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Estado de Minas

Mortes de macacos em BH, Contagem e Betim indicam refor�o de vacina contra febre amarela

Morte de macacos infectados pela doen�a confirma circula��o do v�rus na capital, Betim, Contagem, al�m de outras �reas onde n�o havia sido detectado e indica necessidade de refor�o vacinal


postado em 10/02/2017 06:00 / atualizado em 10/02/2017 08:15

Combate ao Aedes aegypti em BH: a chegada da febre amarela a cidades infestadas pelo mosquito preocupa, já que ele também é potencial transmissor da doença(foto: Edésio Ferreira/EM/DA Press)
Combate ao Aedes aegypti em BH: a chegada da febre amarela a cidades infestadas pelo mosquito preocupa, j� que ele tamb�m � potencial transmissor da doen�a (foto: Ed�sio Ferreira/EM/DA Press)

A morte de macacos contaminados pela febre amarela na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) alerta para a circula��o do v�rus da doen�a na capital e cidades vizinhas e a necessidade de refor�o vacinal na regi�o. A Secretaria de Estado da Sa�de de Minas Gerais (SES-MG) confirmou ontem resultados positivos para a doen�a em animais que morreram em Belo Horizonte, Betim e Contagem. Tamb�m atestou mais duas mortes no estado de pessoas infectadas pela doen�a, o que soma 68 �bitos, dos 195 casos confirmados de um total de 954 notifica��es da febre.

Al�m da constata��o de macacos infectados na Grande BH, a SES confirma a contamina��o de primatas em Bocaiuva (regional de sa�de de Montes Claros, Norte de Minas), Po�os de Caldas (regional de Pouso Alegre, no Sul), Curvelo (regional de Sete Lagoas, Regi�o Central) e Japara�ba (regional de Divin�polis, Centro-Oeste). De acordo com o comunicado, apesar da presen�a de circula��o do v�rus da febre amarela em macacos, n�o h� ainda notifica��o de casos de febre amarela em humanos nesses locais.

O infectologista Carlos Starling, diretor da Sociedade Mineira de Infectologia, destaca que as mortes de macacos, mesmo n�o sendo os �nicos animais reservat�rios do v�rus, � um importante indicador para a vigil�ncia da febre amarela, pois os primatas adoecem primeiro e fornec’em informa��es valiosas sobre a circula��o do v�rus. “A partir do local de detec��o da mortandade deles, ser� necess�rio realizar, de dentro para fora, o bloqueio vacinal crescente”, destaca.

(foto: Arte EM)
(foto: Arte EM)
Starling descarta vacina��o em massa, indistinta, j� que a imuniza��o deve obedecer crit�rios priorit�rios. “Apesar da orienta��o da Organiza��o Mundial de Sa�de (OMS) de refor�o vacinal num raio de 50 quil�metros a partir de onde foram identificadas mortes de macacos, h� uma limita��o log�stica, tendo em vista a disponibilidade da vacina. O bloqueio imunol�gico deve, ent�o, se iniciar nas �reas de matas em que houve a constata��o das mortes, num raio de dois quil�metros, quatro e assim at� onde poss�vel, uma vez que os vetores da febre amarela silvestre, os mosquitos Haemagogus e Sabethes, est�o nas copas das �rvores”, aponta. O infectologista v� no bloqueio vacinal em �rea de mata o caminho para evitar que o Aedes aegypti, que tem compet�ncia para transmitir a doen�a, n�o venha a se tornar um vetor da febre amarela nas �reas urbanas.

Embora at� o momento a febre amarela no estado seja do tipo silvestre, o Aedes – transmissor da dengue, zika e chikungunya (veja quadro) – � capaz de agir como vetor dessa doen�a, levando o v�rus de humanos para humanos em ambientes urbanos. Apesar de n�o haver nenhum caso de febre amarela transmitida pelo Aedes desde 1942, o crescimento da doen�a num momento em que o estado est� infestado por esse mosquito preocupa. “H� vetor suficiente para passar qualquer doen�a – dengue, chikungunya, zika e febre amarela. Por isso, � bom refor�ar a aten��o”, disse ontem o infectologista Dirceu Grecco, ao analisar o avan�o da chikungunya no estado, que somente nos 37 primeiros dias do ano j� registra 59,3% do total de casos prov�veis do ano passado inteiro.

Segundo a SES, as a��es de preven��o e combate � febre amarela est�o sendo realizadas de forma oportuna e conjunta com o Minist�rio da Sa�de, Secretaria Estadual de Sa�de e Secretarias Municipais de Sa�de dos munic�pios afetados. A secretaria destaca que a vacina��o estar� dispon�vel conforme estrat�gias pr�-definidas para a popula��o que pode receber a vacina, o que inclui  avalia��o da equipe de sa�de e do cart�o de vacina��o).

No comunicado, a secretaria destaca que os macacos n�o transmitem a febre amarela para o homem. “Eles s�o indicadores importantes para vigil�ncia da febre amarela”, ressalta. A notifica��o da morte ou mesmo de macacos doentes pode ser realizada por qualquer pessoa, e deve ser feita o mais breve poss�vel para Secretaria Municipal de Sa�de (SMS) para que as devidas provid�ncias possam ser tomadas a contento, completa.
(foto: Arte EM)
(foto: Arte EM)


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