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Estado de Minas UM DIA PARA ENCANTAR

Alto-astral invade a Pra�a do Papa durante a 8� edi��o do Festival I Love Jazz

P�blico presente na 8� edi��o do Festival I Love Jazz, na Pra�a do Papa, dan�ou e cantou intensamente ao som de cl�ssicos. Evento prossegue hoje com v�rias apresenta��es


postado em 21/08/2016 06:00 / atualizado em 21/08/2016 07:46

Artistas do Caffeine Trio subiram ao palco e fizeram uma síntese do jazz dos anos 1920 com leituras de músicas brasileiras(foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
Artistas do Caffeine Trio subiram ao palco e fizeram uma s�ntese do jazz dos anos 1920 com leituras de m�sicas brasileiras (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
O alto-astral invadiu a Pra�a do Papa na tarde de ontem. Quase que como um resgate �s d�cadas de 1920 a 1940, a 8ª edi��o do Festival I Love Jazz transformou o tradicional ponto tur�stico aos p�s da Serra do Curral, na Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte, em uma pista de dan�a t�pica dos anos de ouro do estilo musical originado nos Estados Unidos. O evento reuniu fam�lias inteiras, casais, amigos e m�sicos de primeira linha da cena art�stica do jazz de Belo Horizonte, de outras capitais e tamb�m do exterior. E mais uma vez agradou. O p�blico dan�ou, cantou e se encantou ao som de cl�ssicos de uma programa��o que se estendeu at� a noite.


Nesta edi��o, o festival refor�a uma caracter�stica marcante do jazz: a liberdade pr�pria do estilo musical. No palco, al�m dos grupos originais, o evento reuniu artistas brasileiros e m�sicos internacionais. “Essa intera��o � muito bacana. E o jazz permite esse interc�mbio. N�o exige um arranjo pr�vio. Cada um mostra sua individualidade e da� sai uma produ��o nova que agrada demais ao p�blico”, explica Marcelo Costa, criador do I Love Jazz e integrante da banda Happy Feet Jazz Band, que se apresenta hoje.

Marcelo afirma que a cada ano o festival refor�a seu legado de popularizar o jazz em BH. “As pessoas gostam muito. E mesmo quem n�o conhece, se envolve com a m�sica que � agrad�vel e alegre. Al�m disso, o festival tem grandes pontos positivos. � um evento de muitas horas, que come�a � tarde e se estende at� a noite, o que permite pessoas de todas as idades virem para se divertir”, diz.

Com a filha de 1 ano e oito meses, o casal Ana Paula e Alexander Aldano elogiou o festival, que teve aula e competição de lindy hop(foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
Com a filha de 1 ano e oito meses, o casal Ana Paula e Alexander Aldano elogiou o festival, que teve aula e competi��o de lindy hop (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
Presente na programa��o h� tr�s anos, o lindy hop prendeu a aten��o da plateia. A divertida dan�a de origem afro-americana abriu a programa��o com uma aula aberta ao p�blico. Quando surgiu, o lindy reunia dan�arinos que se juntavam para curtir, dan�ar e criar passos. Ontem n�o foi diferente no “sal�o de dan�a” da Pra�a do Papa, onde at� mesmo quem n�o conhecia o estilo se rendeu ao som do swuing jazz do lindy hop. “O lindy tem essa caracter�stica de envolver todo mundo numa onda de alegria. � uma dan�a divertida, livre e sem a formalidade exigida por outros estilos”, afirma a designer gr�fica Jaqueline Martins, de 34 anos, uma das integrantes do grupo Be Hoppers, organizador do aul�o.

O evento teve ainda uma competi��o de lindy hop, nas categorias iniciante e intermedi�rio, com dan�arinos de BH e tamb�m dos estados de S�o Paulo e Rio de Janeiro, que vieram exclusivamente para o evento. “J� fiz dan�a e experimentei outros estilos. Cada um tem sua peculiaridade, mas o lindy foi o que mais me encantou, pela intera��o que essa dan�a permite e pela leveza que ela traz”, afirma a estudante mineira Marina Barra de Melo, de 29, que dan�a lindy hop desde mar�o.

