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Estado de Minas

�gua da Lagoa da Pampulha ainda n�o atingiu par�metros que permitem esportes n�uticos

A um m�s do fim do prazo para enquadramento da lagoa em norma que permite esportes n�uticos, 2 de 5 indicadores ainda n�o foram atingidos e prolifera��o de algas chama a aten��o


postado em 26/11/2016 06:00 / atualizado em 26/11/2016 07:26

Nata formada por algas em áreas como as proximidades do Clube Belo Horizonte denuncia que o índice de poluição ainda é alto(foto: Sidney Lopes/EM/D.A Press)
Nata formada por algas em �reas como as proximidades do Clube Belo Horizonte denuncia que o �ndice de polui��o ainda � alto (foto: Sidney Lopes/EM/D.A Press)

Faltando pouco mais de 30 dias para o fim do prazo estipulado pela Prefeitura de Belo Horizonte para que a Lagoa da Pampulha tenha a qualidade da �gua suficiente para receber esportes n�uticos, dois dos cinco indicadores de polui��o monitorados continuam abaixo da meta. Apesar de a Superintend�ncia de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) n�o fornecer dados num�ricos recentes (os �ltimos dispon�veis s�o de junho), a pasta confirma que os n�veis de cianobact�rias e f�sforo seguem, neste m�s de novembro, fora do enquadramento estipulado pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) para que a popula��o possa ter contato secund�rio com as �guas da represa, para atividades como navega��o. At� 31 de dezembro, a empresa vencedora da licita��o de R$ 30 milh�es para recuperar o reservat�rio precisa obter resultados que coloquem os cinco indicadores dentro da Classe 3, par�metro t�cnico que permite tamb�m irriga��o, pesca amadora e consumo por animais.

Enquanto isso, tem sido comum observar uma colora��o esverdeada na lagoa, em um cen�rio de polui��o j� conhecido da popula��o da capital. A equipe de reportagem do Estado de Minas flagrou essa situa��o nas proximidades do Clube Belo Horizonte, onde uma nata verde f�tida de grande extens�o se destacava sobre o espelho d’�gua. No mesmo local, o EM encontrou uma balsa sobre a qual trabalhadores faziam a aplica��o dos produtos qu�micos que s�o usados na despolui��o. A Prefeitura de BH sustenta que esse quadro ainda � reflexo do aumento da concentra��o de nutrientes, t�pico do per�odo seco e que tende a melhorar, segundo especialistas, com a frequ�ncia das chuvas.

Por�m, as precipita��es deste m�s ainda n�o foram suficientes, pois ajudaram a carrear polui��o dos afluentes para a represa. Isso aumenta ainda mais a concentra��o de nutrientes que causam o desequil�brio do ambiente aqu�tico e produzem subst�ncias t�xicas ao ser humano e aos animais. Por�m, a prefeitura garante que o processo de aumento da concentra��o de nutrientes, conhecido como eutrofiza��o e evidenciado pela flora��o de algas, est� sendo revertido. “A tend�ncia � que nos pr�ximos dias a qualidade da �gua da lagoa volte a melhorar”, informa a Sudecap, em nota.

O bi�logo e especialista em recursos h�dricos Rafael Resck explica que � muito importante ter em m�os os dados num�ricos das concentra��es de cianobact�rias e f�sforo j� no per�odo chuvoso, para observar qual � o comportamento nesta �poca do ano. “Realmente, as primeiras chuvas s�o muito ruins, pois elas levam essa polui��o ao reservat�rio. A continuidade do per�odo chuvoso � que dilui os nutrientes, o que � mais comum em dezembro”, afirma o especialista. Com esse quadro, Resck acrescenta que a limpeza da lagoa passa a ocorrer em duas frentes. Por um lado, a a��o dos produtos qu�micos e por outro o papel da chuva. Por�m, o especialista adverte que a continua��o da entrada de esgoto no manancial permanece sendo um problema.

Al�m dos padr�es de cianobact�rias, que s�o as algas diretamente ligadas � concentra��o de nutrientes, e do f�sforo, que reflete a grande quantidade desses poluentes, a prefeitura est� monitorando a presen�a da mat�ria org�nica, dos coliformes termotolerantes e da clorofila-A. Nesses quesitos, os padr�es j� est�o de acordo com a norma do Conama para que a Lagoa da Pampulha possa receber, por exemplo, veleiros e outros tipos de embarca��es. O pr�prio prefeito Marcio Lacerda disse que, em 2017, quando n�o for mais o chefe do Executivo municipal, pretende velejar na represa, parte do conjunto que se tornou patrim�nio cultural da humanidade por delibera��o da Unesco.

MANUTEN��O
Depois que os par�metros da Classe 3 forem alcan�ados para os cinco indicadores, a empresa contratada ter� que trabalhar at� dezembro de 2017, quando termina o contrato em vigor, para manter a situa��o alcan�ada. O trabalho est� sendo conduzido com dois produtos que s�o caracterizados como biorremediadores. Um deles reduz o f�sforo e, consequentemente, controla a flora��o de cianobact�rias. O segundo degrada o excesso de mat�ria org�nica e reduz os coliformes fecais. A prefeitura j� anunciou que a ideia de seu corpo t�cnico � fazer novas contrata��es para manter os padr�es sempre dentro das normas do Conama.

A Sudecap informou, em nota, que, apesar de dois indicadores ainda n�o estarem abaixo do limite da Classe 3, “as metas progressivas estabelecidas para a melhoria da qualidade da �gua da Lagoa da Pampulha est�o sendo plenamente atendidas at� o momento atual e os trabalhos seguem cumprindo o cronograma estabelecido”. Esses dois par�metros se enquadram nas metas trimestre que engloba os meses de julho, agosto e setembro, cujo resultado ainda n�o foi detalhado pela administra��o municipal. “A prefeitura, ap�s receber e analisar os relat�rios consolidados de monitoramento, divulgar� os resultados dos avan�os obtidos”, conclui o texto.



R$ 30 milh�es


� o valor do contrato com empresa para recuperar as �guas do reservat�rio e mant�-las at� desembro de 2017 na

 

Classe 3

par�metro t�cnico que permite contato secund�rio pelo ser humano, com a pr�tica de esportes n�uticos e pesca amadora, al�m de consumo por animais


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