O feriado de carnaval em Belo Horizonte teve flagra de sujeira, al�m de morte e maus-tratos de animais na Lagoa da Pampulha. Na altura do n�mero 5.000 da orla, pr�ximo ao mirante Bem Te Vi, uma extensa camada de lixo se formou no espelho d’�gua. Havia garrafas PET, m�vel velho, televis�o, lata de tinta, isopor, entre outros res�duos. Em meio � �gua imunda, uma cena inusitada: duas capivaras mortas boiavam pr�ximo � margem. Al�m disso, uma gar�a suja e debilitada estava na grama, e passarinhos foram encontrados mortos.
O flagrante foi feito pela psic�loga Fabiane Coutinho Rocha, de 36 anos, e pelo marido dela, o empres�rio Kilder da Costa Ribeiro, de 40. Em caminhadas pela orla, foram observando o agravamento da sujeira. “Segunda e ter�a-feira foram os piores dias. Parece que uma barreira que ret�m o lixo se rompeu. A polui��o aumentou muito e a� foram aparecendo os animais mortos”, descreve Fabiane. Segundo ela, al�m da gar�a em situa��o cr�tica, havia passarinhos mortos. Ontem, foram as capivaras.
Para tentar ajudar a gar�a, a psic�loga conta que ela e o marido precisaram agir por conta pr�pria. “Ligamos para os Bombeiros, Pol�cia Militar Ambiental e at� o Ibama, mas n�o estava funcionando. Ent�o, a pr�pria PM do Meio Ambiente nos disse de uma cl�nica conveniada ao Ibama que recebe animais aqui em BH e levamos a gar�a, enrolada em um len�ol, porque n�o sab�amos nem mesmo como agir com ela”, disse.
Na avalia��o do casal, o epis�dio sugere descaso. “A impress�o � de que o investimento que a prefeitura anuncia estar fazendo na Pampulha � como se fosse dinheiro descendo pelo ralo, porque a situa��o nunca se resolve”, critica Fabiane.
A Prefeitura de Belo Horizonte informou que o lixo neste ponto da Lagoa da Pampulha foi retirado ontem (o excesso foi atribu�do ao carnaval e �s chuvas) e que hoje uma equipe da Superintend�ncia de Limpeza Urbana (SLU) vai fazer a remo��o das capivaras mortas, para que posteriormente a causa da morte seja apurada.