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Estado de Minas

Prostesto contra ass�dio no metr� usa alfinete e apito

Kit foi distribu�do pelo Movimento Passe Livre na Esta��o Central do metr� de BH


postado em 03/09/2016 06:00 / atualizado em 03/09/2016 07:54

Integrante do Movimento Passe Livre distribui material da campanha(foto: Reprodução Internet/Facebook)
Integrante do Movimento Passe Livre distribui material da campanha (foto: Reprodu��o Internet/Facebook)
O ass�dio no transporte � um problema que atinge v�rias passageiras diariamente em todo o pa�s e j� foi motivo de protestos de coletivos e entidades de defesa mulher, al�m de projetos de lei, como o do “vag�o rosa”, adotado no Rio de Janeiro e tema de uma proposi��o em tramita��o na C�mara Municipal de Belo Horizonte. Muitas vezes os casos n�o s�o denunciados. Nesta semana, outra iniciativa chamou a aten��o de passageiros. Integrantes do Movimento Passe Livre (MPL) BH distribu�ram um kit com um alfinete e um apito para que as usu�rias do metr� da capital afastem os “encoxadores”.


A campanha “N�o Toca na Minha Miga” foi lan�ada no in�cio da noite de segunda-feira, com a distribui��o de 100 kits na entrada da Esta��o Central do metr�, no Centro de BH. Segundo C�ntia Melo, do Movimento Passe Livre BH, a ideia surgiu entre as mulheres do grupo, durante as reuni�es para discutir o transporte na capital, onde o tema do ass�dio sexual era recorrente.

O kit vem com um informativo, um adesivo da campanha, al�m do apito e do alfinete de seguran�a (o tipo usado para prender fraldas). Segundo o grupo, o objeto serve para assustar e afastar o assediador de imediato. J� o apito seria usado para a v�tima alertar os passageiros sobre o que est� ocorrendo. A ideia � que ele seja usado tamb�m por outras pessoas que presenciem o ato, criando uma rede de prote��o. “A recep��o foi muito boa. As mulheres de forma geral relataram situa��es desconfort�veis”, comentou C�ntia Melo.

POL�CIA DESACONSELHA
O uso do alfinete � pol�mico e foi desestimulado pela Pol�cia Militar (PM), que orienta as v�timas a procurar as autoridades. C�ntia afirma que o objetivo do kit n�o � incitar a viol�ncia. “A gente n�o desestimula que as pessoas denunciem. O panfleto at� fala para procurar o agente de seguran�a. Voc� procura depois que j� aconteceu, mas muitas vezes h� despreparo dos agentes de seguran�a e da pol�cia para lidar com quest�es de g�nero. N�o t�m n�mero e qualidade para atender”, comenta. A inten��o � que o alfinete seja usado em �ltimo caso. “A ideia do alfinete � impedir (que o abuso continue), n�o causar uma les�o significativa. � s� para ganhar espa�o e dar um susto mesmo”, diz.

Por meio de nota, a Pol�cia Militar informou que as v�timas de ass�dio devem tentar localizar o autor ou guardar suas caracter�sticas, acionando a PM pelo telefone 190. “Quanto � quest�o do ‘kit metr�’, em caso de ass�dio, a v�tima n�o dever� agredir o autor com alfinete, uma vez que essa atitude poder� agravar o caso”, diz a PM, por meio de nota. A corpora��o ressalta que n�o h� impedimento para o uso do apito, mas que “o mais aconselh�vel � acionar a seguran�a do Metr� e a Pol�cia Militar para ado��o das medidas cab�veis”.

Sobre a situa��o nos �nibus, a orienta��o da BHTrans aos passageiros � que “qualquer ato de desrespeito, ass�dio sexual ou delito nos coletivos deve ser denunciado ao motorista, que pode parar o �nibus e solicitar interven��o policial”.

A assessoria de imprensa da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), respons�vel pelo metr� de BH, informou que a empresa n�o foi procurada pelo Movimento Passe Livre para falar sobre a campanha e que n�o vai comentar a iniciativa.

Ainda de acordo com a CBTU, os usu�rios contam com o servi�o SMS Den�ncia - (31) 99999-1108, tamb�m dispon�vel no WhatsApp -, para evitar crimes na �rea do sistema. “O Centro de Monitoramento da Seguran�a (CMS) recebe a mensagem e realiza o atendimento imediato, acompanhando por meio das c�meras de circuito interno e acionando os agentes de seguran�a mais pr�ximos do local”, diz a CBTU. Ainda segundo a empresa, os casos de “importuna��o ofensiva ao pudor” est�o entre os registros mais comuns dentro dos trens, al�m dos que envolvem pedintes, camel�s, furtos e situa��es envolvendo torcidas organizada.

Um levantamento da Pol�cia Civil mostra que, de janeiro a julho, foram registrados 30 casos de viol�ncia sexual no transporte coletivo de Minas Gerais, sendo dois em trens e 29 em �nibus e micro-�nibus. Em todo o ano passado foram 46.

 

 


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