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Estado de Minas

Entorno da Lagoa da Pampulha ter� buscas por carrapatos nesta sexta

Mais um caso foi confirmado na capital. Hoje, o entorno da Lagoa da Pampulha ser� alvo de pesquisas em 11 pontos para identificar poss�veis infesta��es do carrapato-estrela, transmissor da febre maculosa


postado em 23/09/2016 06:00 / atualizado em 23/09/2016 11:34

Equipe da Zoonoses faz varredura no Parque Ecológico da Pampulha, onde foram colhidas amostras do parasita para identificação em laboratório(foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press)
Equipe da Zoonoses faz varredura no Parque Ecol�gico da Pampulha, onde foram colhidas amostras do parasita para identifica��o em laborat�rio (foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press)
Mais um caso de contamina��o por febre maculosa na Pampulha foi confirmado na noite de ontem pela Secretaria Municipal de Sa�de (SMSA) de Belo Horizonte. Trata-se de um paciente de 54 anos, funcion�rio da Aeron�utica, que j� recebeu tratamento e teve alta hospitalar. Ele teve contato com o carrapato-estrela na orla da lagoa, como ocorreu com o garoto de 10 anos que visitou o Parque Ecol�gico em agosto e morreu no in�cio deste m�s. A Secretaria de Estado de Sa�de (SES) confirmou tamb�m outro caso da doen�a no estado, mas ainda est� sendo feita investiga��o para definir o local da infec��o.

Outras suspeitas est�o em investiga��o na capital mineira. No fim da semana passada, dois homens, de 36 e 84 anos, deram entrada no Hospital Eduardo de Menezes com sintomas da doen�a. O paciente mais novo � cozinheiro e mora na divisa com Sabar�. Na noite da sexta-feira ele deu entrada na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) Nordeste com febre, manchas na pele e dor no corpo. O homem relatou ter sido picado recentemente por carrapatos. J� o idoso mora em BH, mas estava em viagem pelo interior. Ele foi atendido na UPA Pampulha com febre, dor no corpo e manchas vermelhas. Ele relatou ter tido contato com cavalos na cidade de Guanh�es, no Leste de Minas. Nenhum dos dois relatou ter ido � Pampulha.

Segundo a SES, Minas Gerais registrou 12 casos de febre maculosa neste ano, sendo que quatro pessoas morreram. Os casos confirmados ocorreram em Tombos (1), Divin�polis (4), Chiador (1), Belo Horizonte (2), Ant�nio Dias (1), Senador Modestino Gon�alves (1) e Mathias Barbosa (1). J� as mortes foram registradas em Divin�polis (2), Belo Horizonte (1) e Ant�nio Dias (1).

Hoje, o entorno da Lagoa da Pampulha ser� alvo de pesquisas em 11 pontos para identificar poss�veis infesta��es do carrapato-estrela, transmissor da febre maculosa. Ontem, trabalho semelhante foi realizado em 19 pontos do Parque Ecol�gico Jos� Lins do R�go, na regi�o. Dependendo dos resultados em laborat�rio, podem ocorrer novas interdi��es na unidade de conserva��o municipal – no dia 4, um menino de 10 anos, que visitou o local com um grupo de escoteiros, morreu em decorr�ncia da febre maculosa, doen�a transmitida pela picada do carrapato-estrela infectado pela bact�ria Rickettsia rickettsii. No estado j� somam 12 casos da doen�a, com quatro mortes.

Ontem, o parque ficou fechado para que equipe da Ger�ncia de Zoonoses da Secretaria Municipal de Sa�de (SMSA) fizesse varredura, tecnicamente denominada monitoramento acarol�gico. Foram recolhidas amostras do parasita para identifica��o em laborat�rio. At� o come�o da tarde somavam cinco amostras, mas a SMSA n�o tinha informa��es do total de carrapatos e a esp�cie, j� que os trabalhos de pesquisa se encerraram no fim da tarde.

O objetivo dos exames entomol�gicos � identificar os carrapatos e verificar a quantidade estimada nos 19 pontos, disse o gerente de Controle de Zoonoses, veterin�rio Eduardo Viana. Na sequ�ncia, ser� feito um relat�rio a respeito da situa��o. “Sobre a bact�ria Rickettsia rickettsii, nem vamos nos preocupar, pois j� ficou provado que ela est� no ambiente”, afirmou. O resultado dos exames, que ser�o feitos no laborat�rio da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), ser� divulgado em uma semana. As a��es foram acompanhadas por Cl�udio Faria, diretor de Educa��o Ambiental da Funda��o Zoobot�nica de BH (FZB-BH), institui��o que administra a unidade de conserva��o. Na manh� de hoje, o trabalho de coleta ser� executado na orla da Lagoa da Pampulha.

COLETA Desde as 9h, o grupo formado por um veterin�rio e tr�s agentes realizou dois tipos de a��o nos 19 pontos do parque: a primeira, chamada de arrasto de flanela, consistia em passar um peda�o do tecido branco sobre a grama para que os “invertebrados artr�podes” ficassem agarrados na superf�cie. “Essa atividade imita o movimento humano, pois os carrapatos tamb�m se prendem � roupa, quando as pessoas caminham”, explicou o gerente de Controle de Zoonoses. Entre as 9h e as 10h45, a equipe encontrou carrapatos em cinco dos 19 pontos com o arrasto de flanela.

Viana explicou que as a��es ocorrem tradicionalmente em 10 pontos, ao longo do ano. “Desta vez, foram inclu�dos mais nove, por onde o escoteiro teria passado durante o passeio do dia 4”, afirmou. Na segunda atividade, os profissionais espalharam armadilhas com gelo seco, tamb�m sob flanelas brancas, pelo gramado. A explica��o � que, como o material libera g�s carb�nico, a exemplo do corpo humano, os carrapatos se aproximam e ficam sobre os pelos do tecido, facilitando a captura. Uma integrante da equipe lembrou que a pr�tica de esporte, quando as pessoas transpiram muito, n�o � indicada para a �rea.

VAZIO TOTAL Desde a morte do escoteiro, a frequ�ncia vem caindo muito no Parque Ecol�gico e, ontem, nem nas imedia��es eram vistas pessoas caminhando ou pedalando. O vazio era completo. Segundo os t�cnicos da PBH, o trecho isolado da unidade de conserva��o compreende �reas do Parquinho 2 e do Memorial Japon�s, lim�trofes � reserva ambiental localizada nos fundos do Parque. Para as autoridades, a interdi��o total ainda n�o est� nos planos e tudo vai depender dos resultados dos exames. Viana explicou que, para ocorrer o fechamento tempor�rio, ser�o necess�rias defini��es de v�rios setores da prefeitura.


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