
Para chegar at� Evaldo, os investigadores tamb�m contaram com informa��es de uma filha de Edson. Ela relatou que recebeu do pai, no s�bado, tr�s fotos enviadas por WhatsApp, em que o empres�rio relatava a presen�a de Evaldo sem que ele soubesse que estava sendo fotografado. “Ele relatou (na mensagem) que tinha recebido uma visita inconveniente. Demonstrou uma certa preocupa��o”, acrescenta o delegado. J� na ter�a-feira, depois de a Pol�cia Civil ter informa��es de que v�tima e acusado estiveram juntos, os investigadores, que j� tinham entrado em contato com o suspeito, o receberam para prestar esclarecimentos na delegacia. “Ap�s ser interrogado pela primeira vez ele negou o crime, mas n�s ouvimos outras pessoas, colhemos elementos e comprovamos a participa��o. A� ele confessou”, diz o delegado.
BOT�O � PISTA Antes de assumir a briga com Edson e a morte, Evaldo apontou diferentes vers�es, caindo em contradi��o. Primeiro, falou que, como faz servi�os de marcenaria e era amigo do empres�rio, iria fazer um m�vel para a casa da v�tima. Depois, disse que estava procurando pousadas para outra pessoa. Um elemento importante para que os policiais tivessem certeza da autoria foi um bot�o de camisa recolhido ao lado do corpo de Edson. Ele � id�ntico aos bot�es da blusa que Evaldo estava usando quando chegou � delegacia, na ter�a-feira. Para a pol�cia, a roupa � o uniforme de trabalho do acusado na empresa fluminense, e o bot�o provavelmente foi arrancado durante a briga dos dois.
Segundo a vers�o apresentada � pol�cia pelo acusado, quando os dois estavam juntos na casa do empres�rio, por volta das 17h, Evaldo teria questionado Edson sobre o suposto relacionamento com a mulher. “Eu tomei caf� com ele, almocei com ele e na hora que ia embora, perguntei: ‘Edson, voc� est� tendo um caso com a minha mulher?’ Ele disse que estava e a� a gente come�ou a discutir. N�s brigamos, ele bateu a cabe�a, coloquei um cobertor nele e vim embora. Eu tinha que trabalhar na segunda-feira”, afirma, dizendo que achou que Edson poderia estar vivo. Ao ser questionado se conversou antes com a mulher para tentar esclarecer a situa��o, disse que n�o. E tamb�m que ela n�o atende mais ao telefone. Segundo a pol�cia, a mulher, de quem Evaldo teria se separado recentemente, est� em viagem a Santa Catarina, mas ainda deve ser ouvida no inqu�rito.
Evaldo n�o tem nenhuma passagem pela pol�cia, segundo as investiga��es. Agora, ter� que responder pelo crime de homic�dio, que pode representar at� 30 anos de cadeia, dependendo das qualificadoras que forem levantadas na investiga��o. “Estou arrependido do que fiz. Se ele tivesse falado que n�o tinha nada, eu teria ido embora”, afirmou o acusado. O delegado tamb�m acredita que houve arrependimento, mas afirma que a atitude foi premeditada. “Ele demonstrou certo arrependimento, mas, ao mesmo tempo, falou que se sentia aliviado. Com certeza foi uma atitude muito pensada, um crime grav�ssimo pelo qual ele vai ter que responder”, diz Fernando Marins.
LIT�GIO DESCARTADO Uma situa��o que chamou a aten��o da Pol�cia Civil no in�cio das investiga��es foram alguns problemas conjugais do pr�prio Edson com a ex-mulher, que encontrou o corpo do empres�rio na �ltima segunda-feira. Segundo as investiga��es do caso, no mesmo dia em que descobriu o crime ela retirou da casa em Macacos um cofre com dinheiro e joias, mas pessoas que acompanharam a situa��o avisaram a Pol�cia Militar. Os militares, ent�o, apreenderam o objeto dentro do carro da mulher e informaram ao delegado. “Chamou a aten��o, mas ela tinha a chave da casa e a senha do cofre. Ent�o, isso minimizou essa atitude. At� o momento o lit�gio dos dois n�o tem nenhuma rela��o com a morte do empres�rio”, completa o delegado.