No meio da tarde, foi a vez das artistas do Caffeine Trio subirem ao palco. Formado pelas cantoras Sylvia Klein, Renata Vanucci e Car� Renno, o grupo fez uma s�ntese do jazz dos anos 1920, marcado pelo sofisticado close harmony, com ritmos da sonoridade brasileira. Nessa mistura bem-humorada, entraram leituras swingadas de m�sicas como Ta�; Aurora; Tico Tico; e Meu sangue ferve por voc�.

(foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
(foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
Mais tarde, David Kerr e Canastra Trio (Tributo a Cole Porter e George Gershwin) se apresentaram e o Gunhild Carling encerrou a programa��o, que agradou muito a quem esteve na Pra�a do Papa para prestigiar o evento. Com a filha de 1 ano e oito meses no colo, o casal Ana Paula de Melo Aldono, de 37 anos, e Alexander Aldano, de 34, elogiou a organiza��o do festival. “Esse � evento muito importante para a cidade. Engloba m�sica de qualidade, com um cen�rio lindo, ao ar livre e bem perto da natureza. J� estivemos em outras edi��es e sempre gostamos muito”, disse Ana. As amigas Saritha Azevedo Ribeiro, Karla Liboreiro, ambas de 34, e Ana Paula Maia, de 33, tamb�m aprovaram. “Esse � um evento gratuito e democr�tico, com m�sica de alt�ssima qualidade”, afirmou Karla.organiza��o do Museu do Cotidiano, ainda com visitas marcadas com anteced�ncia para pequenos grupos, come�a pelo fundo do galp�o. Ant�nio se orgulha em mostrar as prateleiras brancas, no total de mil metros lineares, que encontrou num ferro-velho e eram usadas como g�ndola de supermercado. Bem distribu�das est�o as pe�as de escrit�rio, trof�us sobre o cofre da antiga esta��o ferrovi�ria de BH, bola de futebol autografada por Pel�, m�veis de cart�rio, rel�gios, ourivesaria e lapidaria, tesouras de alfaiate e a se��o de v�cios, com isqueiros de todos os tamanhos e formatos, cachimbos e charutos. Um destaque � o macac�o usado pelo piloto supercampe�o Ayrton Senna (1960-1994) no Grande Pr�mio do Jap�o, e adquirido da vi�va, brasileira, do mec�nico da equipe. No mezanino, j� podem ser vistos os quadros do pintor Lorenzato (1900-1995).

Pegando um pequeno copo de aperitivo, o dono do museu pergunta e responde: “Sabe por que o guardei? � porque o relevo � do lado de dentro, e n�o de fora. Assim, tamb�m mantive esta placa “Ar condicionado”, simplesmente por estar escrito “Ar condiconado”. As placas tamb�m ocupam lugar de destaque, e algumas est�o em exposi��o no Centro Cultural Banco do Brasil, na Pra�a da Liberdade. Certo de que � respons�vel por um tesouro cultural, Ant�nio Carlos cita uma que gosta muito: “Sapataria. Aqui n�o fazemo sapato s� consertamo. As veiz faz”. J� no Espa�o do Conhecimento UFMG, a exposi��o Processaber, aberta para visita��o at� 25 de setembro, exibe parte desse inestim�vel patrim�nio.

Artistas pl�sticos, designers e estudantes, com seus professores, s�o visitantes contumazes do acervo. “N�o quero um museu de antiguidades, mas em constante movimento. Tenho pe�as de 300 anos e tamb�m de dois dias atr�s”, revela o guardi�o. Quando esteve no local, o ex-goleiro da Sele��o Brasileira Emerson Le�o se emocionou ao ver as tesouras de alfaiete, profiss�o que seu pai exerceu. J� o franc�s Pierre Catel, respons�vel por v�rios projetos museogr�ficos em Minas, se espantou ao ver acervo de tal dimens�o. “Ele disse que tenho objetos para 90 museus”, recorda Ant�nio Carlos com alegria.

Ao visitar o acervo, o secret�rio de estado de Cultura e ex-presidente do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) Angelo Oswaldo, observou que “Ant�nio Carlos Figueiredo estabeleceu uma cole��o inusitada, que brota do cotidiano de ontem ou do amanh�, ao buscar todo tipo de objeto que referencie a vida que passa. Com isso, criou um formid�vel acervo hist�rico, repleto de narrativas, no qual os espectadores encontrar�o ou formar�o as mais diversas perspectivas de compreens�o do cotidiano”.


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