
O caso pode ter uma testemunha. Trata-se de um m�sico que trabalhou na regi�o no r�veillon e, na volta para casa, disse ter visto um homem nu sendo perseguido por algumas pessoas na Avenida Otac�lio Negr�o de Lima. A informa��o foi repassada pelo m�sico � irm� do vendedor, Juliana Muller, de 31.
Em princ�pio, a Pol�cia Civil acredita que Rodrigo tenha entrado na �gua por conta pr�pria e se afogado, mas, diante da nova informa��o, os investigadores n�o descartam a possibilidade de um crime. Algumas perguntas, no entender da fam�lia, precisam ser esclarecidas, como se o rapaz entrou na �gua para fugir de algum perigo ou se foi empurrado na lagoa.
Rodrigo foi � festa com a mulher e amigos. Segundo a vers�o inicial, o representante comercial teve um ataque de ci�mes e decidiu ir embora com a companheira. J� no carro, um Peugeot 207, o casal discutiu bastante. Rodrigo jogou alguns objetos pela janela e, em seguida, desceu do ve�culo e saiu correndo em dire��o � lagoa. N�o foi mais visto pela mulher.
Minutos depois, o Corpo de Bombeiros foi acionado com a informa��o de que um homem entrou por conta pr�pria na lagoa e, ap�s um mergulho, n�o emergiu. A corpora��o enviou uma equipe imediatamente ao cart�o-postal e ontem o corpo foi encontrado. As roupas do rapaz foram localizadas �s margens do espelho d’�gua. Naquele momento, os bombeiros acreditavam que Rodrigo tivesse entrado na �gua por conta pr�pria.
Juliana garante que Rodrigo n�o tem o perfil de quem entraria na lagoa ap�s uma discuss�o com a mulher, com quem vivia, h� alguns meses, num bairro na Regi�o Leste da capital. “Conhe�o meu irm�o e tenho plena convic��o de que, independentemente do que tenha acontecido na discuss�o, ele n�o entraria na lagoa por conta pr�pria”.
A informa��o repassada pelo m�sico � irm� de Rodrigo injetou mist�rio na morte do vendedor. Juliana contou que o m�sico havia trabalhado num evento no r�veillon e teria visto o homem nu, o qual familiares acreditam ser Rodrigo, nas imedia��es do n�mero 3.800 da Avenida Otac�lio Negr�o de Lima.
Depois de mais de um dia de busca, os bombeiros encontraram o corpo de Rodrigo boiando justamente pr�ximo ao mesmo im�vel. Apreensiva, Juliana acompanhou a retirada do cad�ver da �gua. Ela notou alguns equipamentos em im�veis da regi�o que podem ajudar a esclarecer o caso: “Pelo que observei no local, h� c�meras de seguran�a que podem ajudar a desvendar o que aconteceu”.
LAUDO
O corpo do rapaz foi encaminhado ao Instituto M�dico Legal (IML). Como o cad�ver foi encontrado em avan�ado est�gio de decomposi��o e bastante sujo por lodo, n�o foi poss�vel uma conclus�o preliminar sobre eventual marca de viol�ncia. Os peritos do IML t�m prazo de 30 dias para finalizar o laudo.