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Estado de Minas

Tumulto espanta h�spedes na Rua Alberto Cintra, em Belo Horizonte

Dono de hotel localizado na via diz que nem isolamento ac�stico consegue resolver o problema do barulho provocado por alguns dos barzinhos que se instalaram na regi�o


postado em 17/07/2016 06:00 / atualizado em 17/07/2016 06:01

A PM tem presença constante nas proximidades dos bares, mas, segundo os moradores, não consegue conter o barulho à noite(foto: Ramon Lisboa/E.M/D.A Press)
A PM tem presen�a constante nas proximidades dos bares, mas, segundo os moradores, n�o consegue conter o barulho � noite (foto: Ramon Lisboa/E.M/D.A Press)

O dono de um hotel na Rua Alberto Cintra se preocupou em medir o volume do barulho no interior do pr�dio e registrou 89 decib�is �s 23h40 de uma quarta-feira, quando o n�vel m�ximo permitido para o hor�rio pela Lei do Sil�ncio � de 70 decib�is. Na madrugada de quinta-feira, o decibel�metro mediu 72 decib�is em um apartamento do hotel, quando o m�ximo permitido � 45 decib�is. “Fa�o a medi��o di�ria e a m�dia � 15% acima do permitido”, reclama Pablo Ramos, de 39 anos. De acordo com ele, para impedir que o barulho perturbasse os h�spedes, foi necess�rio instalar isolamento ac�stico em todo o pr�dio, mas, assim mesmo, muitos clientes se sentem incomodados com o barulho e deixam o hotel. Pablo denuncia que constantemente reclama com a prefeitura, mas o problema persiste. Pablo Ramos conta que constantemente reclama do barulho com a prefeitura e que por isso sofre repres�lia por parte dos donos de bares e restaurantes. “Eles jogam garrafas no estacionamento do hotel. Foi preciso cobrir todo o estacionamento para proteger os carros e as pessoas. Isso aqui virou uma verdadeira zona”, diz.

O empres�rio conta que seu hotel foi o primeiro empreendimento da rua, antes de qualquer restaurante ou bar. “Come�amos em 2011. Depois, as lojas foram vendidas e come�aram a montar os bares. No ano passado, com a chegada de mais dois bares, isso aqui virou um inferno. � muita desordem, um verdadeiro descaso do poder p�blico. A pol�cia n�o tem como agir, n�o pode tomar determinadas decis�es”, disse.

O C�digo de Posturas tamb�m � descumprido, segundo Pablo. “Os passeios s�o 100% ocupados por mesas e cadeiras. Os bares usam lixeiras para fechar o espa�o de estacionamento da rua. Isso, para aumentar o n�mero de mesas e cadeiras no asfalto. Os pedestres n�o t�m onde passar e disputam a rua com os carros”, denuncia.

Ainda de acordo com o dono do hotel, os estabelecimentos colocam ilumina��o colorida no telhado para transformar a cal�ada em pista de dan�a. Postes de ilumina��o p�blica, segundo ele, s�o adesivados e servem de suporte para os restaurantes colocarem azeite, pimenta e sal, entre outras coisas. “Temos diversas filmagens deles jogando �leo de cozinha nos bueiros da rua. Eles tamb�m n�o se responsabilizam pela destina��o das garrafas, que ficam espalhadas na rua”, denuncia.

MAIS DE 200 queixas O analista de suporte Fernando Perin, de 36, confirma que procurar a PBH n�o resolveu o problema. Ele � s�ndico em um condom�nio residencial e diz que moradores de cinco pr�dios j� fizeram 200 den�ncias � PBH somente neste ano, mas que n�o adianta.

Ele conta que h� uma disputa entre os donos dos bares para ver quem coloca o som mais alto. “H� uma guerra entre eles. Se o som do bar ao lado est� muito alto, o outro aumenta o volume para abafar a concorr�ncia. A situa��o � pior nos fins de semana. No domingo, o barulho come�a mais cedo e quando chega a noite o barulho piora. N�o adianta conversar com os donos dos bares. Eles falam que v�o colaborar, mas se o som do outro est� alto, eles aumentam tamb�m”, reclama.

Fernando tamb�m diz que a fiscaliza��o n�o age de surpresa e que os fiscais, quando chegam, chegam acompanhados de guardas municipais, ligam o giroflex e a sirene das viaturas, o que serve de alerta para os donos de bares, que abaixam o volume.

A Regional Nordeste da prefeitura disse que, de 15 de janeiro a 17 de julho foram registradas 28 den�ncias de pronto-atendimento na Rua Alberto Cintra, quando a fiscaliza��o recebe a reclama��o e vai imediatamente ao local para fazer a medi��o do barulho, al�m de 78 pedidos de provid�ncia encaminhados por outros canais de atendimento: presencial, por telefone ou pela internet.

A prefeitura informou que faz fiscaliza��o de rotina nos estabelecimentos da via e que infratores s�o notificados e multados. Disse ter feito v�rias reuni�es com moradores e comerciantes da Alberto Cintra este ano, na tentativa de diminuir os transtornos. De acordo com a Lei do Sil�ncio, as penalidades v�o desde a advert�ncia (natureza leve ou m�dia) � interdi��o parcial ou total da atividade, at� a corre��o das irregularidades. O estabelecimento � multado ap�s advert�ncia, ou de imediato, quando a infra��o for grave ou grav�ssima. Nesse caso, pode haver cassa��o do alvar� de funcionamento, de atividades ou de licen�a.

• Bares negam
as den�ncias

Diego Santana � o chefe de bar do Oba Oba, um dos estabelecimentos apontados como respons�veis pela polui��o sonora. “N�o temos reclama��es de moradores da regi�o. Apenas o dono de um restaurante pediu uma vez para baixar o som e atendemos de imediato. Estamos aqui h� uma semana e meia e atendemos a todos requisitos legais do munic�pio. Nosso som � ambiente, do lado de dentro, e estamos sempre dispostos atender a comunidade se estiver causando transtornos”, afirmou.

Jo�o Paulo Garcia � s�cio-propriet�rio do Praia, outro estabelecimento inclu�do na lista de reclama��es, onde as caixas ficam na cal�ada, do lado de fora, reunindo dezenas de jovens. “Se tirarem minha m�sica n�o vendo. J� experimentei e n�o deu certo”, afirmou o comerciante, que garante que o som alto n�o passa das 22h. “Aqui, onde estamos, n�o � �rea residencial. E o nosso som nem chega onde est�o os pr�dios residenciais. Al�m de observar o hor�rio das 22h, temos outros cuidados como a coleta seletiva, que refor�a o servi�o p�blico de limpeza, lavagem da cal�ada, pois queremos ter uma boa conviv�ncia com nossos vizinhos. Antes de tudo, temos o compromisso de manter 18 empregos com nossa atividade”, argumentou Garcia.


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