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Estado de Minas

�rvores de BH apresentam riscos que v�o al�m do besouro met�lico

Galhos a ponto de cair de coqueiros e palmeiras multiplicam amea�as ocultas nas ruas da capital, onde esp�cimes est�o infestados por insetos


postado em 09/02/2017 06:00 / atualizado em 09/02/2017 07:27

Galho seco de palmeira pesando mais de cinco quilos caiu na Avenida Brasil e por pouco não não atingiu carros que passavam pela via(foto: Beto Novaes/EM/D.A PRESS)
Galho seco de palmeira pesando mais de cinco quilos caiu na Avenida Brasil e por pouco n�o n�o atingiu carros que passavam pela via (foto: Beto Novaes/EM/D.A PRESS)
Besouros gigantes met�licos e moscas-brancas-dos-f�cus n�o s�o as �nicas amea�as trazidas pelas �rvores espalhadas pela capital mineira e que precisam de podas preventivas. Galhos pesados e ressecados, dependurados nas copas e amea�ando cair, se espalham por v�rias ruas e avenidas, trazendo riscos para quem passa sob eles.

Foi o que constatou a reportagem do Estado de Minas ao circular pela regi�o dos hospitais e Centro-Sul, onde h� pelo menos cinco vias de grande fluxo com esses perigos. As esp�cies que mais apresentaram amea�as vis�veis de despencar s�o as palmeiras e coqueiros, que chegam a ter galhos com mais de cinco quilos e podem provocar ferimentos graves em pessoas atingidas e at� causar acidentes de tr�nsito se desabarem sobre carros e motocicletas.

Ontem, foi cortada na Rua dos Otoni, na regi�o hospitalar, uma das 50 �rvores infestadas pelo besouro met�lico e que estava no caminho dos blocos de carnaval. Todas essas �rvores s�o das esp�cies munguba e paineira e est�o na Regi�o Centro-Sul de BH, segundo a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH).


A via que mais amea�as de quedas de galhos apresentou foi a Avenida Brasil, entre a Rua Bernardo Guimar�es e a Pra�a da Liberdade, no Bairro Funcion�rios, na Regi�o Centro-Sul, onde 12 palmeiras imperiais tinham galhos com folhas ressecadas e j� dependuradas podendo cair. Algumas das �rvores est�o suspensas a mais de 35 metros de altura, o que amplia o potencial de estrago em caso de quedas, seja por chuvas, ventanias ou causas naturais.

No sentido Pra�a da Liberdade, um galho ressecado de cinco metros de comprimento foi retirado de dentro da via e acomodado na grama do canteiro central depois de ter ca�do sem a ajuda da chuva. Uma balan�a de precis�o mostrou o n�vel de perigo que esse desprendimento traz, apontando que o galho pesa 5,310 quilos.
A queda de galhos das palmeiras imperiais � frequente, sem precisar de tempestades ou de ventanias, afirma o porteiro de um edif�cio que fica dentro desse trecho, �der Batista dos Santos, de 32. “� muito perigoso, porque os galhos caem de muito alto e podem at� matar algu�m. Quando batem nos carros estacionados ou passando, at� amassam a lataria. Um motoqueiro pode ser derrubado”, conta. H� poucos meses, recorda, um casal que atravessava a Avenida Brasil quase foi atingido por um grande galho em queda. “Caiu a meio metro dos dois. Eles tomaram um susto danado quando escutaram o barulho do galho batendo no ch�o. Foi por muito pouco, Deus � que ajudou. Acho que tinha de ter uma poda sempre que se avistar galhos podres ou secos como esses”, disse.

O engenheiro Igor Alvarenga, de 32, trabalha perto da avenida e a cruza sempre no trajeto entre o estacionamento e a empresa. Ele ainda n�o tinha atentado para o perigo que corria, at� ver de perto o galho de mais de cinco quilos ca�do � sua frente. “Deveria ter um monitoramento muito rigoroso desses galhos. E n�o s�o s� os galhos secos que trazem perigo, a gente v� que as �rvores muitas vezes est�o com ra�zes e troncos em mau estado e que precisariam ser mais bem cuidadas”, afirma. Na mesma avenida, na altura da Rua Francisco Sales, nos Hospitais, os galhos ressecados de duas palmeiras amea�am cair sobre pedestres, perto da Rua dos Otoni, e sobre os carros estacionados, do outro lado da via.

Ramos da mesma espécie ameaçam cair na Avenida Afonso Pena, onde trânsito de pedestres é intenso(foto: Beto Novaes/EM/D.A PRESS)
Ramos da mesma esp�cie amea�am cair na Avenida Afonso Pena, onde tr�nsito de pedestres � intenso (foto: Beto Novaes/EM/D.A PRESS)


Locais com grande fluxo de pedestres e carros tamb�m apresentam o risco de queda de galhos enfraquecidos. Bem na frente do Pal�cio das Artes, na Avenida Afonso Pena, no Hipercentro, tr�s galhos ressecados de um coqueiro balan�am com a ventania, dependurados por uma fina tira vegetal, amea�ando a cal�ada pr�xima ao acesso do edif�cio. Na Rua Tom� de Souza, pr�ximo ao n�mero 600, tr�s coqueiros com galhos grandes e ressecados e uma �rvore cujos ramos pesados est�o sustentados apenas pela fia��o el�trica, se pronunciam sobre um ponto de �nibus que chega a concentrar na hora do rush filas de at� tr�s �nibus da linha 3050, para o Barreiro.

De acordo com a urbanista da Secretaria Municipal de Meio Ambiente M�rcia Mour�o Parreira Vital, o principal fator para derrubada de �rvores e galhos � a chuva e o vento, respondendo por 90% dos casos. “Mesmo �rvores saud�veis podem cair, porque o tronco mais maci�o tem uma resist�ncia maior e por isso se rompe”, afirma. Os outros 10% de quedas s�o provocados por colis�o de ve�culos e fragiliza��o das �rvores por idade avan�ada, doen�as e causas n�o identificadas. “Muitas vezes temos de remover o que caiu rapidamente para desobstruir uma via e a investiga��o sobre a causa fica prejudicada”.

Por meio da Regional Centro-Sul, a PBH informou ontem que equipes da Ger�ncia de Jardins v�o realizar, ainda esta semana, vistoria para avaliar as �rvores que estejam nas condi��es apontadas pela reportagem e planejar a execu��o de a��es necess�rias para garantir a seguran�a nas vias.


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