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Estado de Minas

Sa�da de blocos de carnaval sem itiner�rio definido desafia tr�nsito e seguran�a em BH

Desfile de grande bloco em pleno hor�rio de pico, hoje, no Centro de BH, p�e � prova a organiza��o montada para o que promete ser o maior carnaval da hist�ria da cidade


postado em 22/02/2017 06:00 / atualizado em 23/02/2017 10:27

Bloco da prevenção entrou na avenida ontem para anunciar a distribuição de 1 milhão de preservativos nos desfiles e em pontos estratégicos da capital durante o carnaval(foto: Gladyston Rodrigues/EM/DA Press)
Bloco da preven��o entrou na avenida ontem para anunciar a distribui��o de 1 milh�o de preservativos nos desfiles e em pontos estrat�gicos da capital durante o carnaval (foto: Gladyston Rodrigues/EM/DA Press)
Belo Horizonte abre alas hoje � noite para o desfile dos grandes blocos de carnaval e se prepara para ver nos pr�ximos dias multid�es cruzando ruas e avenidas importantes da cidade. Mas o sinal verde come�a com um alerta: est� marcada para as 19h – hor�rio de pico – a concentra��o do bloco Chama o S�ndico, que promete reunir dezenas de milhares de pessoas em pleno cruzamento das avenidas Afonso Pena e Brasil, no Bairro Funcion�rios, Regi�o Centro-Sul da capital. O desfile, primeiro a expor problemas de organiza��o do tr�nsito �s v�speras do carnaval no ano passado, quando ve�culos ficaram ilhados por foli�es, ser� mais um teste para o que a cidade ter� pela frente neste ano. A aglomera��o vai colocar � prova o esquema operacional montado pela Prefeitura de BH e demais intitui��es envolvidas na retaguarda da festa. Apesar do esfor�o das autoridades em aprimorar a estrutura e condi��es de seguran�a, organizadores afirmam que a cidade ainda est� aprendendo a lidar com a quest�o. Exemplo disso � que ontem um dos maiores blocos da capital, o Baianas Ozadas, anunciou mudan�a no tradicional percurso feito h� quatro anos. Na pr�xima segunda-feira (27), n�o mais sair� da Pra�a da Liberdade, passando pela Avenida Jo�o Pinheiro, j� que o trajeto n�o comporta o deslocamento do trio el�trico contratado, com oito metros de altura.


Produtora do Baianas Ozadas, Polly Paix�o explica o motivo da mudan�a. Ela afirma que desde quando come�ou a divulga��o do carnaval, o grupo informou � prefeitura de que um trio muito grande seria contratado para o desfile. “Todos os anos a gente programa um trio imaginando um p�blico, que � sempre maior; depois, temos muitas reclama��es de pessoas que n�o ouviram a m�sica durante o desfile. Neste ano, vamos resolver esse problema com um trio el�trico enorme e com toda a banda tocando em cima dele. Mas a Avenida Jo�o Pinheiro n�o tem estrutura para ele passar. Seria necess�rio arrancar placas, fia��o e sem�foros, al�m de fazer a poda das �rvores”, disse.

Ainda segundo a produtora, a sa�da da Pra�a da Liberdade sempre foi tradi��o e motivo de orgulho para o grupo, pelo valor do espa�o para a cidade. “Mas, infelizmente, tivemos que abrir m�o para conseguir oferecer �s pessoas um espet�culo mais bonito, mais completo. O trio j� estava sendo negociado e v�nhamos avisando � prefeitura, que faria a poda das �rvores. Mas quando chegaram as dimens�es do ve�culo, vimos que n�o seria poss�vel manter o trajeto, porque seriam necess�rias outras provid�ncias. Acredito que a cidade est� aprendendo a fazer carnaval. N�o s� as autoridades, mas tamb�m os blocos, porque essa cultura aqui ainda � muito nova”, afirma.

Ap�s essa avalia��o, o grupo tra�ou, em conjunto com a Belotur, Corpo de Bombeiros e outros �rg�os, o novo percurso, que tem concentra��o �s 9h, na Avenida Afonso Pena, altura do n�mero 1.394, em frente ao Autom�vel Clube, no Centro. De l�, o grupo sai �s 10h e segue at� a Pra�a Sete, passa pela Avenida Amazonas e chega � Pra�a da Esta��o. “Fizemos uma nova reuni�o na noite de segunda, com outras propostas, inclusive para n�o ter impacto na �rea hospitalar, e vimos que essa foi a melhor op��o”, disse Polly Paix�o.

