
Segundo a empresa, a turbidez da �gua que est� chegando ao Gualaxo apresenta n�vel de 25,7 NTU, enquanto o limite m�ximo estipulado pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) � de 100 NTU. Na �poca do desastre, em novembro de 2015, essa taxa atingiu 12 mil NTU.
A Samarco garante que com tr�s estruturas mais robustas de conten��o, batizadas de Nova Santar�m, dique S3 e dique S4, consegue conter 8 milh�es de metros c�bicos de rejeitos, o que � o dobro do pior cen�rio de carreamento estipulado por uma consultoria internacional contratada pela empresa. Ainda permanecem na regi�o da trag�dia cerca de 13 milh�es de metros c�bicos de lama de min�rio.
Com essas medidas a mineradora acredita que re�ne as condi��es de seguran�a suficientes para evitar novos desastres na regi�o e, assim, retomar as opera��es no segundo semestre deste ano.Para que isso ocorra, o diretor de Opera��es da companhia, Rodrigo Vilela, diz que j� existe um processo de licenciamento tramitando nos �rg�os p�blicos com novo m�todo de deposi��o de rejeitos. “N�o usaremos mais barragens de rejeitos com t�cnicas de alteamento. Nossa inten��o � trabalhar com cavas de minera��o. A grande diferen�a � que queremos usar um espa�o totalmente confinado, com possibilidade perto de zero de haver qualquer rompimento. Esse � um processo defendido por especialistas”, afirma.

LICEN�AS Al�m desse procedimento, em processo de licenciamento na Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustent�vel (Semad), a empresa finaliza estudos referentes � corre��o de todas as licen�as que foram suspensas em 2016 a pedido do Minist�rio P�blico de Minas Gerais.
Uma das obras que mais geraram pol�mica dentro das interven��es previstas para conter os rejeitos foi a do dique S4, que significou o alagamento de parte do distrito de Bento Rodrigues. Por�m, a mineradora mostrou ontem � imprensa que n�o houve alagamento da �rea das ru�nas que ainda permaneceram vis�veis depois da passagem da avalanche de lama que deixou 19 mortos na trag�dia. "Esse dique foi projetado tendo como premissa a �rea do lago de forma a n�o impactar as ru�nas e estamos mostrando que de fato n�o houve esse impacto", afirma Eduardo Moreira, coordenador de constru��es da Samarco.
A mineradora informou que a inten��o � esvaziar o lago formado pelo dique S4 quando houver uma defini��o sobre o que ser� feito com o velho Bento Rodrigues. "N�s achamos que vai ser algo relativo ao memorial do distrito, mas isso depende de discuss�es com a comunidade e poder p�blico para ser confirmado", afirma Rodrigo
Vilela.
A �rea inundada corresponde aos lugares que j� tinham sido submersos pela lama. A partir do m�s que vem a Samarco come�ar� a medir os resultados do dique S4 do ponto de vista do armazenamento de rejeitos. Ele foi projetado para conseguir reter 1 milh�o de metros c�bicos e seu barramento tem oito metros de altura.
DAQUI PARA O FUTURO
Nas m�os do Copam
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustent�vel (Semad-MG), informou que a empresa trabalha para conseguir duas licen�as de forma concomitante. A primeira se refere ao Sistema de Disposi��o de Rejeitos da Cava Alegria Sul, e a segunda, sobre o licenciamento operacional para o complexo de Germano. Em ambos os casos, parecer t�cnico ser� submetido ao Conselho Estadual de Pol�tica Ambiental (Copam). Para ambos os casos, n�o haveria datas estabelecidas. Para o Minist�rio P�blico Estadual, as a��es preventivas t�m sido satisfat�rias, conforme auditoria externa contratada por meio de acordo judicial. O sinal verde para retomada de opera��es, por�m, estaria condicionado � apresenta��o “de forma clara, global e transparente”, do planejamento para recupera��o e “gest�o com total seguran�a” do complexo de Germano.