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Estado de Minas

Falta de verbas e atraso nos repasses s�o gargalos na sa�de de BH

Dois problemas de dif�cil solu��o � espera do novo prefeito, que ter� tamb�m desafios com servidores


postado em 07/11/2016 06:00 / atualizado em 07/11/2016 07:34

Unidades de pronto-atendimento sobrecarregadas por uma demanda que vem inclusive de outras cidades são apenas um dos problemas do setor(foto: Beto Novaes/EM/DA Press)
Unidades de pronto-atendimento sobrecarregadas por uma demanda que vem inclusive de outras cidades s�o apenas um dos problemas do setor (foto: Beto Novaes/EM/DA Press)
Encontrar um equil�brio entre gastos p�blicos, receita pr�pria e repasses dos governos estadual e federal dentro dos valores preconizados pelo Sistema �nico de Sa�de (SUS) � a grande receita que o prefeito eleito Alexandre Kalil (PHS) precisa encontrar para a �rea na capital. Isto porque, na avalia��o de especialistas, a atual planilha de financiamento � insuficiente e inadequada para manuten��o das estruturas e dos servi�os. “A tabela SUS � muito defasada e n�o atende �s necessidades financeiras do setor”, avalia o presidente do Conselho Regional de Medicina, F�bio Guerra. Isto implica, segundo o m�dico, em diversos problemas para a contrata��o de profissionais, servi�os, equipamentos, insumos e outros, al�m de, consequentemente, afetar o atendimento � popula��o.

O secret�rio municipal de Sa�de, Fabiano Pimenta, reconhece que, apesar dos investimentos e do esfor�o do munic�pio em subsidiar, com recursos pr�prios, gastos com a pasta, ainda h� muitos desafios pela frente. Ele lista a necessidade de implanta��o da rede de urg�ncia da regi�o macrocentro, que engloba 104 munic�pios, incluindo a capital, com rearranjo de hospitais, leitos, suporte do Servi�o de Atendimento M�vel de Urg�ncia (Samu), al�m de realiza��o de cirurgias e outros procedimentos. Ele destaca ainda a necessidade de o munic�pio tratar, com Uni�o e estado, da revis�o dos valores para o SUS. “Eles precisam ser majorados, para garantir sustentabilidade aos servi�os”, afirma Fabiano.

A quest�o metropolitana tamb�m � um desafio, j� que Belo Horizonte concentra atendimentos de munic�pios vizinhos que fecharam unidades de sa�de por insustentabilidade financeira. O secret�rio ainda ressalta a dificuldade de encontrar ades�o da popula��o a servi�os de car�ter preventivo, como os de controle do tabagismo, as academias da pra�a e outros. E, por fim, lembrou a miss�o que vem pela frente com o aumento progressivo dos casos de dengue, zika e chikungunya, doen�as transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, cujo controle depende muito de participa��o da popula��o.

GARGALO Do ponto de vista pr�tico, F�bio Guerra defende ainda um refor�o da assist�ncia na aten��o prim�ria, para garantir acesso aos pacientes, a fim de evitar incha�os desnecess�rios na urg�ncia e emerg�ncia, usualmente sobrecarregadas em unidades de pronto-atendimento (Upas) e hospitais municipais. Para isso, o presidente do CRM afirma ser necess�rio investimento nas consultas com especialistas, manuten��o das equipes completas do programa de sa�de da fam�lia, al�m da oferta de exames especializados em tempo adequado para preven��o. J� os casos de urg�ncia e emerg�ncia precisam ser otimizados, com melhor tempo de resposta e organiza��o dos leitos de retaguarda.

Sobre Hospital Regional do Barreiro, F�bio Guerra destaca o desafio de tornar vi�vel a opera��o do novo equipamento constru�do para funcionar com recursos das tr�s inst�ncias de governo. “O problema � falta de financiamento. Ele foi planejado para ser pago com 50% de dinheiro da Uni�o e os 50% restantes divididos entre estado e prefeitura. Mas esses repasses n�o foram feitos”, ressalta. De acordo com o secret�rio Fabiano Pimenta, h� um processo de negocia��o constante com estado e Uni�o para equil�brio nos repasses e a totalidade da opera��o do hospital deve ocorrer at� o ano que vem.

PESSOAL Presidente do Sindicato dos Servidores P�blicos Municipais de Belo Horizonte (Sindbel), Israel Arimar, lembra ainda dos problemas de estrutura f�sica e da m� condi��o dos equipamentos em unidades p�blicas de sa�de, que o novo prefeito ter� de administrar. “S�o centros de sa�de que funcionam em casas alugadas, com estruturas provis�rias e mal organizadas, seja do ponto de vista do espa�o ou do funcionamento. Al�m disso, h� Upas, como a Nordeste, com estrutura que se mistura ao Hospital Nossa Senhora Aparecida e outras com espa�os inadequados ou precisando de reforma”, afirma. Segundo Arismar, o problema � ainda mais grave nas unidades instaladas em �reas de risco, onde as falhas estruturais se somam � falta de seguran�a, o que exp�e profissionais ao risco durante atendimentos e a popula��o � suspens�o de servi�os, eventualmente.

No quadro de recursos humanos, Arimar diz que a falta de pessoal � generalizada. “Abrange a �rea m�dica, de enfermeiros,  agentes comunit�rios, sa�de, endemias e auxiliares de enfermagem, entre outros”, garante. Na folha de pagamento, o presidente do Sindbel diz que Kalil tamb�m precisar� de muito di�logo com o servidor. “Alegando problemas de caixa, a atual administra��o vem atrasando o pagamento de benef�cios de funcion�rios, como bi�nios, quinqu�nios, progress�es por escolaridade e tempo de servi�o”, lamenta.


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