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Estado de Minas

Garoto de 11 anos ganha pr�tese criada com impressora 3D em Belo Horizonte


postado em 28/01/2017 07:00 / atualizado em 28/01/2017 08:27


“Meu pai est� lascado comigo. Agora vou poder fazer c�cegas nele o tempo todo”, avisou Matheus Rodrigues Hubner Moreira, de 11 anos. Depois de dois meses de expectativa, o garoto de Manhua�u (Zona da Mata), que nasceu sem tr�s dedos da m�o esquerda, recebeu ontem uma pr�tese desenvolvida por engenheiros da 3D Lopes, empresa tecnol�gica incubada do Cefet/MG, e por t�cnicos do Laborat�rio Aberto da Federa��o das Ind�strias de Minas Gerais (Fiemg). Com o mesmo esp�rito alegre, perseverante e otimista que emocionou a equipe de profissionais durante o per�odo de prepara��o da pr�tese, Matheus n�o perdeu nenhum segundo e aproveitou o p�tio do laborat�rio para testar a novidade com o que mais gosta: jogar futebol. Sonhando um dia vestir a camisa 1 do Cruzeiro, ele usou a pr�tese para fazer defesas e ostentar o apelido de “muralha”. “L� na escola meus colegas falam que eu j� agarrava muito. Agora, ent�o, vai ser ainda mais”, brincou.

O sonho de conseguir uma pr�tese come�ou no in�cio do ano passado, quando os pais de Matheus, Wesley Moreira, de 39, e Marcelle Rodrigues, de 36, viram em um programa de televis�o um menino com o mesmo problema do filho. “Na ocasi�o, foi constru�da uma pr�tese para ele em um laborat�rio de inova��o. Eu vi aquilo e entrei em contato para saber se n�o seria poss�vel fazer o mesmo para o Matheus”, conta Marcelle, professora em Manhua�u. Dali em diante, ela chegou at� o Servi�o Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) do Rio de Janeiro, onde ouviu que a mesma institui��o em Belo Horizonte poderia ajud�-la. Ao fazer contato com a gestora do Laborat�rio Aberto, estrutura do Sistema Fiemg que recebe projetos inovadores, ela vislumbrou a solu��o que poderia deixar o filho muito feliz. “Chamamos a fam�lia para uma reuni�o com a 3D Lopes, que j� tinha desenvolvido uma pr�tese parecida. Chegamos � conclus�o que daria para fazer, seria inovador e teria um custo bem interessante”, afirma M�rcia Andrade Carmo de Azevedo, gestora do Laborat�rio Aberto.

Jair Amaral/EM/D.A Press
Jair Amaral/EM/D.A Press

Para viabilizar o sonho de Matheus, os s�cios Daniel de Paula Lopes e Jonatas Rafael Rodrigues usaram uma impressora 3D para fabricar a pe�a. “A gente est� trabalhando no Laborat�rio Aberto para desenvolver nossa impressora 3D e ficamos bastante motivados para tentar esse desafio, que seria a pr�tese do Matheus, quando tivemos contato com a fam�lia dele”, conta Daniel. Eles trabalharam por dois meses para chegar no formato final. “� uma alegria muito grande, porque podemos usar nosso conhecimento e nossa forma��o como engenheiros e a nossa impressora para fazer a diferen�a na vida de uma pessoa. Ainda mais uma crian�a t�o alegre como o Matheus”, acrescenta Jonatas.

Presente A pr�tese foi entregue em uma embalagem de presente. Como j� tinha contato com o equipamento para fazer os moldes, Matheus n�o demorou nada para encaixar o objeto e movimentar os dedos, arrancando aplausos e enchendo de l�grimas os olhos de quem acompanhou a entrega. Os pais e a irm� mais velha de Matheus, Mariana Hubner, de 18, acompanharam atentamente as rea��es do filho. “Estamos muito felizes e emocionados. Lembro-me de que, quando ele nasceu, minha av� perguntou se seria poss�vel colocar uma pr�tese. Naquela �poca eu n�o sabia. Quando sa�mos de Manhua�u, ela, com 90 anos, ficou muito feliz ao saber que ir�amos a Belo Horizonte buscar a pr�tese”, relata Marcelle.

Os novos dedos nervosos de Matheus n�o deram tr�gua ao pai, que vai ter que se virar com as c�cegas. “Agora vai ser complicado, n�o �?”, brinca Wesley. “Eu achei muito interessante o processo, pois foi muito r�pido e eu nunca tinha visto nada parecido”, diz o pai. As cores do equipamento foram escolhidas pelo pr�prio Matheus, que, apesar de ser cruzeirense de cora��o, tamb�m gosta muito do Borussia Dortmund, clube de futebol alem�o que tem as cores amarelo e preto. “Eu estava nervoso e ansioso, mas muito feliz porque eu sabia que ia conseguir juntar meus cinco dedos. Valeu muito a pena esperar. Eu adorei a pr�tese”, conta Matheus. “� um sonho de pequeno. Estou muito ansioso para mostrar para os meus colegas”, completa o garoto. Como tem apenas 11 anos, Matheus vai ganhar outras pr�teses que se encaixem melhor para cada etapa de sua vida. O projeto foi viabilizado gra�as a um financiamento do Servi�o Brasileiro de Apoio �s Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). A pr�tese custa cerca de R$ 1 mil.


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