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Estado de Minas

Acordo que suspende m�sica ao vivo na Rua Alberto Cintra � prorrogado

Donos de bares e restaurantes, moradores e lojistas da Rua no Bairro Uni�o, na Regi�o Nordeste da capital, n�o chegaram a um consenso em rela��o ao barulho


postado em 01/09/2016 18:52 / atualizado em 01/09/2016 21:15

Shows foram cancelados e caixas de som foram levadas para interior dos estabelecimentos (foto: Marcos Vieira/EM/D.A.Press)
Shows foram cancelados e caixas de som foram levadas para interior dos estabelecimentos (foto: Marcos Vieira/EM/D.A.Press)

 Sossego para alguns, preju�zo para outros. O acordo de 30 dias firmado entre donos de bares e restaurantes, moradores e lojistas da Rua Alberto Cintra, no Bairro Uni�o, na Regi�o Nordeste de Belo Horizonte, para suspender a m�sica ao vivo, dentro e fora dos estabelecimentos, por causa do barulho, foi prorrogado por mais um m�s. Representantes se reuniram quarta-feira � noite com a Associa��o Brasileira de Bares e Restaurantes de Minas Gerais (Abrasel-MG), mas n�o chegaram a uma solu��o favor�vel a todos.

Para os moradores, a tr�gua garantiu noites tranquilas de sono. “Foi uma ben��o esses 30 dias. A m�sica ao vivo realmente atrapalhava a gente a dormir. Tivemos um m�s de paz”, disse, satisfeita, a empres�ria Estela Regina Xavier, de 61 anos, moradora da Rua Flor de Jequitib� esquina com Alberto Cintra.

Segundo a empres�ria, apenas o dono de um espetinho descumpriu o acordo de vez em quando, colocando m�sica ao vivo e mec�nica dentro do estabelecimento. “A minha vizinha foi l� falar com o dono, j� bem tarde da noite, e ele disse que estava dentro do seu limite e que iria at� a hora que quisesse. Mesmo assim, a tr�gua foi maravilhosa. A gente s� quer � dormir”, disse Estela.

O empres�rio Marc�lio Ot�vio Morais de Paiva, de 36, dono de uma rede de espetinhos na capital, reclama que sem a m�sica ao vivo as vendas ca�ram 75% na unidade da Alberto Cintra. “A gente teve que mandar tr�s pessoas embora, estou com sete funcion�rios e h� risco de mandar mais dois embora”, disse.

Embora concordado com a prorroga��o da “tr�gua”, Marc�lio diz que a situa��o “est� dif�cil” para os empres�rios da Alberto Cintra. “Na reuni�o, todo mundo foi solid�rio para possamos ter m�sica ao vivo pelo menos duas vezes por semana. Mesmo que seja proibido, vamos tentar fazer alguma coisa de atrativo para tentar recuperar alguma coisa. Sen�o, vamos perder o empreendimento”, disse Marc�lio, lembrando que a sua casa n�o � aberta para a rua e que fez o Estudo de Impacto de Vizinhan�a (EIV). “Eles n�o est�o levando em considera��o todo o dinheiro que foi gasto com documenta��o. Se continuar do jeito que est�, a casa n�o dura mais do que um m�s e vamos ter que fech�-la”, reclama.


Alvar�s O conselheiro administrativo da Abrasel, Tulio Montenegro, participou da reuni�o e disse que a �nica solu��o seria o Conselho Municipal de Pol�tica Urbana (Compur), ligado � prefeitura, se pronunciar sobre alvar�s para que bares e restaurantes tenham m�sica ao vivo. Segundo Montenegro, os bares e restaurantes que colocam m�sica ao vivo correm risco de multa. “A fiscaliza��o multa, mas eles n�o pagam”, disse.

Montenegro defende conviv�ncia na regi�o. “Tem de haver uma conviv�ncia entre bares e moradores e tamb�m entre bares e comerciantes.” Na reuni�o, segundo ele, a maioria dos donos de bares e restaurantes disse ter registrado queda nas vendas sem a m�sica ao vivo, mas que n�o foi uma queda significativa. “A maioria atribuiu tamb�m � situa��o econ�mica e financeira do pa�s. N�o � porque voc� n�o tem m�sica ao vivo no seu neg�cio que voc� vai deixar de vender”, disse Tulio Montenegro.


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