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Estado de Minas

MP apresenta relat�rios de atua��o na trag�dia de Mariana e promotores criticam mineradora

Promotores apresentam presta��o de contas das a��es realizadas no local. Amanh�, desastre ambiental completa um ano


postado em 04/11/2016 09:59 / atualizado em 04/11/2016 10:58

(foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press)
(foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press)
"Hoje n�o � dia de celebra��o. Hoje � dia de indigna��o". Foi com essa frase que o promotor Carlos Eduardo Ferreira Pinto abriu a presta��o de contas das a��es do Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG) um ano ap�s a trag�dia de Mariana, na manh� desta sexta-feira.

O promotor iniciou a apresenta��o criticando duramente o acordo feito entre a Samarco, a Vale e a BHP e os governos de Minas, Esp�rito Santo e a Uni�o. Para o MP, o acordo blindou as empresas e deu a elas o controle total das a��es p�s tr�g�dia.

Ap�s a introdu��o, Carlos Eduardo passou a palavra para o promotor Mauro Ellovitch, que manteve o tom das cr�ticas contra a Samarco e disse que a mineradora n�o tem interesse em retirar a lama depositada ao longos dos locais atingidos por quest�es econ�micas. "N�o � justo que esse passivo seja absorvido pela sociedade", afirma o promotor.

O terceiro a falar foi o promotor Marcos Paulo de Souza Miranda, que destacou o preju�zo para o patrim�nio cultural das comunidades devastadas pela lama. Segundo Miranda, a perda do patrim�nio imaterial, que inclui celebra��es religiosas, al�m de v�rias outras manifesta��es culturais, � incalcul�vel. Ele destacou que a regi�o afetada pelo desastre remonta ao in�cio do estado de Minas Gerais, o que d� a dimens�o do tamanho do preju�zo. "� como se estivesse passando uma borracha na hist�ria de uma comunidade de mais de 300 anos", afirma o promotor.

Tamb�m falaram os promotores Bruno Guerra, Leonardo Diniz e Evandro Ventura, com atribui��es regionais nas �reas de Ponte Nova e Governador Valadares, no Vale do Rio Doce. Diniz destacou que n�o houve a��es efetivas da Samarco para resolver o problema da qualidade da �gua gerado para Governador Valadares, cidade com 300 mil habitantes e maior munic�pio atingido no caminho da lama. Ele citou como exemplo um plano de capta��o alternativa de �gua que teria condi��o de atender apenas 50% da popula��o. "Perguntamos a eles como vamos explicar para os moradores que metade da popula��o vai receber �gua do Rio Sua�u� e a outra metade do Rio Doce", disse o promotor.

Segundo o MPMG, a presta��o de contas faz parte de uma s�rie de eventos entre os dias 3 e 5 de novembro para lembrar um ano do rompimento da Barragem do Fund�o, que matou 19 pessoas e arrasou os distritos Bento Rodrigues, Paracatu de Baixo e parte do munic�pio de Barra Longa.

Na tarde de s�bado, ser� realizada a presta��o de contas da �rea de defesa dos direitos humanos. A reuni�o acontece no centro de Mariana.


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