
Quem chega ao posto de vacina��o no Centro de Ladainha, munic�pio de 17 mil habitantes e l�der em n�mero de mortos, desde que a febre amarela silvestre come�ou a aterrorizar a Regi�o Leste de Minas, deve passar primeiro por um setor de avalia��o, onde a equipe verifica o cart�o de vacina��o, conversa coma pessoa para saber quando ela foi vacinada pela �ltima vez e conhecer outros detalhes importantes, diz o secret�rio de Sa�de. Logo em frente, onde est� escrito “Vacina��o aqui”, � feita a imuniza��o. Pelo caminho, � poss�vel ver os chuma�os de algod�o deixados por pessoas de todas as idades.
TRISTEZA Morador da comunidade de Bacu�, o agricultor Ant�nio de Souza, de 83, arrega�ou manga da camisa e recebeu a agulhada, sem reclamar. “� s� uma dorzinha”, brincou. Ao lado, o secret�rio de Sa�de dizia que pessoas maiores de 60 anos precisam estar com boa sa�de para ser vacinadas, sem alguma condi��o cl�nica (imunodepress�o) que iniba a infec��o, como gripe forte, amigdalite e outros problemas. Residente na comunidade rural de Peixe Cru, Maria Pereira Magalh�es veio de �nibus e contou que um primo dela foi hospitalizado no Hospital Municipal Arthur Rausch, mas, agora, “gra�as a Deus”, passa bem.

Com belas matas e tendo a pedra “Marta Rocha” como monumento, Ladainha tem, em cada canto, algu�m perguntando ao outro: “J� vacinou?” “Eu j�. Agora!”, respondeu � pergunta de um amigo Humberto Nascimento, de 63, que j� tinha sido imunizado em 2001. “Viajei pelo Norte do Brasil, l� � que a gente v� falar em febre amarela silvestre. Mas, aqui?”, lamentou.
REPELENTES Enquanto a popula��o recebe a vacina, o funcion�rio de um supermercado anuncia a venda de repelentes a R$ 15,90. Jefferson Gon�alves Soares, de 21, conta que perdeu um tio, Joamir Jesus Gon�alves, de 46, pedreiro que morava na zona urbana. “Estamos muito tristes, mas n�o foi febre amarela urbana”, contou. Segundo ele, n�o para um repelente no estoque. De acordo com especialistas, a febre amarela urbana n�o ocorre no pa�s desde 1942.
