / atualizado em 19/07/2016 22:20

Acordo entre o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), os proprietários e o município, foi firmado para um projeto do projeto de restauro(foto: Hugo Roda/divulgacao )
Acordo entre o Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG), os propriet�rios e o munic�pio, foi firmado para um projeto do projeto de restauro (foto: Hugo Roda/divulgacao )

O bem cultural mais valioso de Augusto de Lima, na Regi�o Central, ganha tombamento municipal e homenagem da popula��o na celebra��o de 130 anos de hist�ria. Embora em ru�nas, o antigo im�vel da Tecelagem Santa B�rbara, localizado na �rea pertencente � atual Fia��o e Tecidos Santa B�rbara Ltda., atrai olhares dos visitantes interessados em conhecer a constru��o que abrigava maquin�rio vindo da Inglaterra, no s�culo 19. Para elabora��o do projeto de restauro, acaba de ser firmado um acordo entre o Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG), os propriet�rios e o munic�pio.

“� uma edifica��o imponente, de grande import�ncia para Minas. A planta da f�brica foi elaborada pelo engenheiro Eduardo Bonjean, o mesmo que montou o Pal�cio de Cristal em Petr�polis, em 1884, onde hoje funciona o Museu Imperial”, diz o titular da Coordenadoria de Defesa do Patrim�nio Cultural e Tur�stico de Minas Gerais (CPPC), Marcos Paulo de Souza Miranda. A CPPC foi respons�vel pelo pedido, � Prefeitura de Augusto de Lima, de prote��o municipal para a constru��o, cuja trajet�ria come�a nos tempos do Arraial do Tejuco, atual Diamantina, no Vale do Jequitinhonha.

Satisfeita com a iniciativa, a secret�ria de Cultura, Lazer, Esporte e Turismo, Geysane Vasconcelos Nadu, diz que a prefeitura local est� empenhada em buscar recursos para recuperar o pr�dio, apelidado pela popula��o de Coliseu, numa refer�ncia ao monumento existente em Roma, It�lia. “Este � o primeiro e �nico bem tombado em Augusto de Lima. Trata-se de uma das tecelagens pioneiras no estado e que deu emprego a muita gente”. Geysane n�o sabe o valor da restaura��o, mas est� certa de que � “coisa de milh�es”.

Com a tecelagem em poder de sua fam�lia desde 1950, o diretor da Fia��o e Tecidos Santa B�rbara Ltda., Guilherme Avellar Paculdino Ferreira, ressalta a necessidade de preserva��o do bem, constru�do de madeira e alvenaria, e belo atrativo para quem se hospeda no Hotel �guas de Santa B�rbara. Numa atividade de educa��o patrimonial, ele e outros defensores do patrim�nio fizeram uma reuni�o com moradores explicando os benef�cios do tombamento e a necessidade de conserva��o.

HIST�RIA

Conforme pesquisa feito pelo promotor de Justi�a Marcos Paulo de Souza Miranda, a Fazenda Santa B�rbara, em meados do s�culo 18, pertencia ao contratador de diamantes portugu�s Jo�o Fernandes de Oliveira, que vivia no Arraial do Tejuco com a lend�ria escrava alforriada Chica da Silva. A propriedade, na �poca, abrigava uma casa, engenho de moer cana, moinho e “bom rego d’�gua”. Muito extensa, a fazenda estava dividida em dois retiros: Cavalgadura e S�o Miguel, que contavam com currais de pau-a-pique. Em 1856, estava arrendada a Bento Jos� Afonso Fernandes, sendo propriedade de Jo�o Germano de Oliveira Grij�, neto de Jo�o Fernandes e Chica da Silva.

Em 1884, o comerciante de diamantes Jo�o da Matta Machado idealiza a funda��o da F�brica de Tecidos Santa B�rbara, incumbindo seus filhos de dar andamento ao projeto. O local para implanta��o seria a Fazenda Santa B�rbara, ent�o pertencente ao munic�pio de Diamantina e, atualmente, ao munic�pio de Augusto de Lima. O maquin�rio importado da Inglaterra seguiu do Rio de Janeiro (RJ) at� Conselheiro Lafaiete e de l� para Sabar�, em carros de boi. Na sequ�ncia, foi embarcada em balsas e desceu pelo Rio das Velhas at� um porto chamado Manga, situado perto da f�brica.

Em 19 de maio de 1886, foi fundada em Diamantina a sociedade comercial Matta Machado, Moreira & Cia, com o objetivo de produzir e vender tecidos de algod�o. Foram fundadores Jo�o da Matta Machado, Ant�nio Moreira da Costa, o Bar�o de Para�na, Augusto da Matta Machado, �lvaro da Matta Machado, Pedro da Matta Machado, Francisco Correa Ferreira Rabelo, Jo�o Ant�nio Lopes de Figueiredo, Pedro Jos� Versiani e Jos� da Silva Machado. No ano seguinte, o Jornal A Prov�ncia de Minas, publicado em Ouro Preto, registra as propriedades medicinais das �guas da Fazenda Santa B�rbara.

Em 1906, sob a ger�ncia do Coronel Te�filo Marques Ferreira, a f�brica contava com 1.744 fusos e 72 teares, consumia 100 mil quilos anuais de tecido, tinha for�a motriz de 150 cavalos de energia hidr�ulica, empregava 120 oper�rios e produzia 1 milh�o de metros anuais de tecidos brancos, lisos, entran�ados. Na d�cada de 1950, Jo�o Paculdino Ferreira, que morreu em 1963 e era filho de antigos oper�rios da tecelagem, adquire a Companhia Fia��o e Tecidos Santa B�rbara e come�a a moderniz�-la, construindo uma usina para gera��o de energia el�trica e substituindo o antigo maquin�rio ingl�s movido a energia hidr�ulica. A usina foi inaugurada em 13 de janeiro de 1953.

RB


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