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Estado de Minas

Fam�lias s�o devastadas pela febre amarela no interior de Minas

O Estado de Minas percorreu as �reas mais afetadas pela doen�a para mostrar o impacto do novo surto na vida de comunidades nos vales dos rios Doce, Jequitinhonha e Mucuri


postado em 29/01/2017 06:00 / atualizado em 29/01/2017 08:44


Novo Cruzeiro –
O labirinto de estradinhas de ch�o cobertas por p� se ramifica numa densa mata, que de t�o fechada raramente d� frestas para se avistar casebres, currais ou planta��es. Carros e motos, ent�o, passam perdidos e espor�dicos, levantando nuvens de poeira. Cl�vis Lopes dos Santos, de 62 anos, morreu na �ltima quarta-feira num rinc�o desses, a comunidade do Brej�o, que fica a 20 quil�metros do Centro de Novo Cruzeiro, no Vale do Rio Jequitinhonha. Mesmo com a afirma��o da Secretaria Municipal de Sa�de de que a febre amarela foi a causa de seu �bito, em lugares como aquele a perda de um compadre ou conhecido faz com que a apar�ncia des�rtica das ro�as seja quebrada pela lenta e constante chegada de gente que mora em grotas long�nquas, atravessando trilhas tortuosas e cruzando pinguelas de c�rregos distantes. Aparecem trajando suas melhores vestes, levando flores silvestres nas m�os e garraf�es de cacha�a sob os bra�os, o t�pico funeral caboclo do interior mineiro.
Maria Nunes, esposa de Clóvis Lopes dos Santos, de 62, que morreu vítima da doença na última quarta-feira na comunidade do Brejão:
Maria Nunes, esposa de Cl�vis Lopes dos Santos, de 62, que morreu v�tima da doen�a na �ltima quarta-feira na comunidade do Brej�o: "O Cl�vis tremia e dava uns arrancos. Olhava para mim com os olhos amarelos que nem cera e depois n�o olhou mais nada e partiu para o lado de Deus" (foto: Ed�sio Ferreira/EM/D.A PRESS)

Devido ao surto de febre amarela no estado, que j� confirmou 40 mortes das 97 suspeitas (41%), cenas como essa se replicam pelas comunidades mais afastadas dos centros municipais nas regi�es da Mata e dos vales dos rios Doce, Jequitinhonha e Mucuri, trazendo dor e inseguran�a para essa gente simples e pouco informada.

A reportagem do Estado de Minas percorreu por 800 quil�metros as �reas mais afetadas pela febre amarela para mostrar como comunidades pacatas e praticamente isoladas foram devastadas pela doen�a. O pior surto j� registrado no estado transformou cemit�rios acanhados em locais muito frequentados, com covas recentes e outras sendo abertas, recebendo as flores de homenagem e as l�grimas de quem tem perdido num curto espa�o de tempo os familiares e amigos. De acordo com a Secretaria de Estado de Sa�de de Minas Gerais (SES), at� a sexta-feira foram notificados 486 casos suspeitos de febre amarela, com 97 j� confirmados e outros 370 ainda sendo investigados. Ao todo, essa doen�a viral, que n�o tem cura e � transmitida por mosquitos como o Haemagogus, o Sabethes e o Aedes aegypt, j� se alastrou por 19 munic�pios confirmados e outros 60 com suspeitas, obrigando o Minist�rio da Sa�de (MS) e a SES a mobilizarem equipes de apoio e a providenciar uma imuniza��o de guerra com 1,7 milh�o de doses de vacina sendo distribu�das e quase 1 milh�o j� aplicadas.


