
Ainda segundo a produtora, a sa�da da Pra�a da Liberdade sempre foi tradi��o e motivo de orgulho para o grupo, pelo valor do espa�o para a cidade. “Mas, infelizmente, tivemos que abrir m�o para conseguir oferecer �s pessoas um espet�culo mais bonito, mais completo. O trio j� estava sendo negociado e v�nhamos avisando � prefeitura, que faria a poda das �rvores. Mas quando chegaram as dimens�es do ve�culo, vimos que n�o seria poss�vel manter o trajeto, porque seriam necess�rias outras provid�ncias. Acredito que a cidade est� aprendendo a fazer carnaval. N�o s� as autoridades, mas tamb�m os blocos, porque essa cultura aqui ainda � muito nova”, afirma.
Ap�s essa avalia��o, o grupo tra�ou, em conjunto com a Belotur, Corpo de Bombeiros e outros �rg�os, o novo percurso, que tem concentra��o �s 9h, na Avenida Afonso Pena, altura do n�mero 1.394, em frente ao Autom�vel Clube, no Centro. De l�, o grupo sai �s 10h e segue at� a Pra�a Sete, passa pela Avenida Amazonas e chega � Pra�a da Esta��o. “Fizemos uma nova reuni�o na noite de segunda, com outras propostas, inclusive para n�o ter impacto na �rea hospitalar, e vimos que essa foi a melhor op��o”, disse Polly Paix�o.
De dentro do que promete ser o maior carnaval da hist�ria de BH, quando a cidade deve reunir cerca de 2,4 milh�es de foli�es, e j� de olho no futuro da festa, a produtora acredita que a capital mineira tem um trabalho desafiador pela frente. “Todo ano temos que atuar com uma estimativa de crescimento, ver o que deu errado e preparar uma estrutura maior. A cidade tem poucas vias que atendem a essa necessidade. Acredito que no futuro vamos precisar inclusive de vias adaptadas em rela��o a fia��es, sem�foros e placas. A prefeitura vem trabalhando muito para melhorar a estrutura, mas esses s�o desafios pr�prios da dimens�o que o carnaval alcan�ou.”
J� a prefeitura garante que todo o planejamento est� tra�ado para a organiza��o do carnaval. De acordo com a Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte (Belotur), desde a �poca do credenciamento dos blocos todas as informa��es de trajeto, estimativa de p�blico e outras haviam sido repassadas, e toda a estrutura de fechamento de vias, seguran�a, instala��o de banheiros qu�micos, atendimento m�dico de urg�ncia, entre outros, foi planejada para cada bloco. Por meio de sua assessoria de imprensa, a empresa informou que parte dos blocos n�o quer que a divulga��o do trajeto seja feita com anteced�ncia, porque gostam de informar na v�spera. “Mas j� v�nhamos trabalhando com isso h� muito tempo e durante v�rias reuni�es. Esses percursos n�o chegam de surpresa”, informou o �rg�o.
Bota camisinha na sua fantasia
Um milh�o de preservativos e 60 mil cartilhas com orienta��es sobre preven��o de infec��es sexualmente transmiss�veis (ISTs) ser�o distribu�dos durante o Carnaval em Belo Horizonte. A a��o faz parte das estrat�gias de sa�de montadas pela prefeitura para atender � popula��o durante a festa. O que se busca, segundo o secret�rio municipal de Sa�de, Jackson Machado, � conscientizar os foli�es para o sexo seguro. Nesta semana, a distribui��o ser� nos restaurantes populares e no terminal rodovi�rio. Durante o carnaval, a mobiliza��o vai ocorrer em blocos e no desfile das escolas de samba.
De acordo com o secret�rio, de janeiro a setembro do ano passado, a capital registrou 550 novos casos de infec��o por HIV e cerca de 2.700 casos de s�filis. Atualmente, 10 mil pessoas est�o em tratamento de Aids na capital. Os exames para diagn�stico das duas infec��es e tamb�m das hepatites B e C podem ser feitos nos 150 centros de sa�de e tamb�m nos centros de Testagem e Aconselhamento (CTAs). O mais recente, inaugurado na Rua Caet�s, 528, no Centro, funciona de segunda a sexta-feira, das 8h �s 17h. Informa��es sobre os testes r�pidos, que ficam prontos em 35 minutos, podem ser obtidas pelo telefone (31) 3246-7007. A capital conta ainda com cinco servi�os especializados em infectologia (SAEs), pr�prios ou contratados, para o atendimento e acompanhamento de pessoas vivendo com HIV e outras ISTs.

Quarta-feira de brasas
Na quarta-feira anterior ao carnaval de 2016, com o tr�nsito fechado na Afonso Pena inicialmente apenas no sentido rodovi�ria, foram v�rios os carros e �nibus ilhados na pista contr�ria (foto), em meio � multid�o que tomou conta dos dois sentidos da via enquanto o Chama o S�ndico desfilava. A organiza��o do bloco disse ter sentido falta de uma a��o pr�via mais abrangente da BHTrans, mas tanto a empresa quanto a Belotur argumentaram que foi necess�rio agir em tempo real, diante do aumento do n�mero de pessoas que compareceram � festa. Inicialmente, a previs�o oficial era de que apenas um sentido da Afonso Pena seria suficiente para abrigar a multid�o, o que se revelou uma avalia��o equivocada. Policiais relataram tamb�m que se depararam v�rias vezes com pessoas que n�o sabiam como iriam embora ou onde passava determinada linha de �nibus.