O acidente de tr�nsito, na madrugada de 1º de fevereiro de 2008, teve grande repercuss�o. A v�tima, que tinha 59 anos de idade, dirigia o carro para ir ao trabalho. O comerciante era dono de uma loja na Ceasa Minas, em Contagem. J� Fernando, hoje com 32, voltava de uma balada e se recusou a fazer o exame do etil�metro. Os dois carros bateram de frente depois de o jovem invadir a contram�o.
Segundo a den�ncia apresentada pelo promotor Francisco de Assis Santiago, Gustavo estava em um motel na BR-356, no Bairro Olhos D'�gua, na Regi�o do Barreiro, aparentemente com um grupo com mulheres. Eles teriam alugado duas su�tes e, por volta das 4h, deixaram o estabelecimento. O rapaz ainda passou pelo Bairro Buritis, Oeste de BH, antes de acessar a Raja Gabaglia na contram�o. Dirigiu at� a altura da al�a de acesso � BR-356, onde acertou o carro de Fernando Paganelli.
� �poca, Gustavo se recusou a soprar o baf�metro, mas seu exame cl�nico apontou que ele tinha sinais de ter ingerido bebida alco�lica. Ele fugiu do local no momento do acidente, se apresentou no dia seguinte e foi preso por cerca de dois meses, mas acabou beneficiado por uma decis�o do Superior Tribunal de Justi�a (STJ) e desde ent�o aguardava o julgamento solto.
Uma verdadeira batalha judicial antecedeu a senten�a de ontem. Em 2009, Gustavo foi pronunciado por homic�dio simples, resultado que o obrigaria a passar pelo Tribunal do J�ri. A defesa recorreu ao Tribunal de Justi�a de Minas Gerais e conseguiu reverter a pron�ncia, levando o caso ao ju�zo comum. Por�m, o Minist�rio P�blico foi ao STJ, que entendeu que houve crime contra a vida e reformou a decis�o, mandando Gustavo de volta ao Tribunal do J�ri. A decis�o foi acompanhada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em mais um recurso, dessa vez da defesa.
O autor, hoje pai de uma crian�a de um m�s, mora em Divin�polis. A fam�lia da v�tima, que deixou dois filhos, � �poca de 15 e 13 anos, acompanhou o julgamento.
RB