Um dos motivos de p�nico entre a popula��o � a dificuldade de informa��es claras. No munic�pio de Novo Cruzeiro, por exemplo, a SES registrou uma morte confirmada e oito notificadas, mas a Secretaria Municipal de Sa�de contabilizou 15 �bitos suspeitos e 70 casos de doentes com sintomas. Na sede do munic�pio, a procura pela aplica��o da vacina � grande e lota a Unidade B�sica de Sa�de (UBS). Uma equipe da For�a Nacional do Sistema �nico de Sa�de (SUS) incrementa as a��es nos hospitais, a vacina��o e a busca ativa nos locais mais ermos por pessoas que ainda n�o se vacinaram. Outras 15 equipes municipais fazem o mesmo trabalho.

Amigos e vizinhos compareceram ao velório de Clóvis Lopes, no povoado de Brejão(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A PRESS)
Amigos e vizinhos compareceram ao vel�rio de Cl�vis Lopes, no povoado de Brej�o (foto: Ed�sio Ferreira/EM/D.A PRESS)
PRIMATAS MORTOS Com tanto medo de cont�gio e not�cias de doentes nessas comunidades pequenas, a prosa de quem subia os morros para chegar ao vel�rio de Cl�vis s� poderia ser mesmo a febre amarela. Como os macacos s�o reservat�rios que contaminam os mosquitos, que s�o os transmissores para os homens, as pessoas come�aram a se lembrar de casos de primatas encontrados mortos, mas a que ningu�m dava import�ncia. Apontando numa dire��o al�m dos morros florestados, o lavrador Adelino de Souza, de 66, recorda-se de alguns bichos encontrados sem vida. “Aqui atr�s mesmo, perto da casa do Cl�vis, tem a Grota dos Macacos. Acharam um punhado (de macacos) morto ali, outro perto do c�rrego”, lembra.

O falecido vivia num apertado casebre de tr�s c�modos, caiado de branco, com telhas de cer�mica moldadas nas coxas, portas e janelas de madeira r�stica. Dezenas de vizinhos se apinhavam nas margens da trilha que desce do pasto para a moradia, j� repleta de pessoas orando e trazendo seus pesares � esposa, Maria Nunes, de 54, e aos dois filhos, Jos� e Raquel Lopes. O caix�o do morto foi colocado na pequena sala, embaixo de uma cruz de metal e dos quadros de santos dependurados nas paredes revestidas de fil�. Naquelas bandas, o vel�rio dura a manh� e a tarde toda, com as pessoas consumindo cacha�a e lembrando dos encontros com o falecido, o t�pico “beber o falecido”.

Maria acariciava a testa do esposo, recordando da hist�ria do casal e do amor pelos dois filhos que criaram. Ela ficou ao lado de Cl�vis desde que ele adoeceu at� o seu �ltimo suspiro. Uma batalha �rdua e sofrida. “Miseric�rdia. Nunca vi algu�m sofrer tanto assim com a febre. Ele pegava fogo e suava de molhar os len��is e eu ia enxugando a pele dele at� ensopar os len�os e toalhas que os enfermeiros traziam para mim. O Cl�vis tremia e dava uns arrancos. Olhava para mim com os olhos amarelos que nem cera e depois n�o olhou mais nada e partiu para o lado de Deus”, lembra a vi�va.

A mulher conta que o marido ia muito para os matagais para chegar nas ro�as e nos c�rregos da terra onde cresceu e, por isso, entrava em locais infestados de mosquitos. Num s�bado, sentiu dores nas pernas e enjoo. Caiu de cama e sofreu com as dores e n�useas, at� que conseguiram um carro para lev�-lo ao hospital em Novo Cruzeiro, onde ficou por uma semana e morreu. “Era um pai bom, um homem trabalhador, que estava muito sozinho ultimamente”, suspira a mulher, que num lapso de realidade deixou o luto de lado para pedir ajuda. “Ser� que o senhor n�o consegue que venha aqui a prefeitura, pode ser, para bater um rem�dio nas casas para tirar os mosquitos daqui?”

