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Estado de Minas PRAZER EM AJUDAR

Feita de biopl�stico, nova pr�tese pode ajudar crian�as

Encontro de engenheiro que pesquisa pl�stico ecol�gico com fam�lia de menina com malforma��o no bra�o resulta em novo tipo de pr�tese que pode ajudar mais crian�as


postado em 27/09/2016 06:00 / atualizado em 27/09/2016 08:35

Daniel (E) e colegas trabalham na prótese feita de bioplástico: uso do material pode baratear equipamentos para pessoas com deficiência(foto: João Bosco Vilaça/Divulgação)
Daniel (E) e colegas trabalham na pr�tese feita de biopl�stico: uso do material pode baratear equipamentos para pessoas com defici�ncia (foto: Jo�o Bosco Vila�a/Divulga��o)
“� uma sensa��o boa usar tudo o que voc� sabe para fazer a diferen�a na vida das pessoas”. A frase � de Daniel de Paula Lopes, de 28 anos, formado em engenharia no Instituto Tecnol�gico de Aeron�utica (ITA), de S�o Paulo. Mais familiarizado com as descobertas cient�ficas, o jovem n�o conteve o espanto ao ver uma menina de tr�s anos manipulando a pr�tese fabricada na impressora em tr�s dimens�es (3D), a partir do biopl�stico que est� sendo testado por ele.


Sem experi�ncia anterior no desenvolvimento de pr�teses humanas, Daniel e os s�cios n�o tinham no��o sobre como a garota receberia a ideia de ganhar uma nova mobilidade. “Tivemos apenas um m�s para fazer as medi��es. Foi uma surpresa. Na primeira entrega, a crian�a come�ou naturalmente a mexer com a m�o e a brincar de massinha e a colorir”, conta Daniel, que j� recebeu outra encomenda. Desta vez, Marcelle Rodrigues Moreira, m�e do garoto Matheus Rodrigues Hubner Moreira, de 10, de Manhua�u (Zona da Mata), que quer ser goleiro, deve ser presenteada com o equipamento. “Ele j� � �timo na posi��o, mas lhe faltam parte dos dedos de uma das m�os e ele quer ser capaz de agarrar melhor as bolas”, afirma a gestora do Laborat�rio Aberto do Senai, M�rcia Andrade Carmo de Azevedo.

Na verdade, a pe�a � fruto da iniciativa da 3D Lopes, empresa especializada em prototipagem r�pida, mas com o foco original de desenvolver o chamado pl�stico verde, que seria fabricado a partir do filamento da cana-de-a��car. Se der certo, o processo promete reduzir em at� 20% os custos para o emprego da mat�ria-prima importada dos Estados Unidos, fabricada atualmente a partir do milho. “Como o polietileno verde vem de fonte renov�vel da cana-de-a��car, a proposta � ficar menos dependentes do petr�leo”, explica. Em seu mestrado no Ita, em dois anos e meio de estudos, Daniel Lopes iniciou o desenvolvimento do polietileno verde, em parceria com a empresa Braskem, para impress�o 3D.

Matheus com os pais: ele, que sonha em ser goleiro, pode ser a próxima criança a testar a prótese desenvolvida por incubadora mineira(foto: Álbum de família)
Matheus com os pais: ele, que sonha em ser goleiro, pode ser a pr�xima crian�a a testar a pr�tese desenvolvida por incubadora mineira (foto: �lbum de fam�lia)
AMPLIA��O A partir da a��o humanit�ria, ele j� estuda ampliar o foco da empresa, instalada na incubadora Nascente do Cefet/MG e participante de programas de incentivo � inova��o como o Edital Sesi/Senai e Sebraetec. Para 2017, a empresa 3D Lopes ganhou mais um edital Senai de Inova��o. “Percebemos que o mercado brasileiro ainda est� defasado em rela��o � confec��o de pr�teses por meio de impressoras 3D, que permitem ser bem personalizadas ao detectar as necessidades das pessoas com defici�ncia, al�m de ser mais leves”, compara ele, que tamb�m fabrica pe�as impressas para a �rea da sa�de e odontologia.

A semente do projeto surgiu de um encontro inusitado. “Meus pais encontraram com a crian�a e a m�e dela no supermercado, em Belo Horizonte. Eles disseram � m�e que a minha empresa trabalhava com impressoras 3D e que seria poss�vel fabricar uma pr�tese para ela assim” conta Daniel, encantado. Ao longo da hist�ria, a menina revelou para a m�e ter o sonho de andar de bicicleta. “Por enquanto, a m�e deixa ela ir treinando segurando o patinete”, diz ele.

Biopl�stico feito de �lcool de milho 

A pr�tese desenvolvida por Daniel Lopes � feita de PLA (poli�cido l�tico), um biopl�stico feito a partir da extra��o do �lcool do milho que, al�m disso, � mais forte e mais leve que o pl�stico comum. A pe�a � baseada no Hit Arm, iniciativa criada nos Estados Unidos para popularizar e dar acesso a projetos de pr�teses gratuitamente. Com menor custo de produ��o, por usar a impressora 3D, a ideia � que crian�as beneficiadas troquem de pe�a uma vez por ano devido ao seu crescimento. “Se acrescentasse custos de m�o de obra e material, cada pr�tese como essa sairia por volta de R$ 5 mil reais. Hoje, uma pe�a convencional custa entre R$ 12 mil a R$ 20 mil,” calcula Daniel.


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