
Segundo a presidente do �rg�o, Suely Ara�jo, as obras necess�rias para confinar os rejeitos que ainda est�o na �rea da trag�dia e impedir que mais lama chegue ao Rio Doce est�o atrasadas. Al�m disso, o trabalho de recomposi��o do solo tem apresentado falhas, causando eros�o. O processo erosivo dificulta a absor��o da lama pelas encostas dos rios e facilita o carreamento dos sedimentos.
Tudo isso foi levado em considera��o para construir um cen�rio pessimista com a chegada das chuvas. O �rg�o estima que, na pior das situa��es, com chuvas acima da m�dia hist�rica, cerca de 4,3 milh�es de metros c�bicos de rejeitos podem chegar at� o reservat�rio da Usina Hidrel�trica Risoleta Neves, conhecida como Candonga.
Nessa hip�tese, pelo menos 2 milh�es de metros c�bicos extravasariam a represa e seriam jogados ao longo do Rio Doce, podendo representar nova carga de polui��o no manancial e novas dificuldades principalmente para os munic�pios que captam �gua para abastecimento humano diretamente no Rio Doce. "Com a chuva voc� n�o sabe o que vai ocorrer entre Fund�o e Candonga", diz a presidente do Ibama.

Suely Ara�jo afirmou que as obras previstas entre Fund�o e Candonga ser�o suficientes para resolver o problema, mas n�o est�o conclu�das neste momento, quando j� foi iniciada a temporada chuvosa. “A dragagem dos sedimentos em Candonga, por exemplo, era para ter come�ado em mar�o e s� teve in�cio em julho”, afirma.
Segundo o Ibama, a Samarco trabalha com um cen�rio diferente, cuja estimativa de chegada de sedimentos em Candonga chega a 2,3 milh�es de metros c�bicos. Essa perspectiva leva em considera��o a m�dia hist�rica de chuva para a regi�o da trag�dia ambiental e o cen�rio de dragagem e de obras do momento. De acordo com o superintendente do Ibama em Minas Gerais, Marcelo Belis�rio, no cen�rio da Samarco n�o haveria novo lan�amento de rejeitos da represa de Candonga � jusante do Rio Doce.
Em nota, a Samarco informou que as obras de refor�o de seguran�a das estruturas remanescentes est�o cem por cento conclu�das. Disse, ainda, que todas as obras no Complexo de Germano consideradas emergenciais e acordadas com os �rg�os ambientais est�o dentro do cronograma previsto. “A constru��o do dique S3 j� foi conclu�da. Esta estrutura est� sendo alteada em 800 mil metros c�bicos. A constru��o da barragem de Nova Santar�m ser� finalizada at� dezembro deste ano. O dique S4 teve suas obras iniciadas no final de setembro e deve ser conclu�do em janeiro de 2017. Todas as estruturas planejadas e em constru��o ter�o capacidade de reter o rejeito remanescente da barragem de Fund�o”, completou.
A mineradora informou, tamb�m, que recuperou cerca de 800 hectares de vegeta��o at� a Usina Risoleta Neves em Minas Gerais. “O trabalho foi realizado em mais de cem quil�metros de extens�o visando reduzir as eros�es �s margens dos rios. Esta recupera��o representa 100% do volume acertado pela empresa com os �rg�os ambientais conforme cl�usula 158 do Termo de Transa��o de Ajustamento de Conduta (TTAC) assinado em mar�o deste ano”, disse.
Por �ltimo, esclareceu que o trabalho de revegeta��o j� est� sendo refor�ado e novas a��es est�o sendo implementadas at� o rio Gualaxo.