VIDAS INTERROMPIDAS

Luana Jurema da Silva Gonçalves, de 34 anos, lavradora, que perdeu o marido, Romildo Afonso da Silva, de 38, vítima da febre amarela:
Luana Jurema da Silva Gon�alves, de 34 anos, lavradora, que perdeu o marido, Romildo Afonso da Silva, de 38, v�tima da febre amarela: "Pensava muito nele e no nosso filho, Gustavo Adriano, que tem 8 anos, como a gente faria sem ele. N�o me despedi dele vivo, porque acreditei at� quando estivemos juntos" (foto: Ed�sio Ferreira/EM/D.A PRESS)
Ladainha –
No centro do cemit�rio, debaixo de uma placa de cimento nova, foi sepultado Levindo Costa Alecrim, de 45 anos. Ao lado da demarca��o, em outro t�mulo, jaz o amigo insepar�vel Gilson Rodrigues Lopes, de 38. Pouco acima, montes paralelos de terra recente delimitam os locais onde foram enterrados os primos Valdevir Costa Alecrim, de 44, e Edmilson de Ara�jo Santos, de 43. Cada marco f�nebre desses encerrou a hist�ria de uma gera��o de amigos que cresceram juntos e tinham uma vida pacata nas ro�as do povoado do A�ude, um territ�rio de ranchos simples e desconexos de Conc�rdia do Mucuri, o distrito de Ladainha que mais sofreu com o surto de febre amarela.

Em Minas Gerais, a cidade do Vale do Rio Mucuri � a detentora de mais �bitos e casos da doen�a que se alastrou pela zona rural, obrigando as autoridades sanit�rias a um esfor�o que prometeu vacinar toda a popula��o ainda nesta semana. De acordo com a Secretaria de Estado de Sa�de (SES), de 21 mortes suspeitas, 10 foram confirmadas para a febre amarela no munic�pio. Foram certificados 36 casos de pessoas doentes entre os 54 notificados. Valdevir e Edmilson j� tiveram as mortes confirmadas pela febre, segundo a Secretaria Municipal de Sa�de.

Júlio Marques, coveiro de Piedade de Caratinga, conta que moradores de outros povoados próximos levam parentes mortos:
J�lio Marques, coveiro de Piedade de Caratinga, conta que moradores de outros povoados pr�ximos levam parentes mortos: "Todo mundo triste e � gente que quase ningu�m aqui conhece porque s�o de povoados da regi�o, de outros munic�pios" para serem enterrados no local (foto: Ed�sio Ferreira/EM/D.A PRESS)
Imuniza��o O desespero das pessoas da zona rural fez com que as equipes dos dois postos de sa�de de Conc�rdia do Mucuri se desdobrassem para atender os doentes e pessoas querendo imuniza��o, que n�o paravam de aparecer. “Foi justamente no recesso que os casos come�aram a surgir nas ro�as. E, como os m�dicos estavam todos de f�rias, n�o t�nhamos como fazer o diagn�stico, s� teria como se mand�ssemos as pessoas doentes para Ladainha”, lembra a enfermeira respons�vel pela Unidade B�sica de Sa�de (UBS) Jardim 1, Airani Ribeiro de Souza. “Quando as pessoas come�aram a falecer e apareceram os primeiros primatas mortos, o posto ficou superlotado. N�o t�nhamos doses (de vacina) e as pessoas apavoraram. Houve tumultos, muita gente na fila quando a vacina acabava. O posto fecha �s 17h, mas chegamos a trabalhar sem almo�o todos os dias at� as 19h, at� dar conta de controlar a situa��o”, conta a enfermeira.

