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Estado de Minas

Depois de romance ao estilo "A dama e o vagabundo", c�o � envenenado no S�o Lucas

'Da Rua', como era conhecido o cachorro sem ra�a definida, era o xod� de moradores das ruas Dante e Carlos Antonini. Morte revoltou vizinhos


postado em 18/10/2016 18:20 / atualizado em 19/10/2016 07:20

Da Rua foi adotado há 13 anos por um vigilante(foto: Divulgação)
Da Rua foi adotado h� 13 anos por um vigilante (foto: Divulga��o)

Depois de um romance ao estilo “A Dama e o Vagabundo”, filme americano de anima��o produzido pela Disney em 1955, um c�o sem ra�a definida apareceu morto, possivelmente envenenado, em um caso que revoltou moradores das ruas Dante e Carlos Antonini, no Bairro S�o Lucas, Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte. O animal era carinhosamente chamado de “Da Rua”.

O c�o tinha um protetor, o vigilante David Pereira dos Santos, �nica pessoa de quem o animal aceitava alimento. J� carinho, Da Rua n�o recusava de ningu�m. David conta que encontrou o c�o na rua h� 13 anos e deste ent�o cuidava dele.

"Da Rua era meu amigo. Ele era quase um adulto quando eu o encontrei abandonado. N�o tenho ideia de quem tenha feito uma maldade dessas com ele. O mesmo carinho que as pessoas da rua t�m por mim, tamb�m tinham por ele. Estou totalmente descrente no ser humano", lamentou o vigilante.

Moradora da rua onde o c�o vivia, a estudante de veterin�ria Vanessa Vaz tamb�m fez um desabafo nas redes sociais. “Um in�til, imoral, a�tico, assassino, cruel e covarde deu veneno ao animal, que era d�cil. Nunca houve relatos de agressividade dele. Da Rua ficou famoso depois que estrelou com a minha cachorrinha V�nus, da ra�a Lhasa Apso, reportagem exibida em dois programas de televis�o. V�nus era o amor plat�nico de Da Rua”, contou a estudante.

Vênus era a paixão de Da Rua, segundo a dona da cadela(foto: Divulgação)
V�nus era a paix�o de Da Rua, segundo a dona da cadela (foto: Divulga��o)
Segundo a estudante, V�nus e Da Rua eram amigos desde que o c�o foi acolhido pelo vigilante. “Da Rua era esperto, tinha uma pelagem preta com caramelo. Ele passeava entre os carros com a destreza de um bailarino. Era o mascote das ruas do bairro. N�o latia, era calmo, d�cil e ficava o tempo todo andando pelas ruas, para c� e para l�”, conta Vanessa.

Da Rua foi adotado há 13 anos por um vigilante(foto: Divulgação)
Da Rua foi adotado h� 13 anos por um vigilante (foto: Divulga��o)
O vigilante David, segundo a estudante, treinou Da Rua para receber ra��o somente das m�os dele. “Comprovo isso. Nos v�rios cios da V�nus, at� ela ser castrada, ele marcava ponto uns seis dias seguidos na porta do meu pr�dio. Eu descia, levava ra��o, biscoitos, petiscos e �gua, mas ele negava tudo. J� dei banho nele, dei presente de natal, coleira para matar pulgas e carrapatos. Na sexta-feira �ltima, ele brincou com a V�nus durante o passeio da tarde dela. Foi a �ltima vez”, lamenta Vanessa.

O “romance” de V�nus e Da Rua n�o deu certo, segundo Vanessa, pois os dois eram de ra�as diferentes e ele, tr�s vezes maior do que ela. Vanessa n�o se conforma com a morte do c�o. “Fico me perguntando o que uma mente sociopata dessas pensa ao planejar uma a��o cruel e covarde assim. Se n�o gosta de animais, evite. Se o c�o o incomodava, falasse isso ao dono dele”, desabafa a universit�ria.

Ainda de acordo com a estudante, todo mundo da regi�o conhecia Da Rua e sabia onde encontr�-lo. “C�es s�o os seres mais enigm�ticos do mundo. Voc� pode at� maltrat�-los, mas se cham�-los de novo, com carinho, eles voltam a se aproximar, mesmo sabendo dos riscos. Fica a dica. O mundo precisa de mais amor, n�o de morte, n�o de assassinato de inocentes”, reagiu Vanessa.

 

 

 

(RG)


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