
Embora o medo, depois da morte de um garoto de 10 anos por suspeita de febre maculosa - doen�a infecciosa com les�es cut�neas, geralmente transmitida pela picada de um carrapato -, escoteiros do mesmo grupo frequentado pela v�tima v�o continuar participando de atividades recreativas em parques de Belo Horizonte. “Est�o todos apreensivos, mas vamos continuar frequentando os parques de Belo Horizonte normalmente”, informou o diretor institucional da Regi�o Escoteiros de Minas Gerais, Marcos Magno Gomide Vieira.
Na atividade de 20 de agosto, 150 crian�as estiveram no Parque Ecol�gico. No domingo passado, quando T.M.H.C. veio a morrer, 200 escoteiros participaram de atividades no Parque Municipal das Mangabeiras, na Regi�o Centro-Sul da capital. “A morte do garoto � um fato novo e teve muita repercuss�o. Todo mundo est� chocado. Pais e crian�as est�o muito apreensivos, mas vamos continuar frequentando os parques normalmente, mesmo porque os exames ainda n�o confirmaram se trata realmente de febre maculosa”, disse Marcos. Os pais do garoto morto est�o abalados e n�o querem comentar o assunto, segundo ele.
H� dois anos, exames confirmaram que as capivaras da orla da Lagoa Pampulha tinham sorologia positiva para a bact�ria da febre maculosa, a Rickettsia rickettsii, causadora da doen�a. O garoto que morreu morava na Regi�o de Venda Nova, na capital, e come�ou a apresentar os sintomas que coincidem com a doen�a. A not�cia da morte dele se espalhou pelo aplicativo WhatsApp, o que gerou receio entre moradores e visitantes da orla.
A prefeitura informou que apura se a morte foi provocada pela bact�ria e que recomendou cuidados gerais para passeios em �reas com vegeta��o. No entanto, descartou necessidade de suspender visitas ao Parque Ecol�gico da Pampulha.
A morte da crian�a � investigada pela Funda��o Ezequiel Dias (Funed), que faz testes em material biol�gico coletado do menino (sangue e l�quido cefalorraquidiano). Apesar de a apura��o sobre a morte ainda estar incompleta e depender do resultado da Funed, constam na ficha da crian�a, no hospital, que ele teve contato com capivaras, c�es e gato (hospedeiros da bact�ria), e esteve em �rea com vegeta��o, que serve de h�bitat para os carrapatos.
O Hospital das Cl�nicas da Universidade Federal de Minas Gerais (HC-UFMG), divulgou nota informando que o menor T.M.H.C. deu entrada no seu Centro de Terapia Intensiva (CTI) no �ltimo dia 2, falecendo dois dias depois. “O quadro da crian�a era de febre hemorr�gica, que engloba uma s�rie de doen�as virais que cursam com quadros de febre e hemorragia, entre elas a dengue e a febre maculosa”, diz a nota.
Em casos como esse, segundo o hospital, o seu N�cleo de Epidemiologia (NEPI) adota o protocolo de notificar a Secretaria Municipal de Belo Horizonte e coletar e enviar material para exames para a Funda��o Ezequiel Dias (FUNED), onde a sorologia � feita. Ambos os procedimentos j� foram realizados.