De dentro do que promete ser o maior carnaval da hist�ria de BH, quando a cidade deve reunir cerca de 2,4 milh�es de foli�es, e j� de olho no futuro da festa, a produtora acredita que a capital mineira tem um trabalho desafiador pela frente. “Todo ano temos que atuar com uma estimativa de crescimento, ver o que deu errado e preparar uma estrutura maior. A cidade tem poucas vias que atendem a essa necessidade. Acredito que no futuro vamos precisar inclusive de vias adaptadas em rela��o a fia��es, sem�foros e placas. A prefeitura vem trabalhando muito para melhorar a estrutura, mas esses s�o desafios pr�prios da dimens�o que o carnaval alcan�ou.”

J� a prefeitura garante que todo o planejamento est� tra�ado para a organiza��o do carnaval. De acordo com a Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte (Belotur), desde a �poca do credenciamento dos blocos todas as informa��es de trajeto, estimativa de p�blico e outras haviam sido repassadas, e toda a estrutura de fechamento de vias, seguran�a, instala��o de banheiros qu�micos, atendimento m�dico de urg�ncia, entre outros, foi planejada para cada bloco. Por meio de sua assessoria de imprensa, a empresa informou que parte dos blocos n�o quer que a divulga��o do trajeto seja feita com anteced�ncia, porque gostam de informar na v�spera. “Mas j� v�nhamos trabalhando com isso h� muito tempo e durante v�rias reuni�es. Esses percursos n�o chegam de surpresa”, informou o �rg�o.

Bota camisinha na sua fantasia


Um milh�o de preservativos e 60 mil cartilhas com orienta��es sobre preven��o de infec��es sexualmente transmiss�veis (ISTs) ser�o distribu�dos durante o Carnaval em Belo Horizonte. A a��o faz parte das estrat�gias de sa�de montadas pela prefeitura para atender � popula��o durante a festa. O que se busca, segundo o secret�rio municipal de Sa�de, Jackson Machado, � conscientizar os foli�es para o sexo seguro. Nesta semana, a distribui��o ser� nos restaurantes populares e no terminal rodovi�rio. Durante o carnaval, a mobiliza��o vai ocorrer em blocos e no desfile das escolas de samba.

De acordo com o secret�rio, de janeiro a setembro do ano passado, a capital registrou 550 novos casos de infec��o por HIV e cerca de 2.700 casos de s�filis. Atualmente, 10 mil pessoas est�o em tratamento de Aids na capital. Os exames para diagn�stico das duas infec��es e tamb�m das hepatites B e C podem ser feitos nos 150 centros de sa�de e tamb�m nos centros de Testagem e Aconselhamento (CTAs). O mais recente, inaugurado na Rua Caet�s, 528, no Centro, funciona de segunda a sexta-feira, das 8h �s 17h. Informa��es sobre os testes r�pidos, que ficam prontos em 35 minutos, podem ser obtidas pelo telefone (31) 3246-7007. A capital conta ainda com cinco servi�os especializados em infectologia (SAEs), pr�prios ou contratados, para o atendimento e acompanhamento de pessoas vivendo com HIV e outras ISTs.

(foto: Guilherme Paranaíba/EM/DA Press - 4/2/16)
(foto: Guilherme Parana�ba/EM/DA Press - 4/2/16)

Quarta-feira de brasas

 


Na quarta-feira anterior ao carnaval de 2016, com o tr�nsito fechado na Afonso Pena inicialmente apenas no sentido rodovi�ria, foram v�rios os carros e �nibus ilhados na pista contr�ria (foto), em meio � multid�o que tomou conta dos dois sentidos da via enquanto o Chama o S�ndico desfilava. A organiza��o do bloco disse ter sentido falta de uma a��o pr�via mais abrangente da BHTrans, mas tanto a empresa quanto a Belotur argumentaram que foi necess�rio agir em tempo real, diante do aumento do n�mero de pessoas que compareceram � festa. Inicialmente, a previs�o oficial era de que apenas um sentido da Afonso Pena seria suficiente para abrigar a multid�o, o que se revelou uma avalia��o equivocada. Policiais relataram tamb�m que se depararam v�rias vezes com pessoas que n�o sabiam como iriam embora ou onde passava determinada linha de �nibus.


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