
A decis�o vale at� o dia 31, quando haver� nova reuni�o, e teve o aval da Associa��o Brasileira de Bares e Restaurantes de Minas Gerais (Abrasel-MG). “Esse per�odo servir� para avaliar como vai ser a queda nas vendas, que vai existir. Tamb�m vamos avaliar qual foi o impacto disso no p�blico para, ent�o, no dia 31, reavaliar”, disse o diretor-executivo da Abrasel, Lucas P�go.
Na noite da quinta-feira, a reportagem do Estado de Minas retornou � rua, menos de um m�s depois de vizinhos denunciarem abusos por parte de alguns bares. Para moradores, uma “disputa” de som alto entre estabelecimento causava transtorno praticamente durante toda a semana. Desta vez, o volume era mais baixo. O som, mec�nico ainda pode ser ouvido, mas no interior de alguns bares – caixas de som, agora s� do lado de dentro.
Nas mesas do lado de fora dos bares, sem as caixas de som externas dos estabelecimentos vizinhos, apenas restou o barulho do bate-papo dos clientes. “Para mim, bar � local de bater papo e n�o m�sica alta. Antes estava dif�cil de conversar aqui”, afirmou o engenheiro de sistemas D�lio Leles, de 54 anos, em uma mesa com tr�s amigos. J� o colega dele, o tamb�m engenheiro Ricardo Menezes, pediu equil�brio. “A trilha sonora faz parte da vida e a m�sica � necess�ria em qualquer ambiente. O que tamb�m n�o pode faltar � o equil�brio, sem os exageros de uma disputa de quem coloca o som mais alto”, disse.
O banc�rio Lu�s Carlos Soares, de 45 anos, morador da �rea e frequentador dos bares e restaurantes, afirma que gosta do ambiente de m�sica e da movimenta��o de p�blico na rua. H� 27 anos ele mora no local e h� cinco viu surgir a tend�ncia para o com�rcio de entretenimento da Alberto Cintra. “A posi��o de meu apartamento me favorece em rela��o ao som alto. Mas, no meu pr�dio, muitos vizinhos t�m problema com isso”, explicou Soares, que, por�m, considera o acordo positivo.
Preocupa��o Comerciantes da rua est�o divididos. H� quem defenda que o acordo pode ser ben�fico, mas parte dos donos de bares lamenta a suspens�o da m�sica ao vivo. “O ambiente melhorou, mas h� que se construir um acordo que n�o traga preju�zos. Com as apresenta��es ao vivo proibidas, tive que dispensar m�sicos que tocavam no meu bar somente nas tardes do domingo”, lamentou um empres�rio que preferiu n�o se identificar.
Por sua vez, Jamilda Neves Silva, gerente de um dos mais antigos restaurantes da Alberto Cintra, comemorou o fim do som alto. “Clientes que estava desaparecidos est�o retornando. Estamos de volta aos tempos da boa conviv�ncia, com m�sica ambiente, sem que ningu�m saia no preju�zo”, avaliou. Segundo ela, o propriet�rio, que chegou anunciar a venda do restaurante, pensa em rever a perman�ncia no ponto comercial.
Segundo o chefe da sala de imprensa da Pol�cia Militar, capit�o Fl�vio Santiago, a corpora��o aprova a busca de um acordo. “A melhor solu��o sempre � aquela que envolve as partes. A gente sempre v� com bons olhos quando a sociedade busca alternativas para solu��o dos seus conflitos de forma pac�fica. Evidente que toda escolha feita tem benef�cios e entregas”, disse.
Enquanto isso...
...Vota��o sobre Lei do sil�ncio � adiada
Foi suspensa nesta sexta-feira a vota��o de um dos mais pol�micos projetos de lei em atual tramita��o na C�mara Municipal de Belo Horizonte (CMBH). A proposta nº 751/2013 – que sugere a altera��o da chamada Lei do Sil�ncio, de controle dos n�veis de ru�do na capital – prev� aumento para at� 80dB (decib�is) no volume de atividades escolares, religiosas, bares e restaurantes at� as 22h, de domingo � quinta-feira. J� na sexta-feira, s�bados e feriados, a permiss�o seria para ainda mais tarde, at� as 23h. O PL, que � de autoria dos vereadores Elvis C�rtes (PSDC) e Autair Gomes (PSC), que s�o pastores evang�licos, era o item 15 da pauta de vota��o prevista para sess�o de 14h30 de ontem. Mas, por falta de quorum, a reuni�o plen�ria n�o ocorreu.O projeto tem muitas emendas, uma delas com permiss�o, inclusive, para 85dB.