Na comunidade de A�ude, as suspeitas de quem mora l� sobre a contamina��o pela febre amarela, que pode ser a causa da morte dos quatro amigos, � uma mata que fica no alto do morro, antes do pequeno c�rrego que permeava a casa onde Levindo Costa Alecrim vivia sozinho, pois era divorciado. “Os quatro ficavam de prosa na varanda da casa dele. Amarravam o burro que montavam para o trabalho e ficavam juntos, pois eram amigos demais”, lembra um primo das v�timas, o lavrador Osmar Rodrigues, de 31. “Tinha muitos guaribas (macacos) na mata depois do c�rrego. E eles desciam, brincavam na casa, no quintal, na planta��o. Os quatro brincavam com os bichos tamb�m. Da� come�aram a aparecer guaribas mortos e eles sumiram dessas matas”, conta Osmar.

Antônio Rodrigues Lopes dos Santos, de 66 anos, pai de Gilson, o primeiro a falecer:
Ant�nio Rodrigues Lopes dos Santos, de 66 anos, pai de Gilson, o primeiro a falecer: "Ele come�ou a sentir uma dor na barriga, como uma disenteria, e depois as pernas moles. Levaram ele para o hospital e no domingo chegou s� o corpo do meu filho" (foto: Ed�sio Ferreira/EM/D.A PRESS)
Afli��o
Foi logo em seguida que o primeiro dos amigos, Gilson, adoeceu. Em seguida, Levindo ficou doente, depois Valdevir e, por �ltimo, Edmilson. “Foi r�pido. Morreu Gilson, depois do enterro dele, j� abriram a cova para o Levindo, e a gente ia a enterros todos os dias aqui. Todo mundo ficou cabreiro, porque achava que podia morrer, n�o sab�amos que era a febre e ningu�m tinha vacinado ainda”, afirma Osmar. “Meu filho era simples, mexia com uma rocinha, umas duas vaquinhas, gostava das coisinhas dele”, lembra o lavrador Ant�nio Rodrigues Lopes dos Santos, de 66, pai de Gilson. “Na sexta-feira, a gente estava fincando um pau no curral. Ele conversou mais eu e come�ou a sentir uma dor na barriga, como uma disenteria, e depois as pernas moles. Levaram ele para o hospital e no domingo chegou s� o corpo do meu filho”, lembra. “Desesperei. A gente n�o deve correr atr�s de quem j� morreu. Mas tinha de vacinar, porque estava todo mundo morrendo”, conta Ant�nio.

A m�e de Gilson foi passar uns dias em S�o Paulo, na casa da filha, para se recompor. O lavrador Ant�nio disse que esfria a cabe�a na ro�a mesmo, fazendo o requeij�o e trabalhando a terra. Como os demais parentes de v�timas, tem lembran�as dos que se foram. O mesmo n�o ocorreu com o amigo Levindo. “Ele morreu, da� quatro dias a ex-mulher mandou desmanchar a casa, recolher as telhas e tudo mais. N�o sobrou nada. Todo mundo ficou falando que foi desrespeito”, desabafa Osmar.

At� na comunidade mais afastada de Conc�rdia do Mucuri, chamada Tr�s Ferros e distante 25 quil�metros do distrito, a doen�a fez v�timas entre os mais humildes lavradores. Uma das mais singelas cruzes, de madeiras cruzadas, tem o nome Otaviano esculpido a faca e pertence ao filho da lavradora Anita da Silva Silv�rio, de 60. As v�timas da febre amarela t�m um impressionante �ndice de infec��o de homens que chega a 88% dos casos confirmados. “Meu Otaviano era trabalhador, s�rio e respons�vel. Pegou essa doen�a trabalhando nas ro�as dos outros para sustentar a mulher, o menino de 7 anos e o beb� de 8 meses. O que essa doen�a deixou mais aqui em Ladainha foi mulheres sem maridos e crian�as sem pai”, afirma.

