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Estado de Minas

Belo Horizonte ainda tem 244 dep�sitos ilegais de lixo e entulho

Nem a imposi��o de multas de at� R$ 5,4 mil conseguiu conter os bota-foras clandestinos em BH, uma montanha de lixo de 398,2 mil toneladas coletada pela SLU desde 2014 pela cidade


postado em 30/03/2017 06:00 / atualizado em 30/03/2017 07:42

Carroceiros despejam rejeitos de construção em via pública, criando um novo bota-fora(foto: Leandro Couri/EM/DA Press)
Carroceiros despejam rejeitos de constru��o em via p�blica, criando um novo bota-fora (foto: Leandro Couri/EM/DA Press)
Dois homens chegaram � marginal da Avenida dos Andradas, por volta das 14h30 de ontem, numa carro�a abarrotada com entulhos. Pegaram uma p� e, sem se incomodar com a presen�a de pedestres e ve�culos naquele ponto do Bairro Caetano Furquim, despejaram sobras de materiais de constru��o sobre a cal�ada. Nascia, naquele momento, mais um bota-fora em Belo Horizonte. Desafio antigo e dif�cil de ser combatido, as chamadas deposi��es clandestinas geram estat�sticas alarmantes na capital.


A Superintend�ncia de Limpeza Urbana (SLU) contabiliza a coleta de 398,2 mil toneladas de entulhos entre janeiro de 2014 e fevereiro de 2017. Em toda a cidade, de acordo com o mesmo levantamento, h� 244 bota-foras. J� a Secretaria Municipal Adjunta de Fiscaliza��o (Smafis) emitiu, em 2016, 738 notifica��es (advert�ncias) e 68 multas.

As penalidades est�o previstas na Lei 10.534, de 2012, e imp�em ao infrator multas com valores entre R$ 180,19 (n�o acondicionar o res�duo corretamente ou coloc�-lo para coleta em hor�rio diferente do determinado pela SLU) a R$ 5.405,89 (despejar res�duos de constru��o civil em lotes vagos ou encostas). A Smafis informou que 70% dos notificados e 56% dos autuados s�o pessoas f�sicas.

Em nota, a secretaria acrescentou ainda que “aproximadamente 29% das multas foram emitidas com o valor m�nimo (R$ 180,19) e outros 29%, com o m�ximo (R$ 5.405,89)”. “A maioria das infra��es foi registrada nas regi�es de Venda Nova, Noroeste e Nordeste de Belo Horizonte”, informou a secretaria, sem detalhar o n�mero absoluto atribu�do a cada regional.

Muita gente, contudo, desafia as regras que tentam assegurar a boa conviv�ncia entre os moradores. H� at� quem ridicularize a lei, como conta seu Jo�o, morador do Bairro Vera Cruz, na Regi�o Leste.

“Havia uma placa na Rua Itagu�, onde est� aquele monte de porcaria, que dizia mais ou menos assim: ‘Ponto limpo. Proibido jogar lixo’. Um pessoal n�o quis nem saber e a jogou no ch�o. Quanto mais o caminh�o com os garis recolhe a sujeira, mais o povo joga lixo na esquina. Nosso bairro fica feio”, indignou-se.

Sobras de construção, alimentos, galhos, utensílios domésticos, tudo se mistura no lixo deixado nas ruas Pitangui e Itaguá(foto: Leandro Couri/EM/DA Press)
Sobras de constru��o, alimentos, galhos, utens�lios dom�sticos, tudo se mistura no lixo deixado nas ruas Pitangui e Itagu� (foto: Leandro Couri/EM/DA Press)
O bota-fora na Itagu� tem de quase tudo um pouco: resto de material de constru��o, sacos com sobras de alimentos, galhos, caixas de papel�o, peda�os de madeira etc. A situa��o n�o � muito diferente da que ocorre na Rua Pitangui, quase esquina com a Avenida Silviano Brand�o, no Bairro Horto. O local � um tradicional ponto de deposi��es clandestinas.

Os caminh�es da SLU recolhem boa quantidade de entulhos toda semana, mas � dif�cil encontrar o local limpo. Por causa da quantidade de lixo, pedestres precisam caminhar no asfalto, disputando espa�o com ve�culos. Quem mora no quarteir�o reclama do cheiro. E do perigo de doen�a, pois o bota-fora pode atrair animais pe�onhentos.

“Todo mundo sabe disso. A prefeitura vem aqui e limpa o lugar. No dia seguinte, tudo volta como estava”, reclama uma mulher que reside na Pitangui e lamenta a falta de educa��o de vizinhos e carroceiros. “Afinal, pr�ximo daqui, h� um lugar que recebe entulhos de carroceiros. N�o precisava jogar o lixo aqui. O cheiro � forte. E h� risco de doen�as, pois o entulho pode servir de criat�rio para o mosquito Aedes, transmissor da dengue”.

Os dois carroceiros que despejaram sobras de materiais de constru��o na marginal da Andradas, na tarde de ontem, poderiam ter levado o entulho para o local citado pela moradora. Mas optaram por criar mais um bota-fora, �s margens do Ribeir�o Arrudas, o leito j� morto pela quantidade de esgoto e lixo despejado por moradores da capital e Contagem.

Mas aten��o ao lixo dom�stico colocado em lugar onde h� coleta da SLU. Se depositado em dias, hor�rios e locais indevidos, � pass�vel de notifica��o e multa. “� necess�rio que a popula��o respeite o cronograma de coleta para cada regi�o e colabore para uma cidade mais limpa e organizada”, informou a Smafis.


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