(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

V�ndalos roubam equipamentos de combate a inc�ndio e provocam eros�o na Serra do Curral

Sem as pe�as dos aspersores, vazamento de �gua gera rombo de seis metros de comprimento e dois de profundidade no solo


postado em 18/03/2017 06:00 / atualizado em 18/03/2017 07:41

Mineradora Vale afirma que, em algum tempo, o local da erosão voltará a ter um aspecto mais natural(foto: Túlio Santos/EM/D.A Press)
Mineradora Vale afirma que, em algum tempo, o local da eros�o voltar� a ter um aspecto mais natural (foto: T�lio Santos/EM/D.A Press)
A a��o de v�ndalos em um dos cart�es-postais de Belo Horizonte deixou marcas que v�o levar tempo para serem amenizadas. O roubo de pe�as e canaliza��es hidr�ulicas dos aspersores de combate e preven��o a inc�ndios no alto da Serra do Curral, ocorrido em setembro do ano passado, fez com que um consider�vel volume de �gua vazasse da crista da forma��o natural, acima dos mil metros de altitude, abrindo uma grande eros�o na face norte da montanha, de frente para a Pra�a do Papa. No in�cio do m�s passado, uma obra para a conten��o e a estabiliza��o desses danos precisou ser feita pela mineradora Vale, operadora do sistema hidr�ulico e propriet�ria da minera��o que existe no local, na parte voltada para Nova Lima, na Grande BH. O resultado foi uma estrutura de metal e concreto tampando a vegeta��o de campos rupestres e forma��es rochosas que foram eleitas s�mbolo de Belo Horizonte, em 1997. Detritos carreados de dentro desse buraco escavado pela �gua se espalharam pela vegeta��o da encosta. A pr�pria empresa admitiu que os estragos na paisagem tombada pelo patrim�nio municipal n�o ser�o totalmente recuperados. Por meio de nota informou que com o tempo “o local voltar� a ter um aspecto mais natural”.

O local onde ocorreu o vazamento devido ao roubo das pe�as hidr�ulicas fica fora da �rea de visita��o e, por isso, n�o pode ser visto do alto. A for�a da �gua escavou um rombo de cerca de seis metros de comprimento e pelo menos dois metros de profundidade no solo de filito, argila e pedras. Para impedir a progress�o desse rombo foi necess�ria uma interven��o. Segundo nota da mineradora Vale, “no local afetado foi colocada uma tela met�lica e uma biomanta – tela de fibras vegetais composta de palha ou fibra de coco (ou ambas) costurada numa arma��o de polipropileno de alta resist�ncia mec�nica e aos raios UV, de alta durabilidade –, presas com tirantes (esp�cie de estacas) � rocha. O objetivo � impedir que o processo de eros�o se amplie, mesmo com causas naturais, como a chuva”. O Parque da Serra do Curral est� fechado � visita��o desde 23 de fevereiro devido ao surto de febre amarela e ainda n�o tem data para ser reaberto. O local onde ocorreu a eros�o tamb�m n�o pode ser acessado pela popula��o desde 2015, devido � necessidade de readequa��o da trilha e do encontro de uma esp�cie de cacto raro amea�ado de extin��o e que precisar� ser alvo de manejo especializado.

Mancha
Se do alto n�o � poss�vel ver essa interven��o, quem est� aos p�s da Serra do Curral enxerga perfeitamente a estrutura met�lica presa �s rochas escuras. Abaixo dessa arma��o, os detritos que escorreram do topo da montanha mancharam a vegeta��o de marrom num rastro de cerca de 30 metros. De acordo com Ivan Libanio Vianna, rela��es institucionais da Associa��o Brasileira de Mec�nica dos Solos (ABMS), essa estrutura de telas grampeadas em rocha s�o normalmente usadas para conter blocos de rocha que possam se desprender. “H� uma eros�o com evid�ncia de carreamento de materiais, mas n�o d� para ver se h� ou n�o risco de estabilidade do maci�o. � um processo que vem sendo aprimorado e cada vez mais usado, em virtude de telas com maior resist�ncia e de custo inferior a uma conten��o convencional de concreto”, disse.

A mineradora garante que n�o h� riscos de acidentes. “A Vale, por�m, manter� a �rea monitorada para fazer avalia��es peri�dicas da situa��o. N�o h� outros pontos de eros�o e n�o foi detectado risco a terceiros no ponto que j� foi corrigido”, informou a nota. A pr�pria estrutura instalada permitir� uma reconstitui��o de parte da paisagem. “A biomanta e a hidrossemeadura feita no local (lan�amento de sementes de esp�cies naturais da cumeeira da Serra do Curral misturadas a fertilizantes e outros componentes) v�o ajudar a recuperar a vegeta��o no ponto e ajudar a esconder a tela met�lica. Ou seja, em algum tempo o local voltar� a ter um aspecto mais natural. Os procedimentos executados devem evitar a necessidade de novas interven��es no futuro”.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)