Minas bate, novamente, recorde nacional de mortes pela febre amarela

Apesar da avalia��o otimista das autoridades de sa�de, que acreditam numa estabiliza��o do surto de febre amarela por causa da queda no n�mero de interna��es e da redu��o de novos registros da doen�a em Minas Gerais, a quantidade de notifica��es e de mortes continua subindo. O estado bateu, mais uma vez, recorde nacional dos �bitos provocados pela enfermidade desde 1980, �ltimo dado dispon�vel no Minist�rio da Sa�de. Em 2000, 40 pessoas morreram durante surto no pa�s. Agora, j� s�o 59 em Minas, de acordo com o boletim epidemiol�gico divulgado ontem pela Secretaria de Estado de Sa�de (SES) – quatro a mais na compara��o com o relat�rio publicado no fim da semana passada. H� ainda 138 mortes notificadas.

Os casos notificados aumentaram em 19, passando de 843 para 862. Mais 15 registros foram confirmados, pulando de 152 para 167. N�o mudou a quantidade de casos que foram descartados, permanecendo os mesmos 54. Mais uma cidade entrou na lista de munic�pios afetados pela febre amarela: Reduto, nas redondezas de Manhumirim, na Zona da Mata. Agora, s�o 67 cidades com casos suspeitos da doen�a. Mas a secretaria garantiu que os casos continuam circunscritos � regi�o do surto, n�o tendo se alastrado para outras �reas.

A SES informou, por meio de nota, que estabiliza��o significa que o comportamento dos dados referentes aos casos mostra que n�o h� novos registros com in�cio de sintomas em per�odos mais recentes. Apesar de haver novos registros de um boletim para outro, eles se referem a per�odos anteriores.  A secretaria ressaltou que a atualiza��o n�o reflete o aumento no n�mero de casos apenas nos �ltimos dias e que a maioria daqueles ainda considerados suspeitos teve in�cio dos sintomas na segunda semana do ano (entre 8 e 14 de janeiro). A maioria das v�timas � formada por homens (84,7%), com idade m�dia de 44 anos.

Como mostrou o Estado de Minas anteontem, somente em janeiro, 570 pessoas foram internadas, com sintomas de febre amarela silvestre em hospitais da �rea afetada pela doen�a em Minas (m�dia de 18,3 interna��es por dia). Neste m�s, houve queda significativa nas solicita��es de interna��o por febre hemorr�gica e febre amarela – m�dia de dois pacientes por dia. Por isso, a secretaria acredita que o surto caminha para a estabiliza��o. A subsecret�ria de Pol�ticas e A��es de Sa�de, Maria Turci, informou que desde 31 de janeiro o Hospital Eduardo de Menezes (em BH) n�o recebe paciente novo.

Outro indicador apontado pelo governo � o quadro de notifica��es. Os �ltimos dados coletados junto aos munic�pios apontam para redu��o de novos registros da enfermidade. O subsecret�rio de Vigil�ncia e Promo��o � Sa�de, Rodrigo Said, afirmou que todos os dados t�m apontado que o pico de transmiss�o da doen�a ocorreu entre a segunda e a terceira semanas de 2017.