“Certamente teremos altera��es, mas adianto que todo o projeto foi feito de acordo com as coordenadas dos antigos moradores de Bento Rodrigues”, garantiu Pereira. Ele explicou que o novo desenho levou em considera��o a localiza��o das casas, mantendo-se os setores e resid�ncias de vizinhan�a, da quadra de esportes, da escola, da unidade b�sica de sa�de, da Igreja de S�o Bento, padroeiro da comunidade, e os pontos de encontro da comunidade. At� mesmo o antigo cruzeiro teve um local bem escolhido, j� que, tradicionalmente, duas tradicionais prociss�es religiosas se encontram nesse marco de relev�ncia para os cat�licos.
A expectativa � de que o novo Bento Rodrigues fique pronto em mar�o de 2019, mas Pereira adiantou que as primeiras fam�lias poder�o chegar ao local no fim de 2018. Com 375 hectares, o terreno na localidade de Lavoura, eleito pela comunidade e adquirido pela empresa fica a oito quil�metros do subdistrito destru�do pela lama que vazou da mineradora controlada pela BHP Billiton e Vale.
v�deo O desenho do novo Bento Rodrigues, que ter� um cintur�o verde, foi apresentado, ontem, na sede da Samarco, em Mariana, mas a equipe pretende divulg�-lo apenas ap�s a reuni�o com os moradores. Na reuni�o, ser� apresentado um v�deo, visto ontem pela imprensa, simulando as ruas, pra�as e outros espa�os. “A comunidade vai dar a �ltima palavra. Afinal, � a hist�ria dela, as fam�lias � que v�o morar l�. Vamos respeitar as ideias e fazer as adequa��es”, disse Pereira. A Funda��o Renova � uma entidade privada, criada ap�s entendimento entre a Samarco, acionistas e governos federal, de Minas e do Esp�rito Santo, que vai cuidar das quest�es sociais e ambientais ao longo da Bacia do Rio Doce. Segundo Pereira, os estudos ambientais e topogr�ficos e sondagens est�o em andamento.
Al�m de Bento Rodrigues, a funda��o est� cuidando de Paracatu de Baixo, em Mariana, onde 108 fam�lias ser�o reassentadas numa �rea inicial de 90 hectares, e em Gesteira, em Barra Longa, na Zona da Mata, que ter� de volta 8 fam�lias, com 11 terrenos dispon�veis, em 7,5 hectares.
BARRAGENS Ontem, equipe t�cnica da Samarco apresentou as obras que v�m sendo feitas para reten��o de sedimentos no Complexo Miner�rio do Germano, em Mariana. “As pr�ximas chuvas ser�o a prova de fogo para o que est� sendo feito, especialmente quanto � estabilidade das estruturas e os riscos de carreamento de material s�lido”, explicou o engenheiro civil e coordenador das constru��es, Eduardo Moreira.
Um dos pontos em evid�ncia, principalmente pela vigil�ncia do Minist�rio P�blico de Minas Gerais e exig�ncias do Conselho Municipal de Cultural, a fim de impedir danos �s ru�nas de Bento, est� na constru��o do dique S4. Devido aos atrasos no cronograma, o engenheiro explicou que a constru��o est� na funda��o. A expectativa � que termine em janeiro.
O S4, que integra o sistema emergencial de reten��o de sedimentos, teve sua constru��o autorizada pelo decreto 500 do governo de Minas. A estrutura integra o sistema de reten��o de sedimentos, composto pelos diques S1, S2 e S3, al�m das barragens Eixo 1 de Fund�o e Nova Santar�m.
O engenheiro explicou que o novo dique vai alagar apenas parte da �rea j� impactada e que o muro de pedras, as ru�nas da capela de S�o Bento e o cemit�rio n�o ser�o alagados, assim como a parte do distrito n�o atingida pelos rejeitos de min�rio.
Pe�as sacras s�o recolhidas
A Samarco informou ontem que foram encontradas at� agora 1.925 pe�as sacras de igrejas de Bento Rodrigues e Paracatu, em Mariana, e Gesteira, em Barra Longa, na Zona da Mata. O acervo foi higienizado e se encontra numa reserva t�cnica mantida pela empresa em Mariana. O pr�ximo passo ser� a restaura��o, o que dever� ocorrer com base em acordo com a Arquidiocese de Mariana e Minist�rio P�blico de Minas Gerais, via Coordenadoria das Promotorias de Justi�a do Patrim�nio Cultural e Tur�stico. Em Bento Rodrigues, a mineradora mant�m uma unidade com um arque�logo.