Inaugura��o de cemit�rio p�e fim a drama em Montes Claros

O primeiro sepultamento do novo cemit�rio de Montes Claros (Norte de Minas) foi do corpo de uma aposentada, de 86 anos. O corpo de Isabel Barbosa dos Reis foi enterrado no final da tarde de ter�a-feira, no Cemit�rio Parque dos Montes, constru�do por uma empresa particular ap�s vencer licita��o para concess�o p�blica feita pela prefeitura. O empreendimento p�s fim � falta de local para sepultamentos na cidade, que durou mais de 20 anos. Ao longo desse per�odo, os ocupantes da cadeira de prefeito sempre procuraram “paliativos”, tentando ampliar o espa�o para os sepulcros, com “puxadinhos” nos dois cemit�rios at� ent�o existentes no munic�pio: Bonfim (inaugurado da d�cada de 1930) e Parque Jardim da Esperan�a (implantado nos anos 1970), ambos administrados pela prefeitura.

A demora na solu��o do problema foi decorrente do fato de os prefeitos evitarem desgaste pol�tico com a escolha do local na cidade para a constru��o de um novo cemit�rio, diante do pensamento de que “ningu�m quer cemit�rio perto de casa”. Na gest�o anterior, quando a quest�o da falta de vagas nos cemit�rios Bonfim e Parque Jardim da Esperan�a se agravou, foi iniciada a constru��o de um outro cemit�rio municipal, perto da Estrada da Produ��o, a cinco quil�metros da �rea urbana. Mas, houve den�ncia de irregularidades na licita��o e a obra n�o foi conclu�da.

No in�cio da atual administra��o, foi feito um “puxadinho” no Cemit�rio do Bonfim, sendo usada uma parte do terrreno do estacionamento para a implanta��o de novas covas. Para solucionar de vez o problema, a Prefeitura decidiu fazer a concess�o publica para a constru��o de um novo cemit�rio, por meio de licita��o publica. O Cemit�rio Parque dos Montes Claros, localizado na regi�o de Facela, a cinco quil�metros da �rea urbana, foi constru�do em um prazo de seis meses.

De acordo com o empres�rio Gilberto Gualter dos Santos, diretor da empresa respons�vel pela constru��o do Cemit�rio Parque dos Montes, em sua primeira etapa, o empreendimento conta com espa�o minimo para 30 mil sepultamentos, que pode chegar at� 90 mil covas, tendo em vista que cada sepulcro pode at� tr�s gavetas (tr�s corpos). Desta forma, o problema da falta de um local para os enterros est� resolvido pelos pr�ximos 40 ou 50 anos, tendo em vista que, atualmente, s�o realizados no munic�pio em torno de 1800 sepultamentos por ano (m�dias de 150 por m�s e de cinco a seis por dia), segundo a Secretaria Municipal de Servi�os Urbanos.

Gilberto Gualter informou que, embora o empreendimento seja particular, por obedi�ncia ao edital da licita��o que possibilitou a concess�o do servi�o, os sepultamentos continuar�o sendo feitos da mesma maneira como s�o os enterros nos cemit�rios administrados pela prefeitura. Assim, as pessoas carentes n�o v�o pagar pelos terrenos, tendo que, para isso apresentar documenta��o da condi��o de pobreza junto � Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social.

O empres�rio tamb�m disse que, independente de terem ou n�o o dinheiro para o pagamento, as fam�lias ter�o direito a fazer os enterros do mesmo jeito. A partir da�, ter�o o prazo de tr�s anos para decidirem pela compra ou n�o dos jazigos. Obrigatoriamente, dever�o pagar somente a taxa de sepultamento, de R$ 139,00. Foi o que fez a fam�lia da aposentada Isabel Barbosa, que mora na Vila Tiradentes, �rea de baixa renda da cidade. A fam�lia ainda n�o decidiu se vai comprar o jazigo ou n�o, tendo possibilidade de n�o pagar nada pelo terreno caso solicite declara��o de pobreza junto � Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social.

Os pre�os da compra do terreno no novo cemit�rio � de R$ 2.429,00 (tr�s gavetas), R$ 1.590,00 (duas gavetas) e R$ 800,00 (uma gaveta). A fam�lia tem prazo de at� 12 meses para quitar o pagamento.