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Estado de Minas

Especialista tem expectativa de que situa��o da febre amarela em MG seja controlada

Minas confirma 97 casos, no maior surto desde 1980. Notifica��es ficam inalteradas e governador avalia que pode haver 'estabiliza��o' em breve. Especialista diz que situa��o pode ser considerada controlada se balan�o oscilar pouco por ao menos uma semana


postado em 28/01/2017 07:00 / atualizado em 28/01/2017 08:08

O n�mero de casos confirmados de febre amarela em Minas Gerais desde o in�cio do ano se aproxima da barreira de 100 registros, aumentando a expectativa de quando a doen�a ser� estabilizada e refor�ando, na avalia��o de especialistas, a import�ncia de tanto a popula��o quanto o poder p�blico manterem o alerta. Balan�o divulgado ontem pela Secretaria de Estado de Sa�de (SES) revelou 97 casos confirmados, 13 a mais que o informe do dia anterior. Segundo o boletim, subiu para 98 o total de �bitos suspeitos – um a mais que o de quinta-feira. J� a quantidade de mortes confirmadas (40) e a de notifica��es (486) foram as mesmas do balan�o anterior. As estat�sticas da SES diferem das do Minist�rio da Sa�de, onde o n�mero de notifica��es j� rompeu a barreira dos 500 casos.

Os 97 casos confirmados em Minas j� tornam o surto no estado o maior do pa�s desde o in�cio da s�rie hist�rica do Minist�rio da Sa�de, em 1980. Ontem, o governador Fernando Pimentel reafirmou que o estado toma todas as medidas necess�rias para combater a doen�a. “Tudo o que podia e pode ser feito o governo est� fazendo”, disse, durante visita a uma obra da Copasa em Brumadinho, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte. Pimentel voltou a refutar o risco de epidemia e disse, como j� havia feito na quarta-feira passada, que espera uma estabiliza��o da doen�a a partir da semana que vem.

O prazo � poss�vel, no entendimento do pesquisador Eduardo Maranh�o, da Escola Nacional de Sa�de P�blica da Fiocruz, com sede no Rio de Janeiro. Para ele, ser� poss�vel dizer que a doen�a come�ar� a ser controlada quando o balan�o de notifica��es fica inalterado ou com baix�ssima oscila��o para cima durante um per�odo, por exemplo, de uma semana ou 10 dias. “O tempo de incuba��o da febre � em torno de cinco dias. Se n�o aparecer mais casos em uma semana ou 10 dias, por exemplo, podemos dizer que a doen�a est� come�ando a ficar sob controle”, disse Maranh�o, que considera, no entanto, que o Minist�rio da Sa�de e a Secretaria Estadual de Sa�de deveriam tratar o atual quadro como epidemia.

‘Efeito sentinela’ Mesmo com a possibilidade de estabiliza��o no n�mero de notifica��es, o pesquisador da Fiocruz recomenda � popula��o que sempre fique atenta ao que os cientistas chamam de efeito sentinela: “Se aparecerem macacos mortos, h� o risco de algu�m contrair a doen�a”. Por isso, acrescenta o infectologista Dirceu Greco, do Hospital das Cl�nicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), as vacinas s�o a principal arma contra o avan�o da mol�stia. “O fato principal � que as vacinas est�o sendo distribu�das. E � o m�todo muito eficaz. Se (as doses) chegarem em todos os lugares, (o surto) ter� chance de ser interrompido”, disse ele, alertando, por�m, que, entre os animais, o v�rus continuar� vivo.

Para tentar reduzir o risco de infec��o, prefeituras se esfor�am para imunizar a popula��o. Aproximadamente 2,6 milh�es de doses da vacina j� foram distribu�das aos munic�pios, das quais cerca de 800 mil foram aplicadas. Em Ladainha (Vale do Mucuri), onde houve o maior n�mero de mortes confirmadas (10 de um total de 40), a expectativa � que toda popula��o seja vacinada at� o fim deste s�bado. Por sua vez, integrantes da for�a nacional do Minist�rio da Sa�de, que estiveram em Novo Cruzeiro, tamb�m no Vale do Mucuri, avaliam que a estabiliza��o do surto pode ocorrer em apenas um m�s. “A meta � conseguir uma cobertura vacinal que seja capaz de baixar o surto em 30 dias”, disse um integrante do grupo que n�o est� autorizado a conceder entrevistas. (Colaborou Mateus Parreiras)

 

Em lista de minist�rio, MG
tem 504 casos suspeitos
O Minist�rio da Sa�de soltou ontem boletim sobre a febre amarela silvestre no pa�s e em Minas diferente do divulgado pela Secretaria de Estado da Sa�de (SES-MG). Pelas estat�sticas da pasta, s�o 504 notifica��es em Minas, contra as 486 que constam do balan�o da SES-MG. A diferen�a s�o 18 casos inclu�dos pelo minist�rio que foram registrados na Bahia, no Esp�rito Santo, em Goi�s e em S�o Paulo, mas com local prov�vel de infec��o em Minas. A SES-MG justificou que n�o acrescentou essas notifica��es em seu boletim porque os casos ainda est�o em avalia��o epidemiol�gica para identificar o local de infec��o. Em rela��o a morte de macacos, que podem indicar presen�a do v�rus da febre amarela, a secretaria informou que em 19 cidades foram recolhidos primatas para investiga��o. Belo Horizonte � uma cidades: foram tr�s mortes de animais na capital mineira. Mas, segundo a Secretaria Municipal de Sa�de (SMSA), os primatas foram encontrados em quintais de casas em diferentes regi�es da cidade e n�o h� evid�ncia de epizootias –  concentra��o de mortes de animais atribu�das a uma mesma causa, em um mesmo local, por doen�a contagiosa de propaga��o r�pida. (Jo�o Henrique do Vale)


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