MEDO SE ESPALHA NOS PEQUENOS POVOADOS

Piedade de Caratinga –
Desde que o lavrador Romildo Afonso da Silva, de 38 anos, morreu, no dia 8 deste m�s, o p�nico tomou conta das lavouras de Piedade de Caratinga, na regi�o do Vale do Rio Doce. At� que se descobriu que ele tinha febre amarela e era um dos dois �bitos registrados na cidade, os lavradores simplesmente deixaram de trabalhar nas ro�as com medo de adoecer do mesmo mal. “Como a vacina leva ainda 10 dias para fazer efeito, as ro�as ficaram abandonadas. Mas acho que o que mais assustou foi a morte do Romildo, porque ele era um homem forte, que n�o ca�a por nada, trabalhador e pai exemplar. Meu marido mesmo s� vai voltar para as nossas ro�as amanh�, porque n�o tem ainda prazo de vacina”, conta a irm� de Romildo, Ivanete Afonso da Silva Gon�alves, de 34. “Acho que ele foi picado nas grotas l� onde ele morava, no meio das ro�as de caf�, tem muitos macacos e mosquitos ali”, disse a irm�.

Antes de morrer, Romildo passou por nove dias de supl�cio e peregrina��es pelo Pronto-Atendimento M�dico (PAM) da cidade, hospital de Caratinga e transfer�ncia particular, depois, para Ipatinga, onde foi diagnosticado com febre amarela. “No s�bado, ele amanheceu com febre de 39 graus e dores nas pernas. N�o quis ir ao m�dico, mas no domingo j� n�o aguentava mais e o levamos ao PAM (Pronto-Atendimento). Os m�dicos faziam e faziam exames, n�o diziam nada. Ent�o, levamos pra Ipatinga. Foi l� que confirmaram que era a febre, mas disseram tamb�m que ele podia morrer a qualquer momento”, conta a esposa dele, a lavradora Luana Jurema da Silva Gon�alves, de 34.

“At� no �ltimo momento achei que ele ia conseguir, era forte, nunca tinha ficado doente. Pensava muito nele e no nosso filho, Gustavo Adriano, que tem 8 anos, como a gente faria sem ele. N�o me despedi dele vivo, porque acreditei (que ele viveria) at� quando estivemos juntos”, afirma a vi�va. O filho do casal anda de bicicleta triste pelas estradas de terra, sem falar muito no assunto. “O menino era grudado no pai. Desde que nasceu, o pai fazia tudo por ele, dava banho, comida, trazia brinquedo, ensinava a soltar pipa e a andar de bicicleta. Ele est� sem ch�o, s� chora”, conta a tia do garoto, Ivanete.

Ang�stia “N�o entendo por que ficaram cozinhando meu irm�o tanto tempo, por que n�o transferiram ele do PAM para um hospital melhor. Ningu�m estava falando ainda de vacina. Depois que ele morreu � que come�ou (a se falar). E todo mundo numa ang�stia danada, porque s� depois de 10 dias � que faz efeito. Nossa m�e, a gente fica desorientada, sem saber se est� picada ou se nossos filhos v�o ser”, desabafa a irm�, Ivanete.

Com pouco mais de 8 mil habitantes, a pequena Piedade de Caratinga n�o figura entre os munic�pios que registraram numerosos casos de �bitos e doentes de febre amarela, mas a movimenta��o f�nebre no munic�pio � grande. Foram duas mortes e cinco casos confirmados at� a �ltima sexta-feira, mas o cemit�rio local j� recebeu pelo menos sete mortos que podem ser doentes de febre amarela, ainda investigados.

Como o surto de febre tem se alastrado pelos lugares mais ermos dos munic�pios, acaba que o cemit�rio da cidade se tornou uma refer�ncia para comunidades de outros munic�pios pela sua proximidade. “Nos dias em que temos enterros, o pessoal vem todo, sai dos povoados e enterra s� no cemit�rio. Todo mundo triste e � gente que quase ningu�m aqui conhece porque s�o de povoados da regi�o, de outros munic�pios, tem do C�rrego do Manduca, do C�rrego do Firmino, C�rrego do Ouro, do munic�pio de Imb�, v�m porque aqui � mais perto”, conta o coveiro J�lio Marques.


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