
Na tarde de ontem, em casa, Le�nidas disse que se preocupa com a condu��o dos projetos iniciados na sua gest�o. E se queixa da falta de verba para levar adiante as a��es nas �reas de teatro, dan�a, m�sica, artes pl�sticas, festivais e outras atividades. “N�o temos um or�amento espec�fico na funda��o para a gest�o dos projetos. Faltam equipamentos, faltam recursos. A cultura est� presente em tudo, � o eixo transversal de todas as pol�ticas de um munic�pio”, afirma. Ele lembra que est� uma “quebradeira geral” e sempre h� o temor de corte de pessoal e fechamento de equipamentos culturais na cidade.
Nesse aspecto, Le�nidas adianta que um dos problemas s�rios no �mbito da FMC, que, nos planos de Kalil, dever� voltar a ser Secretaria Municipal de Cultura, vai ser resolvido nesta semana: “O prefeito garantiu que ser�o nomeados os gerentes de 17 centros culturais de Belo Horizonte”. Se esse setor vai ser solucionado, h� outros, acrescenta, que est�o sem gestores. Entre eles, a Casa Kubitschek, na Pampulha, teatros municipais, como o Mar�lia, Francisco Nunes e Raul Bel�m Machado, no Bairro Al�pio de Melo, e a �rea de patrim�nio hist�rico. “A expectativa � de que os postos sejam preenchidos com a reforma administrativa enviada para a C�mara Municipal”, disse.
BATUTA Mineiro de S�o Gotardo, na Regi�o Centro-Oeste, Le�nidas ocupou dois cargos de dire��o durante as duas gest�es do ex-prefeito Marcio Lacerda: esteve � frente do Museu Hist�rico Ab�lio Barreto (MHAB), de 2009 a 2012, e da FMC, de 2012 a 2016, sendo dos poucos mantidos no cargo por Alexandre Kalil. “Dei meu sangue, agora tenho que passar a batuta”, resume Le�nidas sobre sua atua��o na funda��o por quase cinco anos. No processo de transi��o de 15 dias, ter� participa��o importante o diretor de Planejamento da FMC, Murilo J�nio.
Entre as principais realiza��es na sua gest�o, Le�nidas destaca a conquista, pelo conjunto moderno da Pampulha, do t�tulo Patrim�nio Cultural da Humanidade concedido pela Organiza��o das Na��es Unidas para a Educa��o, a Ci�ncia e a Cultura (Unesco), a cria��o do sistema municipal de cultura, a descentraliza��o cultural, com a apropria��o de espa�os p�blicos, a volta do pr�mio liter�rio, “o mais antigo do pa�s, criado na �poca de JK, a implanta��o dos museus da Moda, num pr�dio hist�rico do Centro de BH, o Museu da Imagem e do Som e outros equipamentos.
Assim que terminar o per�odo de transi��o, Le�nidas dever� viajar para Portugal, onde pretende passar uma temporada, embora o curso de p�s-doutorado n�o seja presencial. “Estou estudando muito para essa nova etapa da vida, da� a necessidade de me preparar muito”, disse.