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Estado de Minas

Cerca de 100 mil pessoas prestaram homenagens aos mortos nos cemit�rios de BH

Servi�os e m�sica acolheram quem foi homenagear parentes e amigos


postado em 02/11/2016 17:42 / atualizado em 02/11/2016 21:00

(foto: Beto Novaes/EM/D.A.Press)
(foto: Beto Novaes/EM/D.A.Press)

Com c�u nublado e raros chuviscos, o Dia de Finados, em Belo Horizonte, teve a presen�a de cerca de 100 mil pessoas nos quatro cemit�rios municipais – Bonfim, o mais antigo, Saudade, da Paz e Consola��o, de acordo com informa��es da Funda��o de Parques Municipais (FPM). Mesmo com o semblante tomado pelas lembran�as, os parentes e amigos ficaram felizes ao serem saudados pelas cordas de violinos. “D� menos tristeza a esse momento”, disse a servidora p�blica Mar�lia Nascimento, moradora do Bairro Al�pio de Melo.

De onde estava o m�sico, era poss�vel ver muitas gente conferindo a press�o arterial, tomando �gua gelada ou mesmo saboreando chocolates distribu�dos, na porta, junto com o cart�o de um grupo de ajuda a pessoas que perderam parentes e n�o conseguem superar a situa��o. No Cemit�rio do Bonfim, no bairro de mesmo nome, na Regi�o Noroeste onde tamb�m havia um violinista na entrada principal, um momento de beleza ocorreu �s 11h30, com soltura de 500 bal�es brancos. Quem estava no local, como a aposentada Let�cia Masi, moradora do Bairro de Lourdes, na Regi�o Centro-Sul, p�de escrever um bilhetinho e cantar o verso bem sugestivo “segura na m�o de Deus e vai”.

Palmas e furtos

A tradi��o impera e, todo Dia de Finados, as irm�s Maria Regina Fernandes Pinto Coelho e Doralice Pinto Coelho, acompanhadas da tia Ana Maria de Paula Fernandes, visitam os parentes “que se foram” nos cemit�rios do Bonfim e Parque da Colina, no Bairro Nova Cintra, na Regi�o Oeste. “Alguns que j� morreram vinham conosco, hoje, ficamos n�s”, contou Maria Regina, que teme pelo futuro. “Os mais jovens n�o querem mais saber de ir ao cemit�rio, n�o sei como vai ser. Enquanto tivermos for�a, vamos manter nosso costume”, comentou Doralice.

As duas sobrinhas e a tia preferiram enfeitar os t�mulos dos pais e av�s com cris�ntemos de v�rias cores e margaridas. “Sempre trouxemos palmas, mas, desta vez, a flor est� muito cara. Cada palma est� custando R$ 4”, afirmou Maria Regina. As tr�s se queixaram ainda dos constantes furtos ao t�mulo, para levar metal. “N�o sei porque roubam as letras dos nomes. Uma vez, roubaram o nome completo de mam�e”, disse Doralice, lembrando que as tr�s passam o dia nessa fun��o de visitar, conversar e lembrar dos parentes.

No Cemit�rio da Saudade, na Regi�o Leste, a preocupa��o com a dengue era grande, e podia-se ver uma faixa alertando as pessoas sobre a doen�a e a picada do mosquito. Cuidadosa, a funcion�ria p�blica aposentada Maria L�cia de Oliveira, moradora do Bairro Santo Ant�nio, cobria os vasos do t�mulo com areia e o enfeitava com flores amarelas. “Temos que cuidar, ter consci�ncia”, afirmou a aposentada que, antes, j� tinha ido ao Parque da Colina.

Com ter�o nas m�os, as irm�s Dinorah Campos Leal (com o marido Jos� Leal), as irm�s Dilma, Dulce e Denise, rezavam diante do t�mulo dos antepassados. “Rezamos para os nossos mortos e todas as almas”, revelou Dinorah.

 

(RG)


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