
Ela afirma que o investimento na reestrutura��o da assist�ncia obst�trica tem em vista a seguran�a da mulher. Segundo ela, as complica��es devem ser atendidas de forma emergencial para que a sa�de da m�e e a do rec�m-nascido n�o fiquem comprometidas. “Em obstetr�cia, as emerg�ncias demoram a ocorrer, mas quando ocorrem, temos um tempo muito curto para atend�-las”, diz. Entre outros procedimentos de seguran�a, a Rede criou o C�digo Rosa, uma iniciativa pioneira de socorro r�pido para emerg�ncia obst�trica que coloque em risco a sa�de da mulher ou do feto. Acionado o C�digo Rosa, s�o cinco minutos para a paciente estar dentro do bloco obst�trico e assistida n�o s� pelo obstetra mas tamb�m por neonatologista, anestesiologista, em casos de risco de vida materno ou fetal. As equipes de suporte como as Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (Utin) e adulta tamb�m d�o a retaguarda necess�ria.
Segundo a m�dica, o hospital nasceu em 1980 com a filosofia de trazer o m�ximo poss�vel do ambiente familiar, sem abrir m�o da seguran�a que a estrutura hospitalar oferece. “Desde o in�cio, estimulamos que algu�m de confian�a da futura m�e acompanhasse o parto e estivesse dentro da sala. Nos idos dos anos 2000, ampliamos o bloco e o conforto para a m�e, com as salas de pr�-parto, abrindo ainda mais a participa��o da fam�lia junto da mulher. Em 2004, preocupados com o n�mero de cesarianas, pedimos o corpo cl�nico para medir sistematicamente a taxa de partos normais e ces�reas e colocamos isso dentro da governan�a cl�nica, para avaliar o motivo de tantas cirurgias”, conta.
Em 2014, o Mater Dei aderiu ao projeto Parto Adequado. Idealizado pela Ag�ncia Nacional de Sa�de Suplementar (ANS), o Hospital Israelita Albert Einstein e o Institute for Healthcare Improvement (IHI), ele foi implantado com o objetivo de diminuir o n�mero de ces�reas sem indica��o m�dica e aumentar a taxa de parto normal. Cerca de 40 maternidades (sendo quatro p�blicas e o restante privadas) e 30 operadoras de todo o pa�s integram o programa.
De acordo com a ANS, a taxa de partos vaginais nos 26 hospitais que fizeram parte do grupo piloto, ou seja, que participaram de todas as estrat�gias adotadas, cresceu em m�dia 76% (16 pontos percentuais), saindo de 21% em 2014 para 37% ao final do projeto, em 2016. Se considerados todos os 35 hospitais que participaram da iniciativa, o crescimento m�dio foi de 43% ( mais de 10 pontos percentuais), passando de 23,8% para 34%. Em 18 meses, mais de 10 mil ces�reas sem indica��o cl�nica foram evitadas.
Refer�ncia na �rea
O Mater Dei ganhou o pr�mio de destaque nacional como o hospital com o maior �ndice de partos normais (52,5%). Por causa dos resultados e da estrutura dos servi�os hospitalares, foi convidado a se tornar um “hospital hub”. Ele vai capacitar outras unidades de sa�de do pa�s para terem os mesmos protocolos e as mesmas ordens. A equipe do Parto Adequado do Mater Dei � composta exclusivamente por m�dicos especialistas nessa �rea, que passam por programas de treinamento e atualiza��o cient�fica em assist�ncia obst�trica. S�o 33 m�dicos que fazem 60% dos partos do hospital, atuando ainda com cria��o de protocolos, estabelecimento de metas e capacita��es.